Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Um antro golpista que agride há mais de século a democracia brasileira se deu a comentar o 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais e a fazer considerações desairosas sobre centenas de blogueiros presentes ao evento e sobre milhares deles que, sob represália da malta golpista que ascendeu ao poder, acabaram não comparecendo.
Antes de prosseguir, vale explicitar qual dos sentidos do substantivo masculino “antro” coincide mais exatamente com a intenção de usá-lo como adjetivo. Segundo o Houaiss, a palavra tem sete conotações:
antro
substantivo masculino ( 1572)
1 gruta ou cavidade natural, profunda e escura, ger. servindo de abrigo a feras; furna
2 p.ext. habitação miserável e escura
‹ vivia num a. sem água corrente ›
3 p.ext. prisão subterrânea, sem ar e sem luz; masmorra, cárcere
‹ prendem os inimigos em a. tenebrosos ›
4 p.ext. lugar sórdido onde se escondem criminosos; covil
‹ a. de assassinos ›
5 fig. local de diversão asqueroso; espelunca
‹ naquele a. serviam bebida falsificada ›
6 fig. local propenso à (corrupção, degeneração moral)
‹ a. de perdição ›
7 anatômico med cavidade ou espaço, esp. dentro de um osso; cripta
Ainda que ao menos seis das sete acepções caibam em considerações sobre essa máquina antidemocrática fundada por família de sanguessugas que há mais de um século suga recursos públicos em profusão, a que coincide mais com o gosto do blogueiro para qualificar o jornal O Estado de São Paulo, dito “Estadão”, é a de número cinco.
Com efeito, o Estadão é um local de diversão asqueroso, uma espelunca na qual reacionários de todas as cepas podem cair na esbórnia fascista que orienta as suas (vá lá) ideias sem serem incomodados por essa coisa que os “comunistas” chamam de contraditório.
Mas voltemos à dissecação da agressão feita por algum lacaio que os Mesquita colocaram para escrever esse editorial tão divertido e previsível, que termina fazendo pouco dos blogueiros logo após lhes conceder importância ao publicar contra eles quilométrica catilinária, bem ao gosto cafona desses janotas empertigados.
A dissecação em pauta, porém, não é da argumentação caduca de uma publicação caduca gerida por gente caduca, independentemente da idade biológica. Afinal, essa “argumentação” foi mais do mesmo – acusações (falsas) sobre todos os blogueiros serem beneficiários de publicidade oficial dos governos petistas, acusações hilariantes de anacronismo ideológico feitas por fanáticos de ultradireita que controlam o jornal, e até uma bobagem sobre a qualidade da redação de carta de intenções divulgada pelos blogueiros reunidos.
Observação: todo fanático de direita gosta de afetar maiores conhecimentos do idioma, como se tais conhecimentos pudessem apagar as deformidades morais dessa família golpista e sanguessuga que enriqueceu lambendo as botas de políticos de direita.
O título da catilinária caduca do Estadão, inconformado com a possibilidade que a tecnologia deu a qualquer um para contestar ricaços acovardados com o contraditório, é “Blogueiros Chapa Branca”.
O antro reacionário adjetiva os blogueiros como “chapa branca” mesmo após Dilma ter sido afastada do cargo. Além de ser mentira, é burrice. Se os blogueiros continuam apoiando a presidente após ela sair do cargo, a hipótese de serem bajuladores interesseiros cai por terra.
Mas quem é o Estadão para se dirigir dessa forma a um movimento democrático cuja grande maioria dos cidadãos nunca recebeu um centavo do poder público e atua por apreço aos próprios ideais democráticos e humanistas?
O Estadão é uma arma política da direita brasileira, não é um órgão de imprensa. Há mais de um século atua para eleger ou derrubar governos com vistas a lucrar financeiramente.
