Editorial do sítio Vermelho:
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, começou neste domingo (1º) seu segundo período de cinco anos à frente da organização mundial. O mandato vai até 31 de dezembro de 2016.
Eleito em junho de 2011 sem candidato opositor e por recomendação do Conselho de Segurança confirmada pela Assembleia Geral, o ex-chanceler da Coreia do Sul teve como principal promotor de sua candidatura o Departamento de Estado dos Estados Unidos. O próprio presidente Barack Obama apareceu como fiador da sua reeleição e teceu-lhe rasgados elogios.
“Sob a liderança de Ban Ki-moon, a ONU desempenhou um papel crítico na resposta à crise e aos problemas em todo o mundo”, disse Obama ao expressar seu apoio à reeleição do secretario-geral.
O apoio entusiástico de Barack Obama à recondução de Ban Ki-moon ao principal cargo executivo da ONU corresponde à avaliação da chancelaria norte-americana sobre o diplomata sul-coreano.
Despachos da embaixada dos Estados Unidos no país asiático, vazados por Wikileaks, definiam Ban Ki-moon antes de sua eleição como um funcionário sem muita experiência, mas para os diplomatas estadunidenses este era um dado de somenos importância, porquanto Ban é “inquebrantavelmente pró-estadounidense”. “Quando necesitamos de algo dos sul-coreanos – desde o envio de tropas coreanas ao Iraque até resolver problemas básicos para as USFK [Forças dos EUA na Coreia] – procuramos Ban”, que sempre foi “simpático e serviçal”. “Não nos cabe dúvida de que Ban reforçará as relações com o governo dos EUA se for secretário-geral da ONU”. “Ban compreende completamente os valores dos estadunidenses e do governo. Mais importante ainda: ele é naturalmente favorável a tudo o que é americano, o que é bastante típico dos coreanos educados de sua época. Sua experência de formação foi a Guerra da Coreia e estão convencidos de que os EUA são uma potência benigna, com ideais e objetivos compartilhados com os da região e do mundo.”
Ao referir-se à própria sua gestão no novo período, Ban Ki-moon afirmou há duas semanas que estará orientada para que a organização seja "a voz dos sem voz e a defesa dos indefesos". E anunciou cinco aspectos centrais para "criar o futuro que queremos": desenvolvimento sustentável, segurança mundial, prevenção, assistência a "países em transição" e mulheres e jovens.
Mas o balanço da gestão de Ban Ki-moon à frente da ONU mostra que ele foi um cúmplice dos Estados Unidos nas pressões, chantagens, sanções e ameaças contra o Irã, apoiou e estimulou os criminosos bombardeios da Otan sobre a Líbia, que mataram e feriram milhares de civis e resultaram na deposição do governo constituído e no assassínio do líder do país, um golpe contra um dos principios basilares das Nações Unidas – a autodeterminação nacional.
O secretario-geral ontem empossado para o segundo mandato foi tolerante para com o Estado sionista e expansionista de Israel e sua política terrorista e de violação dos direitos nacionais do povo palestino. Ban Ki-moon chegou ao ponto de fazer um apelo nada usual aos países membros da ONU para que respeitassem os “canais legais do governo israelense relacionados con o fluxo de bens e ajuda à Faixa de Gaza”. E conclamou os governos a impedirem que a Flotilha da Liberdade se dirigisse à Faixa de Gaza. A declaração de Ban Ki-moon apareceu como um escárnio porque feita quando, no ano passado, a “nova flotilha” foi lançada no primeiro aniversário do mortífero ataque israelense contra a Flotilha da Liberdade em que morreram nove ativistas e dezenas ficaram feridos.
A gravidade dos conflitos internacionais, as crescentes tensões, o sistemático desrespeito ao direito internacional, as agressões contra a soberania nacional, as constantes violações dos direitos humanos pelos governos que se arvoram a paladinos desses mesmos direitos, a crise econômica, social, ambiental, alimentar e energética são fenômenos que requerem a cooperação inernacional e, portanto, um papel elevado das Nações Unidas no encaminhamento de soluções globais.
Ao criticar a gestão da ONU não temos o ânimo de nos opor ao organismo. Sabe-se que a situação mundial, má com a ONU, será muito pior sem ela.
A Organização das Nações Unidas (ONU), fundada em 1945, após a 2ª Guerra Mundial, tem por objetivo proclamado promover a cooperação, fazer valer o direito internacional, a segurança internacional, o desenvolvimento econômico, o progresso social, os direitos humanos, dirimir os conflitos entre os Estados nacionais e assegurar a paz mundial.
Para alcançar tais objetivos, nobres e essenciais à humanidade, a ONU deve praticar a democracia e o multilateralismo, o que, nas condições atuais, só será possível com uma profunda reforma de suas instituições. É necessário atribuir maior papel para a Assembleia Geral, eleger povos membros e novos papéis para o Conselho de Segurança Permanente e proporcionar mais capacitação econômica, técnica e administrativa às agências da ONU.
Esses ideais, cuja concretização é fundamental para a edificação de nova ordem internacional, são incompatíveis com o domínio do mundo por um punhado de potências imperialistas e a prevalência dos seus interesses e com a instrumentalização da ONU por essas mesmas potências, o que tem sido assegurado por meio de uma parafernália de instrumentos de pressão bilateral e multilateral e da manipulação de autoridades serviçais.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, começou neste domingo (1º) seu segundo período de cinco anos à frente da organização mundial. O mandato vai até 31 de dezembro de 2016.
