Do blog de Zé Dirceu:
Nesta 3ª feira (ontem) completou-se um ano do agravamento da crise de abastecimento de água em São Paulo e do início das medidas implantadas pelo governador tucano Geraldo Alckmin (PSDB) que culminaram na implantação, na prática, do racionamento e do rodízio de água na Capital, Grande São Paulo e em muitos outros pontos do Estado.Racionamento que Alckmin e seu governo jamais assumiram.
No entanto, procura-se o tema que preferem chamar eufemisticamente de crise hídrica na mídia e não se encontra nada nos grandes jornalões paulistas. Se vocês procurarem com lupas, encontrarão uma ou outra reportagem, sempre tangenciando o principal: que esta é a pior crise de falta de água no Estado nos jornais paulistas. As vezes, tem dia que não se encontra nenhuma linha a respeito.
Vejam vocês, de uma crise que já prejudicou profundamente a vida de milhões de moradores da capital e Região Metropolitana e da economia em todo o Estado. A agricultura irrigada no Estado tem sido induzida a gastar menos água para o produto ser desviado para o abastecimento da população.
Um ano em que os jornalões blindaram Alckmin para a crise não pegar nele
A Sabesp, que reduziu a pressão da água na rede – o que a impede de chegar às ruas e bairros mais altos e distantes já há um ano – diz que são 200 mil os moradores que sofrem os efeitos mais drásticos da medida, com falta de água constante. “Milhões, porém, deparam-se com torneiras secas de maneira intermitente: 71% dos paulistanos relataram ao Datafolha, em fevereiro, ter ficado sem água ao menos uma vez no mês anterior”, contradiz a Folha de S.Paulo no editorial publicado ontem “comemorativo” do aniversário da crise, um dos raros que dedicou ao assunto nesse período.
As atitudes do governador Alckmin estão na memória de todos, são mais do que conhecidas. Minimizou a crise – termo que ele jamais usou sobre o problema – e inclusive atravessou toda a campanha eleitoral (mais de três meses) de sua reeleição sem admitir tocar no assunto. Pior, sua administração, como lembra o editorial de ontem da Folha, sonegou informações de forma reiterada – a redução da pressão da água na rede, por exemplo, só veio a público em abril, semanas depois de começada, e por cobrança e descoberta da imprensa.
E recentemente descobriu-se que a redução da pressão da água nem sequer cumpre a exigência técnica de garantir pressão mínima na rede de 10 metros de coluna de água. “A Sabesp chega a reduzi-la para um metro de coluna, insuficiente para encher reservatórios domiciliares”, registrou o editorial da Folha.
Represa ainda está no nível do volume morto e Alckmin passa que a crise já está superada
Nisso tudo, bastaram algumas poucas chuvas – embora mais intensas no final de fevereiro – para que o governo Alckmin se achasse com coragem e ousadia para “vender” que a crise está sanada. Com as chuvas o nível do sistema Cantareira, que já chegou as 5%, tem subido e atingiu 11,7%. Mas isso se contadas duas cotas de volume morto. Em outras palavras, a estação seca se aproxima, e o principal sistema de abastecimento da região está abaixo do volume útil original.
Apesar de ser esta a situação, o tema falta d’água – ou crise hídrica, como eles chamam – está novamente ausente das primeiras páginas e das manchetes dos jornalões de hoje. Como em quase todos os dias. Colapso hídrico e colapso do jornalismo, como disse um amigo do blog embora se saiba que a proteção – ou blindagem como eles definem – dos jornalões a Alckmin e ao tucanato e á decisão de política editorial.
Nesta 3ª feira (ontem) completou-se um ano do agravamento da crise de abastecimento de água em São Paulo e do início das medidas implantadas pelo governador tucano Geraldo Alckmin (PSDB) que culminaram na implantação, na prática, do racionamento e do rodízio de água na Capital, Grande São Paulo e em muitos outros pontos do Estado.Racionamento que Alckmin e seu governo jamais assumiram.
No entanto, procura-se o tema que preferem chamar eufemisticamente de crise hídrica na mídia e não se encontra nada nos grandes jornalões paulistas. Se vocês procurarem com lupas, encontrarão uma ou outra reportagem, sempre tangenciando o principal: que esta é a pior crise de falta de água no Estado nos jornais paulistas. As vezes, tem dia que não se encontra nenhuma linha a respeito.
Vejam vocês, de uma crise que já prejudicou profundamente a vida de milhões de moradores da capital e Região Metropolitana e da economia em todo o Estado. A agricultura irrigada no Estado tem sido induzida a gastar menos água para o produto ser desviado para o abastecimento da população.
Um ano em que os jornalões blindaram Alckmin para a crise não pegar nele
A Sabesp, que reduziu a pressão da água na rede – o que a impede de chegar às ruas e bairros mais altos e distantes já há um ano – diz que são 200 mil os moradores que sofrem os efeitos mais drásticos da medida, com falta de água constante. “Milhões, porém, deparam-se com torneiras secas de maneira intermitente: 71% dos paulistanos relataram ao Datafolha, em fevereiro, ter ficado sem água ao menos uma vez no mês anterior”, contradiz a Folha de S.Paulo no editorial publicado ontem “comemorativo” do aniversário da crise, um dos raros que dedicou ao assunto nesse período.
As atitudes do governador Alckmin estão na memória de todos, são mais do que conhecidas. Minimizou a crise – termo que ele jamais usou sobre o problema – e inclusive atravessou toda a campanha eleitoral (mais de três meses) de sua reeleição sem admitir tocar no assunto. Pior, sua administração, como lembra o editorial de ontem da Folha, sonegou informações de forma reiterada – a redução da pressão da água na rede, por exemplo, só veio a público em abril, semanas depois de começada, e por cobrança e descoberta da imprensa.
E recentemente descobriu-se que a redução da pressão da água nem sequer cumpre a exigência técnica de garantir pressão mínima na rede de 10 metros de coluna de água. “A Sabesp chega a reduzi-la para um metro de coluna, insuficiente para encher reservatórios domiciliares”, registrou o editorial da Folha.
Represa ainda está no nível do volume morto e Alckmin passa que a crise já está superada
Nisso tudo, bastaram algumas poucas chuvas – embora mais intensas no final de fevereiro – para que o governo Alckmin se achasse com coragem e ousadia para “vender” que a crise está sanada. Com as chuvas o nível do sistema Cantareira, que já chegou as 5%, tem subido e atingiu 11,7%. Mas isso se contadas duas cotas de volume morto. Em outras palavras, a estação seca se aproxima, e o principal sistema de abastecimento da região está abaixo do volume útil original.
Apesar de ser esta a situação, o tema falta d’água – ou crise hídrica, como eles chamam – está novamente ausente das primeiras páginas e das manchetes dos jornalões de hoje. Como em quase todos os dias. Colapso hídrico e colapso do jornalismo, como disse um amigo do blog embora se saiba que a proteção – ou blindagem como eles definem – dos jornalões a Alckmin e ao tucanato e á decisão de política editorial.
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