Foi pensando em lucrar que o Estadão sediou a conspiração que deu lugar à ditadura militar que se estabeleceu no país entre 1964 e 1985. E quem diz isso não é este blogueiro, mas um dos membros dessa família de trapaceiros que há tantas décadas trabalha arduamente contra a democracia brasileira.
Ruy Mesquita (que o diabo o tenha), em edição do programa Roda Viva veiculada em 2006, confessou que seu jornal esteve no centro da conspiração que resultaria na ditadura militar que roubou o país o quanto pôde enquanto estuprava mulheres, torturava até crianças e assassinava quanto podia.
Repare, leitor, como esse Mesquita respondeu ao então mediador do programa, Paulo Markun:
Paulo Markun: O senhor se arrepende de ter participado das articulações do golpe?
Ruy Mesquita: Não, eu não me arrependo. Não me arrependo porque em circunstância iguais àquelas que vivi naquela época, eu faria o mesmo de novo hoje se fosse convidado, como fui convidado por um grupo de militares. Eu insisto em dizer, como disse também em entrevista, não estavam articulando nenhum golpe, mas estavam se preparando para enfrentar um golpe que eles tinham a convicção de que ia ser dado. Não me arrependi, embora tivesse nos custado caríssimo, a ditadura que se instalou no Brasil, à nossa revelia e com a qual nós rompemos desde o primeiro momento, como está dito na minha entrevista.
Há duas hipóteses para definir esse sujeito: ou era um tremendo mentiroso ou um rematado idiota. Particularmente, este blogueiro julga que era um pouco de cada.
Então os golpistas da família Mesquita entregaram a sede do jornal para os golpistas militares tramarem a derrubada do governo João Goulart, mas não sabiam que estavam ajudando a preparar um golpe de Estado? Você conspira para derrubar um governo eleito legitimamente e não sabe que isso é golpe?
Francamente… É esse jornal que ousa acusar um movimento democrático e plural como o dos blogueiros?
É muita audácia uma facção ideológica tão empedernida acusar um movimento democrático no qual cabem até pessoas e entidades que fizeram oposição ao governo Dilma, mas que se uniram na denunciação do golpe por apreço à democracia.
O Estadão é apenas uma organização mafiosa que trabalha contra a democracia brasileira há mais de um século. Defende a desigualdade de renda e de oportunidades, é um jornal de viés racista, homofóbico e golpista. Está a serviço de endinheirados que sabem que só se manterão assim enquanto o Brasil continuar tão injusto.
O antro reacionário em questão debocha das declaradas intenções dos blogueiros de ajudarem o país a resistir ao golpe. Eis como esses golpistas famigerados concluíram seu “editorial”:
“(…) Na parte final da carta, os blogueiros são taxativos. “Não daremos trégua à Globo, a Temer, aos traidores que se dizem sindicalistas, nem aos tucanos e empresários da Fiesp, que agiram a serviço do golpismo. Resistiremos nas ruas e nas redes”, prometem eles. Se alguém deve recear essas ameaças certamente são os redatores de programas de humorismo da televisão. Agora eles têm nesses blogueiros e ativistas fortes concorrentes”.
É mesmo, é? Quer dizer, então, que os blogueiros não têm importância ou meios (não) de ameaçar, mas de opor resistência aos golpistas? Ora, mas se são tão desimportantes, o que explica o jornalão usar um texto daquele tamanho para agredi-los? O fato é que ninguém chuta cachorro morto. Os blogueiros incomodam muito esses fascistas
Aguarde-nos, família golpista. Vamos continuar incomodando (muito), denunciando veículos chapa branca como o Estadão, que ora voltam aos tempos em que lambiam as botas do poder central assim como vêm lambendo há vinte anos as botas da ditadura tucana que se instalou em São Paulo.
Riam enquanto podem, golpistas de merda. O castelo de cartas de vocês já começa a ruir. E sem ninguém fazer nada, porque vocês são tão medíocres que se derrubam sozinhos. Vejam as patuscadas temerárias. O Brasil é maior que qualquer golpista. E quem ri por último, ri melhor.
