Por Bepe Damasco, em seu blog:
A Rede Globo sempre teve uma relação umbilical com todos os presidentes da CBF.
Isso vem dos tempos da CBD, do mandachuva João Havelange.
Alguém se lembra de alguma reportagem da emissora sobre roubalheira no mundo do futebol?
A empresa dos Marinho fez alguma denúncia séria sobre passagem de Ricardo Teixeira pela CBF?
Quando Teixeira praticamente fugiu do país, a Globo deu ao fato a repercussão merecida?
Por ocasião das CPIs da Nike e do Futebol, no Congresso Nacional, a Globo demonstrou alguma indignação com a sabotagem da bancada da bola?
Por trás do não rotundo, como diria o bravo Brizola, como resposta para todas essas perguntas está a obsessão global por um meganegócio que reponde por parte polpuda do seu faturamento : os direitos de transmissão de competições nacionais e internacionais.
Um exemplo do que a Globo é capaz para assegurar sobre pau e pedra esses direitos é o caso da bilionária sonegação à Receita Federal do Brasil na compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002, quando a empresa não hesitou em simular uma operação em paraísos fiscais para ludibriar o fisco.
Na sede do Jardim Botânico, o empresário J. Hawilla sempre foi recebido com tapete vermelho. Ele preside a Traffic, uma das gigantes do marketing esportivo do mundo. Além de sua empresa negociar os direitos de transmissão de dez entre dez competições importantes, Hawilla é da casa. O sujeito simplesmente é o dono da maior afiliada da Globo, a Rede TEM, com grande penetração em todo o interior de São Paulo.
Chega a ser constrangedor ver os noticiários da Globo tratando seu sócio como um estranho, ao se ver obrigada a informar que Hawilla confessou à justiça norte-americana os crimes de fraude, lavagem de dinheiro,extorsão e obstrução da justiça e que terá que devolver 151 milhões de dólares.
Posso imaginar o pânico nos bastidores da Globo agora que a casa caiu. E se outro queridinho dos Marinho, o ex-presidente da CBF José Maria Marin, um dos presos pelo FBI na Suíça, resolver contar o que sabe sobre o submundo da compra e venda de direitos de transmissão e dos contratos de marketing? Isso não é difícil de acontecer. Com mais de 80 anos, Marin pode achar que não tem nada a perder se detonar o esquema.
Mesmo depois do maior vexame da história do futebol brasileiro, na Copa do Mundo do ano passado, Marin continuou sendo paparicado pela Globo. A bajulação até aumentou depois que ele virou cabo eleitoral de Aécio Neves.
Diante da oportunidade de ouro de se fazer uma devassa também no futebol brasileiro, é importante registrar que nenhuma ação moralizadora será completa se poupar a poderosa Rede Globo, que é, há muitos anos, quem dá as cartas no futebol brasileiro.
A Rede Globo sempre teve uma relação umbilical com todos os presidentes da CBF.
Isso vem dos tempos da CBD, do mandachuva João Havelange.
Alguém se lembra de alguma reportagem da emissora sobre roubalheira no mundo do futebol?
A empresa dos Marinho fez alguma denúncia séria sobre passagem de Ricardo Teixeira pela CBF?
Quando Teixeira praticamente fugiu do país, a Globo deu ao fato a repercussão merecida?
Por ocasião das CPIs da Nike e do Futebol, no Congresso Nacional, a Globo demonstrou alguma indignação com a sabotagem da bancada da bola?
Por trás do não rotundo, como diria o bravo Brizola, como resposta para todas essas perguntas está a obsessão global por um meganegócio que reponde por parte polpuda do seu faturamento : os direitos de transmissão de competições nacionais e internacionais.
Um exemplo do que a Globo é capaz para assegurar sobre pau e pedra esses direitos é o caso da bilionária sonegação à Receita Federal do Brasil na compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002, quando a empresa não hesitou em simular uma operação em paraísos fiscais para ludibriar o fisco.
Na sede do Jardim Botânico, o empresário J. Hawilla sempre foi recebido com tapete vermelho. Ele preside a Traffic, uma das gigantes do marketing esportivo do mundo. Além de sua empresa negociar os direitos de transmissão de dez entre dez competições importantes, Hawilla é da casa. O sujeito simplesmente é o dono da maior afiliada da Globo, a Rede TEM, com grande penetração em todo o interior de São Paulo.
Chega a ser constrangedor ver os noticiários da Globo tratando seu sócio como um estranho, ao se ver obrigada a informar que Hawilla confessou à justiça norte-americana os crimes de fraude, lavagem de dinheiro,extorsão e obstrução da justiça e que terá que devolver 151 milhões de dólares.
Posso imaginar o pânico nos bastidores da Globo agora que a casa caiu. E se outro queridinho dos Marinho, o ex-presidente da CBF José Maria Marin, um dos presos pelo FBI na Suíça, resolver contar o que sabe sobre o submundo da compra e venda de direitos de transmissão e dos contratos de marketing? Isso não é difícil de acontecer. Com mais de 80 anos, Marin pode achar que não tem nada a perder se detonar o esquema.
Mesmo depois do maior vexame da história do futebol brasileiro, na Copa do Mundo do ano passado, Marin continuou sendo paparicado pela Globo. A bajulação até aumentou depois que ele virou cabo eleitoral de Aécio Neves.
Diante da oportunidade de ouro de se fazer uma devassa também no futebol brasileiro, é importante registrar que nenhuma ação moralizadora será completa se poupar a poderosa Rede Globo, que é, há muitos anos, quem dá as cartas no futebol brasileiro.
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