Editorial do site Vermelho:
Sob forte ameaça recolonizadora o Brasil comemora 195 anos de vida independente. A história destes dois séculos de vida independente é a crônica do confronto entre aqueles que defendem o uso do poder do Estado para apoiar o desenvolvimento e liberais (hoje neoliberais) contrários ao pleno florescimento da nação.
Capitaneados à época por José Bonifácio – nosso primeiro chefe de governo, de janeiro de 1822 a julho de 1823 – os defensores da nação preconizavam a industrialização, fim da escravidão, ensino público e integração (em igualdade jurídica) de negros, índios e mestiços à população nacional.
Bonifácio pretendia usar o poder do Estado para desenvolver o país. Ele foi afastado do governo pelos antepassados dos neoliberais de nosso tempo – o setor da agromercantil latifundiário, que comandava o tráfico de escravos. Cujo programa era a independência política sem mudança social, mantendo a escravidão e o latifúndio, e sem mexer na subordinação externa. Com o Brasil sendo apenas um fornecedor de commodities para o mercado mundial, sob comando das forças antinação que controlavam o poder político. Sob o Império, esta oligarquia se opôs às ameaças ao dogma da “vocação agrícola” e do escravismo.
Contra aquele dogma, em 1880, a Associação Industrial exigia o apoio para a indústria e dizia, em seu manifesto, que a independência política é uma ilusão enquanto o Brasil for apenas “uma feitoria comercial e colonial explorada pelos comerciantes europeus”.
Foi dessa exigência que nasceu, sob a República, em 1890, a lei do Similar Nacional, revogada um século depois pelo presidente neoliberal Fernando Collor de Mello.
O esforço para o desenvolvimento nacional não tem apenas a dimensão econômica, mas sobretudo a de completar a independência e consolidar a democracia. Rui Barbosa, ministro da Fazenda do primeiro governo republicano, já havia percebido isso e defendeu a industrialização para elevar a riqueza material e dar fundamento à República.
O confronto entre o projeto plenamente nacional e desenvolvimentista, e outro, antinação, entreguista e partidário do atraso e do subdesenvolvimento, atravessou a história republicana.
O Brasil que emergiu da revolução de 1930 foi um ponto alto nessa luta para completar a independência nacional com o desenvolvimento econômico. Inaugurou a chamada “era Vargas” que causa alergia aos neoliberais, e levou o Brasil a crescer, em média, 4% ao ano entre 1930 e 1980 – contra estagnantes 0,94% ao ano desde 1980. E construiu símbolos importantes da independência e soberania nacionais, como a Cia Siderúrgica Nacional (1941), o BNDES (1952), a Petrobras (1953), a Eletrobras (1961), a política externa independente dos governos Goulart (1961-1964) e Lula e Dilma (2003-2016). Conquistas do povo brasileiro desmontadas pelos governos neoliberais, e sob severo ataque do governo espúrio de Michel Temer.
O Brasil, às vésperas de completar dois séculos de vida independente, é colocado de volta à estagnação sob o comando das forças antinação representadas pela dupla Temer/Meirelles, que põe a nação na humilhante postura genuflexa perante o imperialismo e as grandes nações que dominam o cenário mundial.
A independência nacional é tarefa dos brasileiros. Dos setores que compreendem que só o desenvolvimento econômico e social garante e aprofunda a democracia – trabalhadores e trabalhadoras, empresários da produção, estudantes e intelectuais, entre tantos setores patrióticos e democráticos.
A independência nacional, conquistada em 1822, precisa – mais do que nunca – ser completada. Os brasileiros rejeitam, soberanamente, e orgulhosos de sua nação, qualquer política de subordinação externa. Não aceitam e querem o fim da política de vergonha nacional, subordinação aos interesses estrangeiros e desmonte do Estado brasileiro do governo golpista de Michel Temer.
Sob forte ameaça recolonizadora o Brasil comemora 195 anos de vida independente. A história destes dois séculos de vida independente é a crônica do confronto entre aqueles que defendem o uso do poder do Estado para apoiar o desenvolvimento e liberais (hoje neoliberais) contrários ao pleno florescimento da nação.
Capitaneados à época por José Bonifácio – nosso primeiro chefe de governo, de janeiro de 1822 a julho de 1823 – os defensores da nação preconizavam a industrialização, fim da escravidão, ensino público e integração (em igualdade jurídica) de negros, índios e mestiços à população nacional.
Bonifácio pretendia usar o poder do Estado para desenvolver o país. Ele foi afastado do governo pelos antepassados dos neoliberais de nosso tempo – o setor da agromercantil latifundiário, que comandava o tráfico de escravos. Cujo programa era a independência política sem mudança social, mantendo a escravidão e o latifúndio, e sem mexer na subordinação externa. Com o Brasil sendo apenas um fornecedor de commodities para o mercado mundial, sob comando das forças antinação que controlavam o poder político. Sob o Império, esta oligarquia se opôs às ameaças ao dogma da “vocação agrícola” e do escravismo.
Contra aquele dogma, em 1880, a Associação Industrial exigia o apoio para a indústria e dizia, em seu manifesto, que a independência política é uma ilusão enquanto o Brasil for apenas “uma feitoria comercial e colonial explorada pelos comerciantes europeus”.
Foi dessa exigência que nasceu, sob a República, em 1890, a lei do Similar Nacional, revogada um século depois pelo presidente neoliberal Fernando Collor de Mello.
O esforço para o desenvolvimento nacional não tem apenas a dimensão econômica, mas sobretudo a de completar a independência e consolidar a democracia. Rui Barbosa, ministro da Fazenda do primeiro governo republicano, já havia percebido isso e defendeu a industrialização para elevar a riqueza material e dar fundamento à República.
O confronto entre o projeto plenamente nacional e desenvolvimentista, e outro, antinação, entreguista e partidário do atraso e do subdesenvolvimento, atravessou a história republicana.
O Brasil que emergiu da revolução de 1930 foi um ponto alto nessa luta para completar a independência nacional com o desenvolvimento econômico. Inaugurou a chamada “era Vargas” que causa alergia aos neoliberais, e levou o Brasil a crescer, em média, 4% ao ano entre 1930 e 1980 – contra estagnantes 0,94% ao ano desde 1980. E construiu símbolos importantes da independência e soberania nacionais, como a Cia Siderúrgica Nacional (1941), o BNDES (1952), a Petrobras (1953), a Eletrobras (1961), a política externa independente dos governos Goulart (1961-1964) e Lula e Dilma (2003-2016). Conquistas do povo brasileiro desmontadas pelos governos neoliberais, e sob severo ataque do governo espúrio de Michel Temer.
O Brasil, às vésperas de completar dois séculos de vida independente, é colocado de volta à estagnação sob o comando das forças antinação representadas pela dupla Temer/Meirelles, que põe a nação na humilhante postura genuflexa perante o imperialismo e as grandes nações que dominam o cenário mundial.
A independência nacional é tarefa dos brasileiros. Dos setores que compreendem que só o desenvolvimento econômico e social garante e aprofunda a democracia – trabalhadores e trabalhadoras, empresários da produção, estudantes e intelectuais, entre tantos setores patrióticos e democráticos.
A independência nacional, conquistada em 1822, precisa – mais do que nunca – ser completada. Os brasileiros rejeitam, soberanamente, e orgulhosos de sua nação, qualquer política de subordinação externa. Não aceitam e querem o fim da política de vergonha nacional, subordinação aos interesses estrangeiros e desmonte do Estado brasileiro do governo golpista de Michel Temer.
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