Um antro golpista que agride há mais de século a democracia brasileira se deu a comentar o 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais e a fazer considerações desairosas sobre centenas de blogueiros presentes ao evento e sobre milhares deles que, sob represália da malta golpista que ascendeu ao poder, acabaram não comparecendo.
Antes de prosseguir, vale explicitar qual dos sentidos do substantivo masculino “antro” coincide mais exatamente com a intenção de usá-lo como adjetivo. Segundo o Houaiss, a palavra tem sete conotações:
antro
substantivo masculino ( 1572)
1 gruta ou cavidade natural, profunda e escura, ger. servindo de abrigo a feras; furna
2 p.ext. habitação miserável e escura
‹ vivia num a. sem água corrente ›
3 p.ext. prisão subterrânea, sem ar e sem luz; masmorra, cárcere
‹ prendem os inimigos em a. tenebrosos ›
4 p.ext. lugar sórdido onde se escondem criminosos; covil
‹ a. de assassinos ›
5 fig. local de diversão asqueroso; espelunca
‹ naquele a. serviam bebida falsificada ›
6 fig. local propenso à (corrupção, degeneração moral)
‹ a. de perdição ›
7 anatômico med cavidade ou espaço, esp. dentro de um osso; cripta
Ainda que ao menos seis das sete acepções caibam em considerações sobre essa máquina antidemocrática fundada por família de sanguessugas que há mais de um século suga recursos públicos em profusão, a que coincide mais com o gosto do blogueiro para qualificar o jornal O Estado de São Paulo, dito “Estadão”, é a de número cinco.
Com efeito, o Estadão é um local de diversão asqueroso, uma espelunca na qual reacionários de todas as cepas podem cair na esbórnia fascista que orienta as suas (vá lá) ideias sem serem incomodados por essa coisa que os “comunistas” chamam de contraditório.
Mas voltemos à dissecação da agressão feita por algum lacaio que os Mesquita colocaram para escrever esse editorial tão divertido e previsível, que termina fazendo pouco dos blogueiros logo após lhes conceder importância ao publicar contra eles quilométrica catilinária, bem ao gosto cafona desses janotas empertigados.
A dissecação em pauta, porém, não é da argumentação caduca de uma publicação caduca gerida por gente caduca, independentemente da idade biológica. Afinal, essa “argumentação” foi mais do mesmo – acusações (falsas) sobre todos os blogueiros serem beneficiários de publicidade oficial dos governos petistas, acusações hilariantes de anacronismo ideológico feitas por fanáticos de ultradireita que controlam o jornal, e até uma bobagem sobre a qualidade da redação de carta de intenções divulgada pelos blogueiros reunidos.
Observação: todo fanático de direita gosta de afetar maiores conhecimentos do idioma, como se tais conhecimentos pudessem apagar as deformidades morais dessa família golpista e sanguessuga que enriqueceu lambendo as botas de políticos de direita.
O título da catilinária caduca do Estadão, inconformado com a possibilidade que a tecnologia deu a qualquer um para contestar ricaços acovardados com o contraditório, é “Blogueiros Chapa Branca”.
O antro reacionário adjetiva os blogueiros como “chapa branca” mesmo após Dilma ter sido afastada do cargo. Além de ser mentira, é burrice. Se os blogueiros continuam apoiando a presidente após ela sair do cargo, a hipótese de serem bajuladores interesseiros cai por terra.
Mas quem é o Estadão para se dirigir dessa forma a um movimento democrático cuja grande maioria dos cidadãos nunca recebeu um centavo do poder público e atua por apreço aos próprios ideais democráticos e humanistas?
O Estadão é uma arma política da direita brasileira, não é um órgão de imprensa. Há mais de um século atua para eleger ou derrubar governos com vistas a lucrar financeiramente.
Foi pensando em lucrar que o Estadão sediou a conspiração que deu lugar à ditadura militar que se estabeleceu no país entre 1964 e 1985. E quem diz isso não é este blogueiro, mas um dos membros dessa família de trapaceiros que há tantas décadas trabalha arduamente contra a democracia brasileira.
