quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Alvaro Dias persegue a Venezuela

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Altamiro Borges

O senador tucano Alvaro Dias, o mesmo que visitou o Paraguai logo após o golpe para apoiar a “deposição constitucional” do presidente Fernando Lugo, não gostou da presença do embaixador venezuelano Maximilien Arveláiz no ato “Em defesa do legado Lula”, realizado ontem no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Hoje ele apresentou requerimento convocando o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, para explicar a participação do seu colega na manifestação pública.

Alvaro Dias se supera a cada dia que passa. Vaidoso, ele não sabe o que faz para ganhar os holofotes da mídia. Nem o PSDB do Paraná o aguenta mais – ele está para perder a vaga na disputa para o Senado em 2014 e já ameaça deixar o partido. Ele podia até virar representante oficial dos golpistas paraguaios ou hondurenhos no Brasil! Segundo o requerimento, o embaixador venezuelano participou de um evento para “protestar contra o julgamento do mensalão” já que o ato teve a presença do ex-ministro José Dirceu.

Insuflados pelo senador, PSDB, DEM e PPS divulgaram no final da tarde “nota de repúdio à interferência do embaixador da Venezuela em assuntos internos do Brasil”. O documento é mais uma peça de campanha para as eleições presidenciais de 2014. Risível, a nota dos bajuladores do império afirma que a presença do embaixador é um “afronta à soberania” e exige “explicações do chanceler brasileiro Antônio Patriota sobre a omissão do governo da presidente Dilma Rousseff diante de um episódio de tamanha gravidade”.

Sem se intimidar diante das bravatas da direita colonizada, a Embaixada da Venezuela no Brasil divulgou agora à noite uma nota de esclarecimento. Reproduzo-a na íntegra:

*****

Brasília, 06 de fevereiro de 2012

Deputado Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB

Deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS

Senador José Agripino, presidente nacional do Democratas

Com relação à nota divulgada pelos partidos PSDB, PPS e Democratas, cumpre afirmar:

Faz parte das atribuições de um embaixador conhecer os acontecimentos políticos do país no qual está alocado. Recebo convites e assisto aos mais diversos eventos das mais diversas instituições brasileiras em todos os Estados. Inclusive tenho aceitado e continuarei aceitando qualquer convite que me façam os partidos signatários.

É absolutamente despropositado atribuir à minha presença entre os convidados de um evento público sobre realizações do governo federal no Brasil caráter de interferência em assuntos internos. Trata-se de coerção da representação diplomática da Venezuela e de uma tentativa imprópria de usar um país irmão para disputas políticas internas.

Maximilien Arveláiz, embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil

8 comentários:

Adir disse...

Vou ali vomitar e já volto!

Regina disse...

O evento era oficial? ELe compareceu como embaixador ou como pessoa física? Nessa hipótese ele é livre e vivemos em democracia. Só o AD botox não sabe.

Anônimo disse...

São dignos de dó, essa turma PSDB/PPS/DEMO acha que não há inteligência fora do mundinho deles.

Elisa

Luis disse...

Toma tinta, Botóx.

Anônimo disse...

Tenho pena desse Alvaro Dias desde que ele foi passado pra traz pela Globo. Ele queria ser candidato a Presidencia da Republica e a Globo deu corda e depois passou-lhe a perna colocando Collor no seu lugar. isso no tempo que a Globo elegia presidentes no Brasil Rsssss
Luiz Bento Goiania @bentomingoi

Wagner Ortiz disse...

KKKKKK. Resposta perfeita. Só faltou dizer aos idiotas: vão se catar, deixem de ser futriqueiros!

Anônimo disse...

Esta "oposição" nem merece respeito ou destaque, è traque. A "situação" deve se preocupar em encaminhar a regulação dos MEDIOS<>esta sim,preocupante.

Idéias do Canossa. disse...

Um cidadão representando seu país, quando participar de ato público em outra soberania, estará sim interferindo em assuntos de outro pais. A administração de um país não pode interferir na soberania fe outro. Assim falou nosso sapiente líder no caso da Petrobrás na Bolivia e Itaipu no Paraguai, entre outros.