segunda-feira, 14 de julho de 2014

Deter a mão assassina de Israel

Editorial do site Vermelho:

Enquanto toneladas de bombas são despejadas por Israel sobre a Faixa de Gaza e a iminência de uma ofensiva terrestre é ensaiada com incursões pontuais, a operação “Margem Protetora” já causou cerca de 170 mortes, entre quase 100 civis, inclusive crianças, desde que foi intitulada, na terça-feira (8), até domingo (13). Entretanto, diversos ataques aéreos já vinham sendo denunciados nas semanas anteriores, assim como outra operação militar e suas consequências criminosas na Cisjordânia, desde 12 de junho.

Fica claro que, apesar dos pretextos apontados pelo governo racista e extremista de Benjamin Netanyahu, o objetivo de Israel é prejudicar e impedir a consolidação do governo de unidade nacional, anunciado após a reconciliação entre a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e o Hamas, partido islâmico à frente do governo de Gaza desde a ruptura política intrapalestina, há sete anos. O governo israelense classifica o Hamas e qualquer outra resistência armada de “terrorista”, na busca por deslegitimar qualquer força que se contraponha ao seu regime de dominação e genocida que já dura quase sete décadas.

É assim que o governo israelense justifica os frequentes ataques aéreos que matam inúmeros civis, o bloqueio completo de Gaza – que empobrece sistematicamente uma população de quase dois milhões de palestinos em um território de menos de 400 quilômetros quadrados, em contínua crise humanitária – e a ocupação militar da maior parte da Cisjordânia.

A controvérsia entre notícias de movimentos judaicos pelo mundo e em Israel apelando pela paz, contra a ocupação, por um lado, ou pela dizimação dos palestinos e de árabes, em geral, por outro, é reveladora, mas a violência dos colonos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios palestinos, com a conivência dos soldados da ocupação, não é novidade. Entretanto, a morte de três jovens colonos foi usada pelos líderes políticos e religiosos para instigar uma nova forma de ódio, racismo e discursos ultranacionalistas assombrosos. No outro sentido, as mortes de dezenas de palestinos nas mãos dos soldados e o encarceramento de centenas, inclusive crianças, além do assassinato brutal de um adolescente por “judeus extremistas”, como denominados por oficiais israelenses, levam vozes nacionais e mundiais contra a ocupação a elevarem-se.

Mais uma vez, porém, a resposta é ineficaz. A ocupação sobre a Cisjordânia intensifica-se e os bombardeios contra Gaza batem diferentes recordes a cada dia. O número de mortos em seis dias alcançou a cifra de vítimas da última grande operação, que durou oito dias, em 2012. Ainda assim, o governo israelense afirma, minimizando a violação flagrante e brutal do direito internacional humanitário – com os ataques deliberados a residências e outros alvos civis, por exemplo –, que não pretende responder aos tímidos apelos da chamada “comunidade internacional” por um cessar-fogo.

As potências encenam “grave preocupação” e até reúnem-se para debater a questão, mas a impunidade de Israel frente às violações do direito internacional é histórica, duradoura e conta com a proteção incondicional, principalmente, dos Estados Unidos, que vetam qualquer condenação sugerida no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mantendo seu compromisso com o Estado sionista, que propaga uma ideologia racista, sustentáculo do regime israelense e exerce a ocupação sobre a Palestina utilizando métodos brutais. Enquanto a tendência de isolamento de Israel no cenário internacional é praticamente palpável, a resposta mundial ainda é insuficiente.

As autoridades israelenses continuam acusando os palestinos de serem responsáveis por seu próprio sofrimento, enquanto os palestinos, que já reconheceram Israel em 1988 e concederam àquele Estado quase 80% dos seus territórios, continuam submetidos à ocupação e ao bloqueio, “punidos coletivamente” – como afirmou o Conselho de Direitos Humanos da ONU – pelo que Israel resolver alegar. São sujeitos aos bombardeios e às grandes operações que vitimam toda a nação e a possibilidade de libertação, independência e autodeterminação, uma promessa da “comunidade internacional” cuja postergação é a maior causa do sofrimento palestino.

É necessário ampliar e intensificar a solidariedade do povo brasileiro ao povo palestino, o que somente será possível se os partidos de esquerda e as organizações dos movimentos populares, juvenis, sindicais, estudantis, femininos, entre outros, tomarem esta tarefa em suas mãos, rechaçando o lobby sionista que procura interferir indecorosamente nas organizações progressistas, cooptando lideranças e exercendo pressões e chantagens sobre personalidades, parlamentares, funcionários de governo, quadros partidários e organizações dos movimentos sociais.

5 comentários:

Georges disse...

Quando cai bomba do Hamas em Israel é o que?

jose manoel vega garcia disse...

ISRAEL (JUDEUS) FAZENDO O MESMO QUE HITLER FEZ CONTRA ELES TENTAR EXTERMINAR UM POVO OU RAÇA COMO ELES COSTUMAM DIZER NESTE CASO OS ARABES.ANTISEMITISMO PURO E CLARO COMO AGUA.

jose manoel vega garcia disse...

Georges tens razão e bomba ou foguetes melhor dizendo contra MISSEIS DE ALTA TECNOLOGIA OS PALESTINOS USAM AINDA HOJE ESTILINGUE SABIAS OU NÃO CONTRA ARMAS DE ULTIMA TECNOLOGIA FORNECIDAS PELOS EEUU A ISRAEL.MAS UMA COISA TEM DE FICAR CLARA GUERRAS NÃO TEM JUSTIFICATIVAS

Marcello disse...

Não cai, Georges! Israel tem um forte aparto anti míssil que os intercepta no ar ainda.

Unknown disse...

Cheguevara na ONU: "O capitalismo é o genocida mais respeitado no mundo"
A contradição da ONU, no Oriente Médio, parece ser um incentivo a uma revolta, para com isto termos uma grande guerra.