Por Altamiro Borges
Na busca alucinada por um sucessor para o odiado Michel Temer, já tratado como bagaço por um setor dos golpistas, o nome de Henrique Meirelles passou a ser a principal aposta do “deus-mercado”. Na mídia rentista, o czar da economia passou a ser tratado como “herói nacional”, como responsável pela volta da confiança dos investidores e pela retomada do crescimento do país. Os ex-urubólogos da imprensa, que no governo de Dilma Rousseff só davam notícias pessimistas, esbanjaram otimismo com o novo ministro da Fazenda e sua equipe econômica. A manipulação midiática, porém, não conseguiu esconder a triste realidade do agravamento da crise. Diante do fiasco, Henrique Meirelles parece que já está sendo descartado.
Nas notinhas da mídia privada fica evidente o processo em curso da sua queimação. A revista Época, da famiglia Marinho, postou na quarta-feira passada (28) um veneno que antes seria deletado. Segundo a nota maldosa, “num dos diálogos que manteve com o ex-assessor especial da Presidência da República Rodrigo Rocha Loures para tratar de interesses junto ao governo, o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, disse que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é companheiro e maleável. ‘É um sujeito habilidoso e taI. Ele é um sujeito engraçado que, como se diz assim, ele tem um bom mix de... ele é um cara duro, mas ele é maleável’, afirma o empresário. ‘Ele... se você precisar de um, isso aí da Previdência. Vamos chutar, ele chuta. Henrique, dá uma seguradinha, ele segura. Ele não é cabeça dura não. Ele é companheiro’”.
Dois dias depois, na sexta-feira, outra notinha apimentada contra o principal escudeiro do ministro da Fazenda, o presidente do Banco Central. “No inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal para investigar o presidente Michel Temer foram anexadas transcrições de conversas gravadas pelo empresário Joesley Batista, do grupo J&F, com agentes públicos. Num desses diálogos, mantido com o ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures, em meados de março passado, o nome do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, foi citado. Os dois falavam sobre áreas do governo estratégicas para o empresário, incluindo o Banco Central. Rocha Loures afirmou a Joesley que se dá ‘muito bem’ com Goldfajn”.
Famiglia Marinho aposta em outro cavalo
Estas duas notinhas do panfleto da famiglia Marinho não são gratuitas. A poderosa Rede Globo já decidiu se livrar do odiado Michel Temer, calculando que seu desgaste pode implodir também a aplicação do projeto ultraliberal de desmonte da nação e propiciar a volta do temido Lula. Para substituí-lo no posto, através de eleições indiretas no Congresso Nacional, ela chegou a nutrir simpatias por Henrique Meirelles. Daí o empenho dos seus “jornalistas” de aluguel para bajular o “companheiro” de Joesley Batista. O fracasso das suas medidas de retomada do crescimento, porém, parece ter alterado o plano continuísta da famiglia Marinho. Os vários veículos do grupo – jornal O Globo, TV Globo, GloboNews, rádio CBN, entre outros – já estão apostando em outro cavalo – o demo Rodrigo Maia, o jagunço dos empresários que preside a Câmara Federal. A conferir!
Em tempo: Outro fator que pode ter levado a famiglia Marinho a fritar o “companheiro” Henrique Meirelles é a percepção do “deus-mercado” de que a sonhada contrarreforma da Previdência deu chabu. Na semana passada, a Folha postou uma nota que evidencia o temor dos empresários que financiaram o golpe dos corruptos. Segundo a matéria, “investidores e analistas do mercado financeiro passaram a descartar a aprovação de uma reforma robusta pelo governo Michel Temer e agora projetam alterações profundas nas regras de aposentadorias apenas a partir de 2019, com um novo presidente. Para gestores de fundos de investimentos e economistas, o enfraquecimento de Temer com a delação da JBS e a imprevisibilidade da crise política fizeram desmoronar o poder de que o governo precisaria para aprovar uma pauta considerada impopular”.
Henrique Meirelles apostou todo seu “prestígio” junto aos abutres financeiros nesta “reforma”. Pelo jeito, ele se deu mal!
*****
Leia também:
- 'Época' tenta esconder Meirelles
- A ausência de Meirelles na delação da JBS
- Meirelles vai assaltar o seu FGTS?
