Do sítio do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba):
O assunto tratado nas publicações foram torturas sofridas no Rio de Janeiro e na Bahia pelo professor de História Renato Afonso de Carvalho durante a repressão militar de triste lembrança na vida do Brasil. Em ambos os trabalhos jornalísticos, Emiliano José exerceu sua função de reportar os fatos, com base nos depoimentos da vítima das torturas e de sua falecida mãe, Maria Helena Rocha Afonso de Carvalho, dona Yaiá.
Num momento fundamental de pleno exercício dos direitos democráticos no Brasil, no qual o funcionamento da Comissão da Verdade procura trazer a público os fatos reais e nominar os autores dos crimes praticados naquele período plúmbeo, é inadmissível que a liberdade de imprensa sofra este tipo de ataque. Mesmo na falta da Lei de Imprensa que regule estes questionamentos, os que se consideram ofendidos por peças jornalisticas podem e devem buscar o direito de resposta, explicando à sociedade, com os argumentos que dispuser, a sua versão dos fatos. Recorrer ao Código Penal Brasileiro, em fase de revisão, destoa dos novos rumos exigidos pela sociedade brasileira e se configura numa ameaça de censura ao livre trabalho de apuração da imprensa.
O Sinjorba, também amordaçado no período militar, não poderia tolerar tal fato e vai prestar todo o apoio ao colega através de sua assessoria jurídica na tramitação deste caso e da ação dos diretores da entidade na ampla divulgação deste lamentável episódio.
Salvador, 19/04/2013.
Marjorie Moura - Presidente do Sinjorba
Salvador, 19/04/2013.
Marjorie Moura - Presidente do Sinjorba
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