Do blog de José Dirceu:
O jornalão da Alameda Barão de Limeira deu uma página ontem para a reforma ministerial em discussão pela presidenta Dilma Rousseff com o PT e os partidos da base aliada. Mudanças absolutamente necessárias diante da legislação brasileira que estabelece prazos de desincompatibilização para ocupantes de cargos executivos que vão concorrer ao pleito de 05 de outubro próximo.
Uma reforma que é promovida em ano de eleição obrigatoriamente por presidentes da República, governadores, prefeitos municipais – reforma feita no Brasil aqui e em outros países democráticos, por razões as mais diversas, políticas, inclusive, e que não escandalizam ninguém, são da rotina das administrações.
Mas a Folha noticia a daqui escandalizada com o número de substituições que poderão ocorrer nos demais escalões na troca de ministros e com a despesa que isso implica.
Mas só se escandaliza com a reforma ministerial do governo do PT, com a empreendida pela presidenta Dilma. Três ou quatro páginas adiante dessa reportagem sobre a reforma ministerial, na mesma edição de ontem, a Folha de S.Paulo deu meia página para a reforma do secretariado decidida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) que, também, vai afetar seus companheiros tucanos e os dos partidos aliados, gente que vai concorrer à eleição de 5 de outubro próximo, a deputado estadual e federal.
Até quando vai essa linha editorial de dois pesos e duas medidas?
No caso de Alckmin – candidato a reeleição – a reforma do secretariado cai como uma luva para o seu propósito de se livrar já (o prazo de desincompatibilização é o final de abril) de três secretários de Estado citados nas denúncias e nas investigações do escândalo do cartel do trensalão, o pagamento de até R$ 1 bi em superfaturamento, aditamentos e propina a agentes públicos e a políticos do PSDB do Alckmin, em contratos na área de transportes públicos nos governos dele, de Mário Covas e de José Serra. Isso o jornal até registra en passant.
Uma reforma do secretariado não é uma exigência legal e uma prática idêntica a uma reforma ministerial? É, mas a Folha noticia a reforma do secretariado de Alckmin sem uma palavra sobre o número de remanejamento de cargos de 2º escalão que ela implica, nem sobre a despesa. Hoje o jornalão traz outra matéria sobre a saída do PT do governo Sérgio Cabral (PMDB). Esta sim, fala que o partido ocupa de 600 a 700 cargos lá no Rio.
Quer dizer, preocupação do Folhão com número de cargos, dinheiro, despesa, só quando é governo do PT ou aliado. Quando é do PSDB… São os dois pesos e duas medidas contra o PT e seus governos, de que sempre falava o ex-ministro José Dirceu quando escrevia este seu diário. Ele continua aguardando até agora autorização da justiça para escrever seu blog.
O jornalão da Alameda Barão de Limeira deu uma página ontem para a reforma ministerial em discussão pela presidenta Dilma Rousseff com o PT e os partidos da base aliada. Mudanças absolutamente necessárias diante da legislação brasileira que estabelece prazos de desincompatibilização para ocupantes de cargos executivos que vão concorrer ao pleito de 05 de outubro próximo.
Uma reforma que é promovida em ano de eleição obrigatoriamente por presidentes da República, governadores, prefeitos municipais – reforma feita no Brasil aqui e em outros países democráticos, por razões as mais diversas, políticas, inclusive, e que não escandalizam ninguém, são da rotina das administrações.
Mas a Folha noticia a daqui escandalizada com o número de substituições que poderão ocorrer nos demais escalões na troca de ministros e com a despesa que isso implica.
Mas só se escandaliza com a reforma ministerial do governo do PT, com a empreendida pela presidenta Dilma. Três ou quatro páginas adiante dessa reportagem sobre a reforma ministerial, na mesma edição de ontem, a Folha de S.Paulo deu meia página para a reforma do secretariado decidida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) que, também, vai afetar seus companheiros tucanos e os dos partidos aliados, gente que vai concorrer à eleição de 5 de outubro próximo, a deputado estadual e federal.
Até quando vai essa linha editorial de dois pesos e duas medidas?
No caso de Alckmin – candidato a reeleição – a reforma do secretariado cai como uma luva para o seu propósito de se livrar já (o prazo de desincompatibilização é o final de abril) de três secretários de Estado citados nas denúncias e nas investigações do escândalo do cartel do trensalão, o pagamento de até R$ 1 bi em superfaturamento, aditamentos e propina a agentes públicos e a políticos do PSDB do Alckmin, em contratos na área de transportes públicos nos governos dele, de Mário Covas e de José Serra. Isso o jornal até registra en passant.
Uma reforma do secretariado não é uma exigência legal e uma prática idêntica a uma reforma ministerial? É, mas a Folha noticia a reforma do secretariado de Alckmin sem uma palavra sobre o número de remanejamento de cargos de 2º escalão que ela implica, nem sobre a despesa. Hoje o jornalão traz outra matéria sobre a saída do PT do governo Sérgio Cabral (PMDB). Esta sim, fala que o partido ocupa de 600 a 700 cargos lá no Rio.
Quer dizer, preocupação do Folhão com número de cargos, dinheiro, despesa, só quando é governo do PT ou aliado. Quando é do PSDB… São os dois pesos e duas medidas contra o PT e seus governos, de que sempre falava o ex-ministro José Dirceu quando escrevia este seu diário. Ele continua aguardando até agora autorização da justiça para escrever seu blog.
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