Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Aconteceu o que muita gente já imaginava que ocorreria quando o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, entregou – sob os protestos do Ministério Público, registre-se – a Gilmar Mendes as contas da campanha de Dilma Rousseff.
“Técnicos” (não se diz quais) do Tribunal teriam pontado irregularidades em “13% das entradas” (não se diz quais) e “5% das saídas” (também não se diz quais) de recursos usados na campanha.
Segundo a Folha, não teriam sequer pedido esclarecimentos, mas opinado pela rejeição das contas.
Agora, diz ainda, caberá a Gilmar Mendes avaliar se os erros apontados são “de maior ou menor gravidade” e aprovar ou rejeitar as contas da Presidenta reeleita.
O mesmo Gilmar Mendes que achou que não havia nada de sério nas contas bilionárias de Daniel Dantas, o “economista brilhante” , mas que achou que podiam ser “lavagem de dinheiro” as contas da vaquinha, com contribuições modestas, para pagar as multas devidas por José Genoíno e José Dirceu no caso do chamado “mensalão”.
O Gilmar Mendes que mantém sob “vistas”, há oito meses, a decisão já vitoriosa de proibir dinheiro – limpo ou sujo – de empresas nas campanhas.
Claro que pode haver - e deve haver – na prestação de contas de Dilma, de Aécio ou de qualquer candidato que, como eles, tenha invertido cerca de R$ 300 milhões numa campanha feita em todo o país, alguma inconsistência.
Duvido que qualquer despesa desta ordem, em poucos meses e envolvendo tantos contratos de fornecedores não tenham. Afinal, tem-se de prestar contas de tudo, desde os gastos com programas de televisão até recibos de táxi, de copinhos descartáveis, copos de plástico…
Já fui membro de conselho fiscal e dava para contar nos dedos balanços e demonstrações contábeis que não merecessem um reparo da auditoria ou dos próprios conselheiros, que mandavam esclarecer gastos e receitas.
Daí a sugerir irregularidade e propor a rejeição são anos-luz de distância.
Até na malha fina do Imposto de Renda você pode esclarecer e documentar algo visto como inconsistente.
Mas com o voto de mais de 100 milhões de brasileiros, não: taca-lhe pau, direto.
Ah, são técnicos, éticos e insuspeitos…
Tão insuspeitos que entregam logo aos jornais o “pedido de rejeição”, que nem o próprio Ministro ou o Ministério Público receberam.
Ministério Público que, aliás, rejeitou, por insubsistentes, os questionamentos de impugnação destas contas pelo PSDB.
Será que alguns destes técnicos do TSE, loucos por aquele aumento para o Judiciário que Dilma não quer dar, têm também um grupinho no Facebook, descascando “aquela anta”?
Porque, como ali, sabem que violar o sigilo funcional não dá nada, se for contra o Governo.
“Tá dominado, tá tudo dominado” , como se cantava nos bailes funk do Rio de Janeiro
Triste sina a da democracia brasileira, entregue às mãos de guarda-livros e de um homem imparcial e apartidário como Gilmar Mendes.
Aconteceu o que muita gente já imaginava que ocorreria quando o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, entregou – sob os protestos do Ministério Público, registre-se – a Gilmar Mendes as contas da campanha de Dilma Rousseff.
“Técnicos” (não se diz quais) do Tribunal teriam pontado irregularidades em “13% das entradas” (não se diz quais) e “5% das saídas” (também não se diz quais) de recursos usados na campanha.
Segundo a Folha, não teriam sequer pedido esclarecimentos, mas opinado pela rejeição das contas.
Agora, diz ainda, caberá a Gilmar Mendes avaliar se os erros apontados são “de maior ou menor gravidade” e aprovar ou rejeitar as contas da Presidenta reeleita.
O mesmo Gilmar Mendes que achou que não havia nada de sério nas contas bilionárias de Daniel Dantas, o “economista brilhante” , mas que achou que podiam ser “lavagem de dinheiro” as contas da vaquinha, com contribuições modestas, para pagar as multas devidas por José Genoíno e José Dirceu no caso do chamado “mensalão”.
O Gilmar Mendes que mantém sob “vistas”, há oito meses, a decisão já vitoriosa de proibir dinheiro – limpo ou sujo – de empresas nas campanhas.
Claro que pode haver - e deve haver – na prestação de contas de Dilma, de Aécio ou de qualquer candidato que, como eles, tenha invertido cerca de R$ 300 milhões numa campanha feita em todo o país, alguma inconsistência.
Duvido que qualquer despesa desta ordem, em poucos meses e envolvendo tantos contratos de fornecedores não tenham. Afinal, tem-se de prestar contas de tudo, desde os gastos com programas de televisão até recibos de táxi, de copinhos descartáveis, copos de plástico…
Já fui membro de conselho fiscal e dava para contar nos dedos balanços e demonstrações contábeis que não merecessem um reparo da auditoria ou dos próprios conselheiros, que mandavam esclarecer gastos e receitas.
Daí a sugerir irregularidade e propor a rejeição são anos-luz de distância.
Até na malha fina do Imposto de Renda você pode esclarecer e documentar algo visto como inconsistente.
Mas com o voto de mais de 100 milhões de brasileiros, não: taca-lhe pau, direto.
Ah, são técnicos, éticos e insuspeitos…
Tão insuspeitos que entregam logo aos jornais o “pedido de rejeição”, que nem o próprio Ministro ou o Ministério Público receberam.
Ministério Público que, aliás, rejeitou, por insubsistentes, os questionamentos de impugnação destas contas pelo PSDB.
Será que alguns destes técnicos do TSE, loucos por aquele aumento para o Judiciário que Dilma não quer dar, têm também um grupinho no Facebook, descascando “aquela anta”?
Porque, como ali, sabem que violar o sigilo funcional não dá nada, se for contra o Governo.
“Tá dominado, tá tudo dominado” , como se cantava nos bailes funk do Rio de Janeiro
Triste sina a da democracia brasileira, entregue às mãos de guarda-livros e de um homem imparcial e apartidário como Gilmar Mendes.
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