Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
Venho dizendo aqui no 247 que o racha do PSDB pode ter como consequência o lançamento de um candidato governista do PMDB, para fazer a defesa de Temer. O líder do governo no Senado, Romero Jucá, acaba de confirmar isso. Disse ele hoje que, se ninguém o fizer (e quem haveria de fazer isso, após a revoada dos tucanos), o PMDB lançará um candidato para defender o “legado” de Temer, que a seu ver, vem fazendo “mágica”. Se a ameaça se confirmar, os eleitores brasileiros, já castigados pelos retrocessos de Temer, serão também obrigados a ouvir 85,5 segundos diários de bazófia peemedebistas. Embora tenha apenas 5% de preferência dos eleitores e possa até desaparecer em alguns estados – como o Rio, onde todos os quadros do partido estão presos ou sendo investigados - o PMDB tem o maior tempo de televisão e poderá veicular 3,2 inserções diárias, afora o tempo dividido nas edições da tarde e da noite do horário eleitoral.
E quem haverá de ser o candidato de Temer? Primeiramente ele aposta em Meirelles, embora o ministro da Fazenda seja filiado ao PSD. Mas agora todos podem mudar de partido até o dia 7 de abril, e se tiver que ser Meirelles, ele saltará do partido do ministro Gilberto Kassab, que tem 55 segundos diários. Se a ideia é defender o “legado”, ninguém melhor que o ministro que patrocinou a emenda do teto de gastos públicos, a reforma trabalhista, o ajuste fiscal que vai congelar os salários dos funcionários públicos, o mega-rombo fiscal e a reforma da previdência que teima em aprovar, embora o Congresso já tenha pulado fora deste barco e o próprio Temer tenha jogado a toalha.
Venho dizendo aqui no 247 que o racha do PSDB pode ter como consequência o lançamento de um candidato governista do PMDB, para fazer a defesa de Temer. O líder do governo no Senado, Romero Jucá, acaba de confirmar isso. Disse ele hoje que, se ninguém o fizer (e quem haveria de fazer isso, após a revoada dos tucanos), o PMDB lançará um candidato para defender o “legado” de Temer, que a seu ver, vem fazendo “mágica”. Se a ameaça se confirmar, os eleitores brasileiros, já castigados pelos retrocessos de Temer, serão também obrigados a ouvir 85,5 segundos diários de bazófia peemedebistas. Embora tenha apenas 5% de preferência dos eleitores e possa até desaparecer em alguns estados – como o Rio, onde todos os quadros do partido estão presos ou sendo investigados - o PMDB tem o maior tempo de televisão e poderá veicular 3,2 inserções diárias, afora o tempo dividido nas edições da tarde e da noite do horário eleitoral.
E quem haverá de ser o candidato de Temer? Primeiramente ele aposta em Meirelles, embora o ministro da Fazenda seja filiado ao PSD. Mas agora todos podem mudar de partido até o dia 7 de abril, e se tiver que ser Meirelles, ele saltará do partido do ministro Gilberto Kassab, que tem 55 segundos diários. Se a ideia é defender o “legado”, ninguém melhor que o ministro que patrocinou a emenda do teto de gastos públicos, a reforma trabalhista, o ajuste fiscal que vai congelar os salários dos funcionários públicos, o mega-rombo fiscal e a reforma da previdência que teima em aprovar, embora o Congresso já tenha pulado fora deste barco e o próprio Temer tenha jogado a toalha.
Meirelles é o favorito do mercado e é conveniente levar em conta sua eventual candidatura. Mas se não der com ele, Temer e PMDB estão dispostos a patrocinar um “out sider” qualquer, desde que se disponha a defender as “mágicas” do governo. Mas, alinhado com o que há de mais atrasado na política brasileira, esse candidato não poderá fazer o discurso de “renovação da política”, como o que vem sendo ensaiado por Luciano Huck.
Num tempo em que o PMDB ainda era lembrado como o partido que encarnou a resistência parlamentar à ditadura, o deputado Ulysses Guimarães, que havia sido o Senhor Diretas e o timoneiro da oposição, amargou um humilhante quinto lugar na eleição de 1989. Em 1994, Orestes Quércia ficou em quarto lugar, perdendo até para Enéas, do nanico Prona. Depois disso, o PMDB especializou-se em pegar carona em governos alheios, trocando seus votos no Congresso por nacos da máquina administrativa em que aprendeu a fazer dinheiro.
Num tempo em que o PMDB ainda era lembrado como o partido que encarnou a resistência parlamentar à ditadura, o deputado Ulysses Guimarães, que havia sido o Senhor Diretas e o timoneiro da oposição, amargou um humilhante quinto lugar na eleição de 1989. Em 1994, Orestes Quércia ficou em quarto lugar, perdendo até para Enéas, do nanico Prona. Depois disso, o PMDB especializou-se em pegar carona em governos alheios, trocando seus votos no Congresso por nacos da máquina administrativa em que aprendeu a fazer dinheiro.
De modo que o candidato do PMDB golpista, que atentou contra a democracia e fez a roda da civilização brasileira andar para trás, não deve nos preocupar pelo desempenho eleitoral. Mas certamente ele vai poluir o horário eleitoral e incomodar o debate sobre as questões que deveriam pautar a eleição em que o Brasil decidirá seu futuro.
0 comentários:
Postar um comentário