Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
A presidenta Dilma Rousseff foi ontem ao Congresso e estavam lhe esperando para a recepção o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowiski, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Dilma foi generosa no cumprimento aos dois primeiros, ofereceu-lhes o rosto para troca de beijos. E mais do que formal com Cunha, que ficou apenas com um distante aperto de mão.
Não é incomum que este tipo de coisa aconteça até por descuido e se transforme em notícia. Em geral, uma não-notícia que só serve pra alimentar o espetáculo da política. Não foi o caso desta vez.
Dilma sabia exatamente quem encontraria no evento, inclusive porque há todo um cerimonial para essas ocasiões, e como estariam dispostos os líderes dos outros poderes. E ensaiou a cena.
A presidenta quis deixar claro que Cunha não tem o seu carinho e muito menos seu respeito. E quis deixar claro para o público que lá estava que com ele não tem mais acordo. É guerra.
A próxima frente de batalha entre Cunha e o governo liderado por ela será a eleição do líder do PMDB, no dia 17 de fevereiro, uma semana após a quarta-feira de cinzas. Estão na disputa Leonardo Picciani (RJ) e Hugo Motta (PI), disputando um colégio eleitoral de 67 deputados.
A vitória de Motta será a de Cunha. A de Picciani a do governo.
Não serão beijos e afagos que decidirão a rinha. O toma-la-da-cá para lá que move um deputado pra um lado ou para o outro não tem relação com gestos.
E por isso, se Cunha vier a impor nova derrota ao Palácio, ele não só mostrará o tamanho da sua força, como também contribuirá para reacender o movimento pró-impeachment. E para emplacar Motta, Cunha tem contado com todo o apoio da oposição no “convencimento” de sua bancada.
Se o governo conseguir reconduzir Picciani, ganha fôlego para rearticular sua base e deixa Cunha quase como um espectro a presidir uma Câmara que já não mais lidera.
O beijo que Dilma não deu em Cunha tem esse recado. De que não há possibilidade de acordo com ele. De que não existe chance de se buscar um caminho de salvação mútua. Ou é um ou outro.
Em política, beijos e afagos só têm efeito simbólico. É no dia 17 que Dilma e Cunha decidirão quem fica no jogo. Mesmo parecendo algo menor, quem vier a perder a disputa pela liderança do PMDB terá dificuldades imensas para se recuperar.
Dia 17 será a Batalha de Waterloo entre Dilma e Cunha.
Não é incomum que este tipo de coisa aconteça até por descuido e se transforme em notícia. Em geral, uma não-notícia que só serve pra alimentar o espetáculo da política. Não foi o caso desta vez.
Dilma sabia exatamente quem encontraria no evento, inclusive porque há todo um cerimonial para essas ocasiões, e como estariam dispostos os líderes dos outros poderes. E ensaiou a cena.
A presidenta quis deixar claro que Cunha não tem o seu carinho e muito menos seu respeito. E quis deixar claro para o público que lá estava que com ele não tem mais acordo. É guerra.
A próxima frente de batalha entre Cunha e o governo liderado por ela será a eleição do líder do PMDB, no dia 17 de fevereiro, uma semana após a quarta-feira de cinzas. Estão na disputa Leonardo Picciani (RJ) e Hugo Motta (PI), disputando um colégio eleitoral de 67 deputados.
A vitória de Motta será a de Cunha. A de Picciani a do governo.
Não serão beijos e afagos que decidirão a rinha. O toma-la-da-cá para lá que move um deputado pra um lado ou para o outro não tem relação com gestos.
E por isso, se Cunha vier a impor nova derrota ao Palácio, ele não só mostrará o tamanho da sua força, como também contribuirá para reacender o movimento pró-impeachment. E para emplacar Motta, Cunha tem contado com todo o apoio da oposição no “convencimento” de sua bancada.
Se o governo conseguir reconduzir Picciani, ganha fôlego para rearticular sua base e deixa Cunha quase como um espectro a presidir uma Câmara que já não mais lidera.
O beijo que Dilma não deu em Cunha tem esse recado. De que não há possibilidade de acordo com ele. De que não existe chance de se buscar um caminho de salvação mútua. Ou é um ou outro.
Em política, beijos e afagos só têm efeito simbólico. É no dia 17 que Dilma e Cunha decidirão quem fica no jogo. Mesmo parecendo algo menor, quem vier a perder a disputa pela liderança do PMDB terá dificuldades imensas para se recuperar.
Dia 17 será a Batalha de Waterloo entre Dilma e Cunha.
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