- Henrique Meirelles e a profecia do caos
- Wall Street ordenou a queda de Dilma?
- Meirelles, ex-JBS, é um indecoroso
- Meirelles já vendeu o Brazil!
- Economia ruma para o caos. Temer balança!
Na busca alucinada por um sucessor para o odiado Michel Temer, já tratado como bagaço por um setor dos golpistas, o nome de Henrique Meirelles passou a ser a principal aposta do “deus-mercado”. Na mídia rentista, o czar da economia passou a ser tratado como “herói nacional”, como responsável pela volta da confiança dos investidores e pela retomada do crescimento do país. Os ex-urubólogos da imprensa, que no governo de Dilma Rousseff só davam notícias pessimistas, esbanjaram otimismo com o novo ministro da Fazenda e sua equipe econômica. A manipulação midiática, porém, não conseguiu esconder a triste realidade do agravamento da crise. Diante do fiasco, Henrique Meirelles parece que já está sendo descartado.
Nas notinhas da mídia privada fica evidente o processo em curso da sua queimação. A revista Época, da famiglia Marinho, postou na quarta-feira passada (28) um veneno que antes seria deletado. Segundo a nota maldosa, “num dos diálogos que manteve com o ex-assessor especial da Presidência da República Rodrigo Rocha Loures para tratar de interesses junto ao governo, o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, disse que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é companheiro e maleável. ‘É um sujeito habilidoso e taI. Ele é um sujeito engraçado que, como se diz assim, ele tem um bom mix de... ele é um cara duro, mas ele é maleável’, afirma o empresário. ‘Ele... se você precisar de um, isso aí da Previdência. Vamos chutar, ele chuta. Henrique, dá uma seguradinha, ele segura. Ele não é cabeça dura não. Ele é companheiro’”.
Dois dias depois, na sexta-feira, outra notinha apimentada contra o principal escudeiro do ministro da Fazenda, o presidente do Banco Central. “No inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal para investigar o presidente Michel Temer foram anexadas transcrições de conversas gravadas pelo empresário Joesley Batista, do grupo J&F, com agentes públicos. Num desses diálogos, mantido com o ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures, em meados de março passado, o nome do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, foi citado. Os dois falavam sobre áreas do governo estratégicas para o empresário, incluindo o Banco Central. Rocha Loures afirmou a Joesley que se dá ‘muito bem’ com Goldfajn”.
Famiglia Marinho aposta em outro cavalo
Estas duas notinhas do panfleto da famiglia Marinho não são gratuitas. A poderosa Rede Globo já decidiu se livrar do odiado Michel Temer, calculando que seu desgaste pode implodir também a aplicação do projeto ultraliberal de desmonte da nação e propiciar a volta do temido Lula. Para substituí-lo no posto, através de eleições indiretas no Congresso Nacional, ela chegou a nutrir simpatias por Henrique Meirelles. Daí o empenho dos seus “jornalistas” de aluguel para bajular o “companheiro” de Joesley Batista. O fracasso das suas medidas de retomada do crescimento, porém, parece ter alterado o plano continuísta da famiglia Marinho. Os vários veículos do grupo – jornal O Globo, TV Globo, GloboNews, rádio CBN, entre outros – já estão apostando em outro cavalo – o demo Rodrigo Maia, o jagunço dos empresários que preside a Câmara Federal. A conferir!
Em tempo: Outro fator que pode ter levado a famiglia Marinho a fritar o “companheiro” Henrique Meirelles é a percepção do “deus-mercado” de que a sonhada contrarreforma da Previdência deu chabu. Na semana passada, a Folha postou uma nota que evidencia o temor dos empresários que financiaram o golpe dos corruptos. Segundo a matéria, “investidores e analistas do mercado financeiro passaram a descartar a aprovação de uma reforma robusta pelo governo Michel Temer e agora projetam alterações profundas nas regras de aposentadorias apenas a partir de 2019, com um novo presidente. Para gestores de fundos de investimentos e economistas, o enfraquecimento de Temer com a delação da JBS e a imprevisibilidade da crise política fizeram desmoronar o poder de que o governo precisaria para aprovar uma pauta considerada impopular”.
Henrique Meirelles apostou todo seu “prestígio” junto aos abutres financeiros nesta “reforma”. Pelo jeito, ele se deu mal!
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