Por Cezar Britto, no blog Socialista Morena:
A evolução da humanidade guarda relação direta com as nossas escolhas. A humanidade já escolheu a barbárie, a dominação, a opressão ou qualquer outro tipo de imposição como se fossem consequência natural da hegemonia de um grupo mais apto sobre o outro. Também já escolheu em sua História o tráfico de pessoas humanas, os navios negreiros e o direito de propriedade sobre mulheres, homens e crianças. Escolhas foram feitas para que se fizesse da intolerância religiosa um dogma, corpos queimados em fogueira uma manifestação divina e conflitos entre religiões simples guerras santas. Escolhe-se, diariamente, a supressão do direito à infância, a prostituição, o abandono educacional e o trabalho infantil. Escolhas ainda são feitas para que mulheres sejam consideradas meras reprodutoras de seres humanos, sem qualquer direito, objeto de prazer e adorno dos homens. Escolhas em que nações subjugam nações e desumanos dominam humanos.
Mas a humanidade também testemunhou escolhas em que palavras como direitos humanos, liberdade, igualdade, fraternidade e Justiça fossem proferidas e exigidas. Escolhas que romperam o silêncio, sussurraram novas melodias, quebraram estruturas e inspiraram reações. Escolheu-se a paz e não a guerra; a sensibilidade como alternativa à frieza; a construção do amor para implodir castelos de ódios. Escolhas ainda que não foram integralmente vividas, mas escolhas também ainda não desistidas. No dia 20 de fevereiro de 2018, a Corte máxima do país escolheu, corretamente, proteger a mulher e a maternidade. Através de um habeas corpus coletivo, garantiu que quase 5 mil mulheres em todo o Brasil, grávidas ou que já deram a luz a seus filhos com idade até 12 anos, e que estavam sob o regime fechado do sistema carcerário, fossem transferidas para a prisão domiciliar. Também têm direito ao benefício quem tem filhos deficientes. A decisão beneficia mulheres em prisão provisória, ou seja, que ainda não foram condenadas.
Efetivamente, viver é fazer escolhas sobre todos e tudo. Até mesmo o ato de não escolher é uma escolha, uma forma de decidir. A escolha pela ação, omissão ou o simples acomodamento é a tarefa que a vida nos impõe diariamente. No dia 25 de março de 1911, em Nova York, mulheres trabalhadoras ousaram escolher melhores condições de trabalho para suas vidas. Como resposta, o patronato escolheu impor a elas um cruel massacre, ateando fogo à fábrica e assassinando covardemente 129 delas. Não se sabe a origem exata do 8 de março como dia internacional da mulher, mas a morte destas trabalhadoras é sempre lembrada como um dos eventos que motivaram sua criação. Um dia de luta e reflexão.
Neste 08 de março de 2018, devemos lembrar das pessoas que escolherem romper as estruturas conservadoras, preconceituosas e excludentes dos direitos humanos das mulheres. Neste lapso de tempo, necessário se faz louvar aquelas que incorporaram em suas almas inquietas o direito de resistir a qualquer tipo de opressão, sem temor diante dos mais cruéis adversários, sem medo da morte possível. Nesta quadra da vida, é o momento de agradecer às mulheres que, em razão de suas lutas diárias e perseguições sofridas, continuaram ousando escolher sonhar as mesmas utopias, lutar idênticas batalhas e resistir, resistir e resistir.
A evolução da humanidade guarda relação direta com as nossas escolhas. A humanidade já escolheu a barbárie, a dominação, a opressão ou qualquer outro tipo de imposição como se fossem consequência natural da hegemonia de um grupo mais apto sobre o outro. Também já escolheu em sua História o tráfico de pessoas humanas, os navios negreiros e o direito de propriedade sobre mulheres, homens e crianças. Escolhas foram feitas para que se fizesse da intolerância religiosa um dogma, corpos queimados em fogueira uma manifestação divina e conflitos entre religiões simples guerras santas. Escolhe-se, diariamente, a supressão do direito à infância, a prostituição, o abandono educacional e o trabalho infantil. Escolhas ainda são feitas para que mulheres sejam consideradas meras reprodutoras de seres humanos, sem qualquer direito, objeto de prazer e adorno dos homens. Escolhas em que nações subjugam nações e desumanos dominam humanos.
Mas a humanidade também testemunhou escolhas em que palavras como direitos humanos, liberdade, igualdade, fraternidade e Justiça fossem proferidas e exigidas. Escolhas que romperam o silêncio, sussurraram novas melodias, quebraram estruturas e inspiraram reações. Escolheu-se a paz e não a guerra; a sensibilidade como alternativa à frieza; a construção do amor para implodir castelos de ódios. Escolhas ainda que não foram integralmente vividas, mas escolhas também ainda não desistidas. No dia 20 de fevereiro de 2018, a Corte máxima do país escolheu, corretamente, proteger a mulher e a maternidade. Através de um habeas corpus coletivo, garantiu que quase 5 mil mulheres em todo o Brasil, grávidas ou que já deram a luz a seus filhos com idade até 12 anos, e que estavam sob o regime fechado do sistema carcerário, fossem transferidas para a prisão domiciliar. Também têm direito ao benefício quem tem filhos deficientes. A decisão beneficia mulheres em prisão provisória, ou seja, que ainda não foram condenadas.
Efetivamente, viver é fazer escolhas sobre todos e tudo. Até mesmo o ato de não escolher é uma escolha, uma forma de decidir. A escolha pela ação, omissão ou o simples acomodamento é a tarefa que a vida nos impõe diariamente. No dia 25 de março de 1911, em Nova York, mulheres trabalhadoras ousaram escolher melhores condições de trabalho para suas vidas. Como resposta, o patronato escolheu impor a elas um cruel massacre, ateando fogo à fábrica e assassinando covardemente 129 delas. Não se sabe a origem exata do 8 de março como dia internacional da mulher, mas a morte destas trabalhadoras é sempre lembrada como um dos eventos que motivaram sua criação. Um dia de luta e reflexão.
Neste 08 de março de 2018, devemos lembrar das pessoas que escolherem romper as estruturas conservadoras, preconceituosas e excludentes dos direitos humanos das mulheres. Neste lapso de tempo, necessário se faz louvar aquelas que incorporaram em suas almas inquietas o direito de resistir a qualquer tipo de opressão, sem temor diante dos mais cruéis adversários, sem medo da morte possível. Nesta quadra da vida, é o momento de agradecer às mulheres que, em razão de suas lutas diárias e perseguições sofridas, continuaram ousando escolher sonhar as mesmas utopias, lutar idênticas batalhas e resistir, resistir e resistir.
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