quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O "luto" dos jornalistas da Globo e Folha

Por Altamiro Borges

Em protesto contra a proposta ridícula de 5% de reajuste salarial, os jornalistas da TV Globo de São Paulo utilizaram nesta quarta-feira (3) fitas pretas em sinal de luto. O império global alega que teve queda de 7% nas receitas publicitárias em 2015 para justificar o brutal arrocho dos profissionais. De tanto apostar na crise econômica, torcendo pela desgraça do Brasil para desgastar Dilma, a emissora acabou virando vítima do seu próprio pessimismo. Já os trabalhadores lembram que a emissora segue com lucros estratosféricos, criticam os altos salários das celebridades midiáticas e destacam que os três filhos de Roberto Marinho continuam liderando a lista da Forbes de maiores ricaços do país.

O protesto desta quarta-feira serviu como pressão para a quarta rodada de negociação entre o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e a direção da empresa. Até agora a poderosa Rede Globo tem esbanjado arrogância e intransigência, recusando-se a repor a inflação dos últimos 12 meses - próxima dos 11%. No mês passado, os profissionais da emissora já tinham realizado outro protesto, espalhando sapatos usados em frente ao prédio da empresa na capital paulista. Com exceção dos bajuladores da famiglia Marinho, que insistem em chamar o patrão de companheiro, o clima de revolta entre os jornalistas da Rede Globo é grande - algo incomum nos últimos anos.    

Demissões e papel higiênico na Folha

O descontentamento também cresce em outro império midiático, o do Grupo Folha. Nesta terça-feira (2), a famiglia Frias anunciou uma nova onda de cortes na Folha. As demissões deverão atingir todas as editorias. Segundo relato do Portal Imprensa, "até o momento, os nomes escolhidos foram de profissionais experientes da publicação. Além disso, todos os estagiários do jornal foram cortados". A situação da corporação midiática, que adora obrar regras sobre os rumos da economia e virou um palanque da oposição golpista, é vexatória. Até o papel higiênico dos profissionais sofreu abalo!

"Na semana passada, o Grupo Folha já tinha realizado cortes no 'Agora', demitindo três repórteres. Sabe-se que desde o início do ano o veículo passou a reduzir custos operacionais, passando a cobrar dos funcionários o café servido nas máquinas da empresa, bem como reduzindo a qualidade do papel higiênico nos banheiros. Além disso, a empresa dividiu em duas parcelas o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos jornalistas. A primeira foi paga em janeiro e a segunda está agendada para junho", descreve o Portal Imprensa. 

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1 comentários:

Octavio Filho disse...

Nossa!!! Passam o tempo todo trabalhando para destruir empregos no Brasil. Então, 5% é muito para este pessoal. Pela conteúdo, eu daria -50%.