Por Altamiro Borges
Em mais um gesto inesperado, que deve ter irritado os direitistas do mundo inteiro, o papa Francisco se recusou a receber o Dalai Lama, que se proclama como “líder espiritual do Tibete”, em audiência privada na última sexta-feira (12). Segundo o Jornal do Brasil, o Vaticano alegou que “a reunião poderia prejudicar as já abaladas relações diplomáticas com a China”. O último encontro entre um papa e o Dalai Lama – exilado desde 1959 na Índia, após uma revolta separatista fracassada – ocorreu em 2006. Na época, o Vaticano era liderado pelo reacionário Bento 16, que não escondia as suas ligações com as potências capitalistas ocidentais e o seu anticomunismo tacanho.
Ainda segundo o Jornal do Brasil, Dalai Lama até tentou justificar a recusa da audiência. “Eu encontro muitas pessoas, sou positivo e jovial, mas, para alguns, posso ser fonte de problemas. É compreensível, isto já aconteceu várias vezes”, afirmou o líder budista, que sempre se traveste de pacifista. Mas em Roma, aonde participou de um encontro de ganhadores do Prêmio Nobel, ele voltou a destilar seu ódio contra a China. Ele fez questão de estimular os protestos em curso em Hong Kong, que exigem a autonomia da região. “Os estudantes querem uma sociedade aberta e plenamente democrática. Este é um objetivo totalmente tangível”, afirmou.
Esta pose de pacifista e democrata, porém, não resiste a uma rápida incursão no passado. Basta folhear o livro “Legado de cinzas – uma história da CIA”, escrito pelo jornalista estadunidense Tim Weiner, ganhador do Prêmio Pulitzer, para conhecer um pouco mais da trajetória deste “líder espiritual” rejeitado pelo papa Francisco. A obra, com 741 páginas e vasta documentação, afirma que o Dalai Lama se projetou no cenário mundial como um agente pago do órgão de espionagem e terrorismo dos EUA. Vale citar apenas dois trechos do livro:
- “Durante a década de 1960, em nome do combate ao comunismo chinês, a CIA gastara dezenas de milhões de dólares lançando toneladas de armas de paraquedas para centenas de guerrilheiros tibetanos que lutavam por seu líder espiritual, Sua Santidade Tenzen Gyasto, o 14º Dalai Lama... A agência criou um campo de treinamento para combatentes tibetanos nas Montanhas Rochosas do Colorado. Pagou um subsídio anual de cerca de US$ 180 mil diretamente ao Dalai Lama, e criou Casas do Tibete em Nova York e Genebra para servirem como embaixadas não-oficiais. O objetivo era manter vivo o sonho de um Tibete livre e, ao mesmo tempo, acossar o Exército Vermelho no oeste da China”.
- “Em agosto de 1969, a agência requisitou mais US$ 2,5 milhões em apoio aos insurgentes do Tibete, descrevendo o grupo paramilitar de 1.800 homens como ‘uma força que poderia ser empregada com intensidade em caso de hostilidades’ contra a China. ‘Isto representa algum benefício direto para nós?’, perguntou Kissinger. Ele respondeu a sua própria pergunta. Embora os subsídios da CIA ao Dalai Lama tenham continuado, a resistência tibetana foi abandonada”. Já no reinado do presidente-terrorista George W. Bush, com sua “guerra infinita” às potências rivais, os subsídios aos “pacifistas” tibetanos voltaram a se avolumar.
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Em mais um gesto inesperado, que deve ter irritado os direitistas do mundo inteiro, o papa Francisco se recusou a receber o Dalai Lama, que se proclama como “líder espiritual do Tibete”, em audiência privada na última sexta-feira (12). Segundo o Jornal do Brasil, o Vaticano alegou que “a reunião poderia prejudicar as já abaladas relações diplomáticas com a China”. O último encontro entre um papa e o Dalai Lama – exilado desde 1959 na Índia, após uma revolta separatista fracassada – ocorreu em 2006. Na época, o Vaticano era liderado pelo reacionário Bento 16, que não escondia as suas ligações com as potências capitalistas ocidentais e o seu anticomunismo tacanho.
Ainda segundo o Jornal do Brasil, Dalai Lama até tentou justificar a recusa da audiência. “Eu encontro muitas pessoas, sou positivo e jovial, mas, para alguns, posso ser fonte de problemas. É compreensível, isto já aconteceu várias vezes”, afirmou o líder budista, que sempre se traveste de pacifista. Mas em Roma, aonde participou de um encontro de ganhadores do Prêmio Nobel, ele voltou a destilar seu ódio contra a China. Ele fez questão de estimular os protestos em curso em Hong Kong, que exigem a autonomia da região. “Os estudantes querem uma sociedade aberta e plenamente democrática. Este é um objetivo totalmente tangível”, afirmou.
Esta pose de pacifista e democrata, porém, não resiste a uma rápida incursão no passado. Basta folhear o livro “Legado de cinzas – uma história da CIA”, escrito pelo jornalista estadunidense Tim Weiner, ganhador do Prêmio Pulitzer, para conhecer um pouco mais da trajetória deste “líder espiritual” rejeitado pelo papa Francisco. A obra, com 741 páginas e vasta documentação, afirma que o Dalai Lama se projetou no cenário mundial como um agente pago do órgão de espionagem e terrorismo dos EUA. Vale citar apenas dois trechos do livro:
- “Durante a década de 1960, em nome do combate ao comunismo chinês, a CIA gastara dezenas de milhões de dólares lançando toneladas de armas de paraquedas para centenas de guerrilheiros tibetanos que lutavam por seu líder espiritual, Sua Santidade Tenzen Gyasto, o 14º Dalai Lama... A agência criou um campo de treinamento para combatentes tibetanos nas Montanhas Rochosas do Colorado. Pagou um subsídio anual de cerca de US$ 180 mil diretamente ao Dalai Lama, e criou Casas do Tibete em Nova York e Genebra para servirem como embaixadas não-oficiais. O objetivo era manter vivo o sonho de um Tibete livre e, ao mesmo tempo, acossar o Exército Vermelho no oeste da China”.
- “Em agosto de 1969, a agência requisitou mais US$ 2,5 milhões em apoio aos insurgentes do Tibete, descrevendo o grupo paramilitar de 1.800 homens como ‘uma força que poderia ser empregada com intensidade em caso de hostilidades’ contra a China. ‘Isto representa algum benefício direto para nós?’, perguntou Kissinger. Ele respondeu a sua própria pergunta. Embora os subsídios da CIA ao Dalai Lama tenham continuado, a resistência tibetana foi abandonada”. Já no reinado do presidente-terrorista George W. Bush, com sua “guerra infinita” às potências rivais, os subsídios aos “pacifistas” tibetanos voltaram a se avolumar.
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