Ruy Mesquita (que o diabo o tenha), em edição do programa Roda Viva veiculada em 2006, confessou que seu jornal esteve no centro da conspiração que resultaria na ditadura militar que roubou o país o quanto pôde enquanto estuprava mulheres, torturava até crianças e assassinava quanto podia.
Repare, leitor, como esse Mesquita respondeu ao então mediador do programa, Paulo Markun:
Paulo Markun: O senhor se arrepende de ter participado das articulações do golpe?
Ruy Mesquita: Não, eu não me arrependo. Não me arrependo porque em circunstância iguais àquelas que vivi naquela época, eu faria o mesmo de novo hoje se fosse convidado, como fui convidado por um grupo de militares. Eu insisto em dizer, como disse também em entrevista, não estavam articulando nenhum golpe, mas estavam se preparando para enfrentar um golpe que eles tinham a convicção de que ia ser dado. Não me arrependi, embora tivesse nos custado caríssimo, a ditadura que se instalou no Brasil, à nossa revelia e com a qual nós rompemos desde o primeiro momento, como está dito na minha entrevista.
Há duas hipóteses para definir esse sujeito: ou era um tremendo mentiroso ou um rematado idiota. Particularmente, este blogueiro julga que era um pouco de cada.
Então os golpistas da família Mesquita entregaram a sede do jornal para os golpistas militares tramarem a derrubada do governo João Goulart, mas não sabiam que estavam ajudando a preparar um golpe de Estado? Você conspira para derrubar um governo eleito legitimamente e não sabe que isso é golpe?
Francamente… É esse jornal que ousa acusar um movimento democrático e plural como o dos blogueiros?
É muita audácia uma facção ideológica tão empedernida acusar um movimento democrático no qual cabem até pessoas e entidades que fizeram oposição ao governo Dilma, mas que se uniram na denunciação do golpe por apreço à democracia.
O Estadão é apenas uma organização mafiosa que trabalha contra a democracia brasileira há mais de um século. Defende a desigualdade de renda e de oportunidades, é um jornal de viés racista, homofóbico e golpista. Está a serviço de endinheirados que sabem que só se manterão assim enquanto o Brasil continuar tão injusto.
O antro reacionário em questão debocha das declaradas intenções dos blogueiros de ajudarem o país a resistir ao golpe. Eis como esses golpistas famigerados concluíram seu “editorial”:
“(…) Na parte final da carta, os blogueiros são taxativos. “Não daremos trégua à Globo, a Temer, aos traidores que se dizem sindicalistas, nem aos tucanos e empresários da Fiesp, que agiram a serviço do golpismo. Resistiremos nas ruas e nas redes”, prometem eles. Se alguém deve recear essas ameaças certamente são os redatores de programas de humorismo da televisão. Agora eles têm nesses blogueiros e ativistas fortes concorrentes”.
É mesmo, é? Quer dizer, então, que os blogueiros não têm importância ou meios (não) de ameaçar, mas de opor resistência aos golpistas? Ora, mas se são tão desimportantes, o que explica o jornalão usar um texto daquele tamanho para agredi-los? O fato é que ninguém chuta cachorro morto. Os blogueiros incomodam muito esses fascistas
Aguarde-nos, família golpista. Vamos continuar incomodando (muito), denunciando veículos chapa branca como o Estadão, que ora voltam aos tempos em que lambiam as botas do poder central assim como vêm lambendo há vinte anos as botas da ditadura tucana que se instalou em São Paulo.
Riam enquanto podem, golpistas de merda. O castelo de cartas de vocês já começa a ruir. E sem ninguém fazer nada, porque vocês são tão medíocres que se derrubam sozinhos. Vejam as patuscadas temerárias. O Brasil é maior que qualquer golpista. E quem ri por último, ri melhor.
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