Por Altamiro Borges
O “deus-mercado” já dá como certa uma nova alta da taxa de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nesta quarta-feira (21). Nos jornais e nas emissoras de tevê e rádio, os analistas econômicos – nome fictício dos porta-vozes dos rentistas – garantem que o aumento será de 0,5 na Selic – pulando dos atuais 11,75% para 12,25% ao ano. Folha e Estadão, dois jornais ligados aos banqueiros, deram a mesma notícia: “Economistas das instituições financeiras cravaram as apostas de que o ritmo de aperto monetário será mantido neste ano”.
Confirmada a nova alta dos juros, o governo da presidenta recém-eleita estará trilhando um perigoso caminho – que beira o suicídio político. Os dados sobre a retração da economia já são preocupantes, com queda na produção e redução no ritmo de geração de emprego e renda no país. A estimativa do próprio governo para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 foi rebaixada pela terceira vez seguida – de 0,38% para 0,02%. Na indústria, o clima ainda é mais sombrio, com a previsão de recuo na produção de 0,71% neste ano.
Os impactos sociais já se fazem sentir. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a novembro do ano passado, o número de empregos na indústria caiu 3,1% – o pior desempenho para o período desde 2009. A diminuição do número de horas pagas foi ainda maior, de 3,7%. Na comparação dos períodos janeiro-outubro de 2013 e de 2014, a folha de pagamento real – descontada a inflação – caiu 0,8%. É pouco se comparado ao desastre que varre a Europa, com recordes de desemprego; mas é algo preocupante e que serve de alarme.
A manutenção da política de arrocho monetário e as novas medidas de austeridade fiscal – que visam acalmar o "deus-mercado" e saciar seu apetite por lucros – tendem a frear ainda mais o crescimento da economia. Alguns inclusive já preveem o início de um período de recessão no Brasil. Como Dilma Rousseff enfrentará politicamente este cenário adverso? A conferir!
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O “deus-mercado” já dá como certa uma nova alta da taxa de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nesta quarta-feira (21). Nos jornais e nas emissoras de tevê e rádio, os analistas econômicos – nome fictício dos porta-vozes dos rentistas – garantem que o aumento será de 0,5 na Selic – pulando dos atuais 11,75% para 12,25% ao ano. Folha e Estadão, dois jornais ligados aos banqueiros, deram a mesma notícia: “Economistas das instituições financeiras cravaram as apostas de que o ritmo de aperto monetário será mantido neste ano”.
Confirmada a nova alta dos juros, o governo da presidenta recém-eleita estará trilhando um perigoso caminho – que beira o suicídio político. Os dados sobre a retração da economia já são preocupantes, com queda na produção e redução no ritmo de geração de emprego e renda no país. A estimativa do próprio governo para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 foi rebaixada pela terceira vez seguida – de 0,38% para 0,02%. Na indústria, o clima ainda é mais sombrio, com a previsão de recuo na produção de 0,71% neste ano.
Os impactos sociais já se fazem sentir. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a novembro do ano passado, o número de empregos na indústria caiu 3,1% – o pior desempenho para o período desde 2009. A diminuição do número de horas pagas foi ainda maior, de 3,7%. Na comparação dos períodos janeiro-outubro de 2013 e de 2014, a folha de pagamento real – descontada a inflação – caiu 0,8%. É pouco se comparado ao desastre que varre a Europa, com recordes de desemprego; mas é algo preocupante e que serve de alarme.
A manutenção da política de arrocho monetário e as novas medidas de austeridade fiscal – que visam acalmar o "deus-mercado" e saciar seu apetite por lucros – tendem a frear ainda mais o crescimento da economia. Alguns inclusive já preveem o início de um período de recessão no Brasil. Como Dilma Rousseff enfrentará politicamente este cenário adverso? A conferir!
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