quarta-feira, 29 de maio de 2013

A covarde decisão do Banco Central

Por Altamiro Borges

A oligarquia financeira e a mídia rentista venceram mais uma batalha. Já o governo Dilma, acovardado e acuado, perdeu mais um ponto da luta de ideias na sociedade. Pela segunda vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na noite desta quarta-feira (29) o aumento da taxa básica de juros, a Selic. A "calunista" Miriam Leite, a urobóloga das Organizações Globo, havia apostado numa alta de 0,25%. Mas o BC foi ainda mais generoso com os rentistas e aumentou os juros em 0,5%. Os maiores perdedores desta contenda, como sempre, são os trabalhadores e o povo brasileiro.

A decisão de elevar os juros agradou os rentistas e desagradou os setores produtivos da sociedade. Até a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) soltou uma dura nota de crítica à medida. "Como acaba de mostrar o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, a indústria permanece estagnada. Segundo a CNI, neste cenário, o aumento nos juros é ainda mais prejudicial ao setor, justamente o de maior capacidade de recuperação e de contribuição à retomada da economia. Sem uma participação expressiva da indústria, o país cresce pouco... Para a CNI, a elevação isolada dos juros não é a melhor forma de enfrentar essa equação, porque prejudica a expansão dos investimentos e dificulta o aumento da oferta".

Entre os trabalhadores, os mais afetados pelo aumento dos juros - com seus efeitos deletérios na geração de emprego e renda -, as críticas foram ainda mais incisivas. "A elevação da Selic pela segunda vez seguida no ano é um desastre do ponto de vista econômico e social. Não existe a ameaça de descontrole inflacionário e a decisão do BC vai frear ainda mais o ritmo do crescimento econômico, a expansão do crédito, o fortalecimento da produção e do consumo e a geração de empregos”, afirma o presidente da Confederação dos Trabalhadores no Sistema Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro.

Para Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a medida é um verdadeiro desastre. "A elevação da taxa básica de juros para 8% está na contramão dos interesses de uma nação que anseia pelo desenvolvimento. O Brasil precisa crescer. Mas a alta dos juros conspira contra esta necessidade e fortalece as tendências de estagnação do PIB, que avançou apenas 0,6% no primeiro trimestre e tende a repetir um desempenho medíocre em 2013".

O sindicalista ainda refuta a campanha midiática para defender a alta dos juros. "A inflação é apontada como justificativa para a decisão do Copom. O pretexto não convence num momento em que os preços das mercadorias, a começar pelos alimentos, estão desacelerando. Mas já não é segredo para ninguém que a alta dos juros vai ao encontro dos interesses dominantes no sistema financeiro... Os banqueiros e grandes credores ganham bilhões a cada momento em que a Selic sobe. Percebe-se a persistente pressão pela alta das taxas de juros e spread nas análises dos porta-vozes 'autorizados' do mercado veiculadas na mídia burguesa. Estes não se cansam de agitar o fantasma da inflação e alardear a necessidade de juros mais altos, bem como protestar contra a suposta falta de autonomia do Banco Central quando este adota uma orientação que contraria a vontade dos rentistas”.

6 comentários:

Luis disse...

Tá ()oda!

Anônimo disse...

É Miro, parece que a dilma não quer que o pt continue sendo governo, dá um tiro no pé a toda hora. Além da covardia em se defender dos ataques do pig.

Anônimo disse...


AINDA SOBRE COVARDIA, 'BOATEIROS MILITANTES' E OUTROS DESSERVIÇOS À NAÇÃO!

Geddel diz que ‘PMDB está confuso e não tem convicção de que aliança [para a reeleição da chefe dele - a presidente Dilma Rousseff -] seria renovada hoje’

(...)
Escaldado, declara: “Não há nenhuma dificuldade de que o palanque do PMDB da Bahia, eventualmente, não corresponda ao que vai fazer o PMDB nacional.” Instado a comentar as pretensões presidenciais de Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), Geddel recobriu-os de elogios. “São dois quadros de uma nova geração política. Dois quadros extremamente bem sucedidos. Tanto no campo político quanto no campo administrativo.” Elogiou também Marina Silva (Rede), “uma grande mulher.”
Acha que a economia será uma adversária de Dilma em 2014? Geddel desenvolve um raciocínio que define como “muito prático”. Se a economia estiver bem, Dilma será beneficiada. Disse ninguém discorda, afirma Geddel. Portanto, ele conclui, é razoável supor: se a economia for mais ou menos, a candidata irá mais ou menos. Se for mal, a candidata se sairá mal. Ex-líder de FHC na Câmara, Geddel encaixa o guru tucano em sua prosa. Faz isso de uma maneira que costuma irritar o petismo.
(...)
FONTE: “grande” mídia nativa!

EM TEMPO DOS GOLPISMOS DE SEMPRE(!): a secular Caixa Econômica Federal irá comportar - por mais um dia sequer - esse [‘neocoroné’] ‘boateiro (sic) militante’ em seus quadros de funcionários não concursados (idem sic) e terceirizado (ibidem sic) pelo regime de concessões(!) à [eterna – e infame] OPOSIÇÃO AO BRASIL e à civilidade?!...

COM A PALAVRA o presidente da CEF! Se a presidente Dilma Rousseff não referendar o encaminhamento, bom motivo para o senhor Jorge Hereda entregar o cargo!

Que país é esse, sô?!...

República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

Anônimo disse...


… Os rentistas embalados pelo PIG sempre voltam a ganhar!…

… É o poder dos meios de comunicações [em Gramsci], estúpido!

República de ‘Nois’ Bananas Militantes – que somente servem para “comer poeira” – e alimentar os abutres de sempre!…
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

Aliet disse...

Mais dinheiro para os banqueiros!!! uma vez mais os governos beneficia a uns poucos

Apelido disponível: Sala Fério disse...

Criticar o governo o tempo todo e chamá-lo de covarde, como o Miro tem feito o tempo todo, ajuda em quê? Ajuda a enfraquecê-lo, apenas. Jango caiu porque apesar de ter um projeto que representava um avanço na época, era bombardeado tanto pela direita quanto pela esquerda o temapo todo. Há pressões inflacionárias e a equipe que cuida da economia não é amadora. Inflação é um fardo mais pesado ainda, para as classes média e baixas, que o rentismo.