Por Altamiro Borges
Numa roda de conversa ontem (17) com líderes sindicais metalúrgicos de Guarulhos, num hotel-fazenda no interior de São Paulo, caras de espanto e muito sarcasmo! Confirmado que o presidente-fantoche da Alemanha, Christian Wulff, renunciara após novas e graves denúncias de corrupção, os operários fazem ironias sobre o papel manipulador, parcial e desonesto da mídia:
- Mas a Alemanha não é o paraíso dos patrões, não é o país da eficiência? – comenta um mais jovem.
- E a imprensa vive dizendo que o Brasil é o campeão da corrupção. E agora? – alfineta um veterano das lutas sindicais.
Promiscuidade com os empresários
Christian Wulff anunciou pela TV a sua renúncia ao cargo de presidente da Alemanha. Ele vinha sendo alvo de várias denúncias de corrupção, envolvendo poderosas empresas do país. No final do ano passado, o tablóide “Bild” publicou reportagem revelando que Wulff omitirá o empréstimo de 500 mil euros de um empresário quando ainda era governador do estado da Baixa Saxônia.
Nesta semana, procuradores da República anunciaram o pedido de quebra de sua imunidade para que fosse processado. Diante das pressões, ele primeiro ameaçou o jornal e, depois, fugiu. “Os desdobramentos dos últimos dias e semanas mostraram que a confiança na minha capacidade de servir foi afetada. Por essa razão, não é mais possível que siga no meu papel de presidente”, lamuriou.
Na Alemanha, uma república parlamentar, o cargo de presidente é figurativo. Mas a renúncia de Wulff traz graves conseqüências. Representa um duro golpe na premiê Angela Merkel, que o havia indicado para o cargo. Tanto que ela adiou, repentinamente, uma viagem à Itália, onde discutiria novas medidas neoliberais contra a grave crise econômica européia.
Mídia seletiva nas denúncias
As denúncias de corrupção afetam todo o mundo capitalista – dos bancos estadunidenses que deflagraram a crise no império às multinacionais que corrompem governantes de vários países. Recentemente, a multinacional alemã Siemens demitiu executivos acusados de pagar propinas a políticos, inclusive nos contratos com tucanos para o Metrô de São Paulo.
O sarcasmo dos metalúrgicos de Guarulhos é justificado. Afinal, a mídia nativa difunde a imagem de que a corrupção impera apenas no governo Dilma Rousseff. Na sua operação “derruba-ministro”, ela cumpre o nítido papel de partido da direita. Como disse um terceiro operário, “não dá mesmo para confiar em tudo o que esta imprensa divulga. Ela mente para atingir os seus objetivos”.
Seminário dos metalúrgicos de Guarulhos
Os trabalhadores estão mais atentos às manipulações midiáticas. Aqui vale parabenizar a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, que se reuniu na quinta e sexta-feira para planejar a sua ação. O evento discutiu “a presença do jovem na política”, com a palestra do deputado Alencar Furtado (PT), e o “papel do sindicato na luta política”, com o pededista Lúcio Ricardo Maluf.
O seminário também dedicou atenção à reflexão sobre o papel da imprensa na atualidade. “Qual o perfil da mídia brasileira e suas principais características? Como se dá a cobertura sindical na grande imprensa? Como democratizar os meios de comunicação”. Estes foram os temas debatidos numa rica rodada de diálogo. Para José Pereira dos Santos, presidente da entidade, "é fundamental entender e combater essa mídia mercenária".
Numa roda de conversa ontem (17) com líderes sindicais metalúrgicos de Guarulhos, num hotel-fazenda no interior de São Paulo, caras de espanto e muito sarcasmo! Confirmado que o presidente-fantoche da Alemanha, Christian Wulff, renunciara após novas e graves denúncias de corrupção, os operários fazem ironias sobre o papel manipulador, parcial e desonesto da mídia:
- Mas a Alemanha não é o paraíso dos patrões, não é o país da eficiência? – comenta um mais jovem.
- E a imprensa vive dizendo que o Brasil é o campeão da corrupção. E agora? – alfineta um veterano das lutas sindicais.
Promiscuidade com os empresários
Christian Wulff anunciou pela TV a sua renúncia ao cargo de presidente da Alemanha. Ele vinha sendo alvo de várias denúncias de corrupção, envolvendo poderosas empresas do país. No final do ano passado, o tablóide “Bild” publicou reportagem revelando que Wulff omitirá o empréstimo de 500 mil euros de um empresário quando ainda era governador do estado da Baixa Saxônia.
Nesta semana, procuradores da República anunciaram o pedido de quebra de sua imunidade para que fosse processado. Diante das pressões, ele primeiro ameaçou o jornal e, depois, fugiu. “Os desdobramentos dos últimos dias e semanas mostraram que a confiança na minha capacidade de servir foi afetada. Por essa razão, não é mais possível que siga no meu papel de presidente”, lamuriou.
Na Alemanha, uma república parlamentar, o cargo de presidente é figurativo. Mas a renúncia de Wulff traz graves conseqüências. Representa um duro golpe na premiê Angela Merkel, que o havia indicado para o cargo. Tanto que ela adiou, repentinamente, uma viagem à Itália, onde discutiria novas medidas neoliberais contra a grave crise econômica européia.
Mídia seletiva nas denúncias
As denúncias de corrupção afetam todo o mundo capitalista – dos bancos estadunidenses que deflagraram a crise no império às multinacionais que corrompem governantes de vários países. Recentemente, a multinacional alemã Siemens demitiu executivos acusados de pagar propinas a políticos, inclusive nos contratos com tucanos para o Metrô de São Paulo.
O sarcasmo dos metalúrgicos de Guarulhos é justificado. Afinal, a mídia nativa difunde a imagem de que a corrupção impera apenas no governo Dilma Rousseff. Na sua operação “derruba-ministro”, ela cumpre o nítido papel de partido da direita. Como disse um terceiro operário, “não dá mesmo para confiar em tudo o que esta imprensa divulga. Ela mente para atingir os seus objetivos”.
Seminário dos metalúrgicos de Guarulhos
Os trabalhadores estão mais atentos às manipulações midiáticas. Aqui vale parabenizar a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, que se reuniu na quinta e sexta-feira para planejar a sua ação. O evento discutiu “a presença do jovem na política”, com a palestra do deputado Alencar Furtado (PT), e o “papel do sindicato na luta política”, com o pededista Lúcio Ricardo Maluf.
O seminário também dedicou atenção à reflexão sobre o papel da imprensa na atualidade. “Qual o perfil da mídia brasileira e suas principais características? Como se dá a cobertura sindical na grande imprensa? Como democratizar os meios de comunicação”. Estes foram os temas debatidos numa rica rodada de diálogo. Para José Pereira dos Santos, presidente da entidade, "é fundamental entender e combater essa mídia mercenária".
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