Eleito em junho de 2011 sem candidato opositor e por recomendação do Conselho de Segurança confirmada pela Assembleia Geral, o ex-chanceler da Coreia do Sul teve como principal promotor de sua candidatura o Departamento de Estado dos Estados Unidos. O próprio presidente Barack Obama apareceu como fiador da sua reeleição e teceu-lhe rasgados elogios.
“Sob a liderança de Ban Ki-moon, a ONU desempenhou um papel crítico na resposta à crise e aos problemas em todo o mundo”, disse Obama ao expressar seu apoio à reeleição do secretario-geral.
O apoio entusiástico de Barack Obama à recondução de Ban Ki-moon ao principal cargo executivo da ONU corresponde à avaliação da chancelaria norte-americana sobre o diplomata sul-coreano.
Despachos da embaixada dos Estados Unidos no país asiático, vazados por Wikileaks, definiam Ban Ki-moon antes de sua eleição como um funcionário sem muita experiência, mas para os diplomatas estadunidenses este era um dado de somenos importância, porquanto Ban é “inquebrantavelmente pró-estadounidense”. “Quando necesitamos de algo dos sul-coreanos – desde o envio de tropas coreanas ao Iraque até resolver problemas básicos para as USFK [Forças dos EUA na Coreia] – procuramos Ban”, que sempre foi “simpático e serviçal”. “Não nos cabe dúvida de que Ban reforçará as relações com o governo dos EUA se for secretário-geral da ONU”. “Ban compreende completamente os valores dos estadunidenses e do governo. Mais importante ainda: ele é naturalmente favorável a tudo o que é americano, o que é bastante típico dos coreanos educados de sua época. Sua experência de formação foi a Guerra da Coreia e estão convencidos de que os EUA são uma potência benigna, com ideais e objetivos compartilhados com os da região e do mundo.”
Ao referir-se à própria sua gestão no novo período, Ban Ki-moon afirmou há duas semanas que estará orientada para que a organização seja "a voz dos sem voz e a defesa dos indefesos". E anunciou cinco aspectos centrais para "criar o futuro que queremos": desenvolvimento sustentável, segurança mundial, prevenção, assistência a "países em transição" e mulheres e jovens.
Mas o balanço da gestão de Ban Ki-moon à frente da ONU mostra que ele foi um cúmplice dos Estados Unidos nas pressões, chantagens, sanções e ameaças contra o Irã, apoiou e estimulou os criminosos bombardeios da Otan sobre a Líbia, que mataram e feriram milhares de civis e resultaram na deposição do governo constituído e no assassínio do líder do país, um golpe contra um dos principios basilares das Nações Unidas – a autodeterminação nacional.
O secretario-geral ontem empossado para o segundo mandato foi tolerante para com o Estado sionista e expansionista de Israel e sua política terrorista e de violação dos direitos nacionais do povo palestino. Ban Ki-moon chegou ao ponto de fazer um apelo nada usual aos países membros da ONU para que respeitassem os “canais legais do governo israelense relacionados con o fluxo de bens e ajuda à Faixa de Gaza”. E conclamou os governos a impedirem que a Flotilha da Liberdade se dirigisse à Faixa de Gaza. A declaração de Ban Ki-moon apareceu como um escárnio porque feita quando, no ano passado, a “nova flotilha” foi lançada no primeiro aniversário do mortífero ataque israelense contra a Flotilha da Liberdade em que morreram nove ativistas e dezenas ficaram feridos.
A gravidade dos conflitos internacionais, as crescentes tensões, o sistemático desrespeito ao direito internacional, as agressões contra a soberania nacional, as constantes violações dos direitos humanos pelos governos que se arvoram a paladinos desses mesmos direitos, a crise econômica, social, ambiental, alimentar e energética são fenômenos que requerem a cooperação inernacional e, portanto, um papel elevado das Nações Unidas no encaminhamento de soluções globais.
Ao criticar a gestão da ONU não temos o ânimo de nos opor ao organismo. Sabe-se que a situação mundial, má com a ONU, será muito pior sem ela.
A Organização das Nações Unidas (ONU), fundada em 1945, após a 2ª Guerra Mundial, tem por objetivo proclamado promover a cooperação, fazer valer o direito internacional, a segurança internacional, o desenvolvimento econômico, o progresso social, os direitos humanos, dirimir os conflitos entre os Estados nacionais e assegurar a paz mundial.
Para alcançar tais objetivos, nobres e essenciais à humanidade, a ONU deve praticar a democracia e o multilateralismo, o que, nas condições atuais, só será possível com uma profunda reforma de suas instituições. É necessário atribuir maior papel para a Assembleia Geral, eleger povos membros e novos papéis para o Conselho de Segurança Permanente e proporcionar mais capacitação econômica, técnica e administrativa às agências da ONU.
Esses ideais, cuja concretização é fundamental para a edificação de nova ordem internacional, são incompatíveis com o domínio do mundo por um punhado de potências imperialistas e a prevalência dos seus interesses e com a instrumentalização da ONU por essas mesmas potências, o que tem sido assegurado por meio de uma parafernália de instrumentos de pressão bilateral e multilateral e da manipulação de autoridades serviçais.
1 comentários:
É, meu filho, enquanto Israel mandar na grana, não tem jeito não, o couro vai comer.
Postar um comentário