Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:
A Operação Lava Jato, anunciou O Globo, está em seus momentos finais. É “consenso no gabinete de Raquel Dodge de que a Lava-Jato – em Curitiba – está naturalmente entrando em sua fase final”, afirmou Guilherme Amado neste domingo, 26 de agosto.
“Naturalmente”, afinal, qual serventia teria agora a Operação de Sérgio Moro? Se golpeada desde 2014, a Petrobras encontra-se esquartejada para fins de privatização, conforme sonhavam, desde os anos 1990, os neoliberais tupiniquins e principais financiadores do golpe. Essa casta capaz de roubar das gerações futuras o usufruto dos recursos provenientes do pré-sal que seria, todos sabem disso, o passaporte dos nossos filhos e netos para o século XXI.
“Naturalmente”, a Lava Jato está entrando em sua fase final. Até porque, com denúncias incensadas pelo aparato midiático, ao longo de quatro anos, criando a atmosfera propícia ao golpe de 2016, a Lava Jato não só afastou o PT do poder, como permitiu a total inversão dos rumos do Brasil. Os dados estão todos aí, o golpe levou o Brasil ao abismo da austeridade econômica e à subserviência aos desmandos das corporações internacionais.
É inacreditável que, cinquenta anos após o AI-5, nós nos encontremos diante de candidaturas de extrema-direita e que assistamos à vitória do arbítrio, do aprisionamento sem provas, da prisão política, das conduções coercitivas, do uso abusivo de delações premiadas, do total desrespeito à presunção da inocência, do absurdo de termos a Presidência da República grampeada e o que dizer da perseguição contra Lula e seus familiares?
“Naturalmente”, a Lava Jato está entrando em sua fase final, afinal, Lula está preso. Porém, os protagonistas dessa guerra política, que levou à instalação de um dos governos mais corruptos desde a redemocratização, não contavam com a reação popular.
E que reação!
Sob o garrote do golpe (leia-se austeridade), a população vem se manifestando contra a perseguição política contra Lula.
É Moro e não Lula que precisa fugir das vaias. O vexame do magistrado na Bahia fala por si. De nada adiantou o juiz Carlos Cerqueira Júnior, da 6ª. Vara Cível e Comercial, proibir os protestos contra o juiz de Curitiba. Acostumado com aplausos – até personagem de cinema, ele se tornou – Sérgio Moro agora tem de dormir com a corneta afiada dos que se recusam pactuar com tamanho arbítrio e perseguição. Lulaços se espalham por todo o país. Desde que foi preso, Lula jamais esteve sozinho naquela cela.
“Bom dia, presidente Lula”, “boa noite, presidente Lula”, milhões se juntam em pensamento aos companheiros que não arredam o pé em Curitiba. Personalidades nacionais e internacionais, com a coragem que o momento exige, dão seu testemunho e irrestrito apoio ao ex-presidente Lula.
Moro, possivelmente, não contava com essa. Construído pela mídia, sua popularidade se esvanece ante a legitimidade construída por Lula junto à população brasileira. Este é ônus de quem recebeu, muito rapidamente, uma fama construída milimetricamente por uma mídia totalmente corrompida.
O resultado está aí: vigiada por organismos internacionais, pela própria ONU e por juristas de grande renome no Brasil e internacionalmente, a Lava Jato encontra-se em seus suspiros finais. Muito mais livre que Moro, Lula segue livre em cada cidadão indignado com a perseguição política contra ele.
Aliás, convido todos à leitura de “O sequestro do voto, a exceção de Moro”, de Tarso Genro, sobre a conduta do magistrado ao longo de sua “tenaz perseguição ao Presidente Lula”. Essa análise e várias outras fazem parte do nosso especial “Que Justiça é essa?” que conta com nove artigos imperdíveis, todos unânimes, no sentido da impossibilidade de sustentação dessa farsa montada no país.
Afinal, o que está em jogo nas urnas de outubro – e a população sabe disso – é a retomada dos direitos sociais e constitucionais usurpados pelo golpe. É por isso que as cornetas soam e, queiram ou não, continuarão soando conforme se viu, no último sábado, na Praça Benedito Calixto, em São Paulo, no Mercado Municipal de São Paulo, na Pampulha, em Minas, na Feira do Largo da Ordem, em Curitiba, em dois Shoppings Centers de Florianópolis, em outro Shopping em Fortaleza, no Show Nação Zumbi, em São Paulo, no Mercado Municipal de São José do Rio Preto e em mais outros dois Shoppings em Vitória, no Espirito Santo e em Maceió, quando milhares de pessoas participaram ativamente de Lulaços por todo o país.
É este o espírito que anima a nossa luta. É por isso que, apesar de todas as dificuldades financeiras, Carta Maior não arredou o pé e vem trazendo, diariamente, o conteúdo analítico que você não encontrará, de forma alguma, nos veículos corrompidos pelo golpismo.
É por isso que, mais uma vez, peço a você, encarecidamente: ajude-nos a continuar disseminando o que há de melhor no pensamento da esquerda brasileira e internacional. Com apenas R$ 1,00 por dia (R$ 30,00), juntos, podemos garantir que o contraponto ao neoliberalismo e a denúncia do golpe tenham visibilidade junto à sociedade.
Torne-se parceiro da Carta Maior (confira aqui as possibilidades de doação) e nos permita continuar soando as cornetas que vêm despertando a população brasileira.
Sigamos juntos,
* Joaquim Ernesto Palhares é diretor da Carta Maior.
A Operação Lava Jato, anunciou O Globo, está em seus momentos finais. É “consenso no gabinete de Raquel Dodge de que a Lava-Jato – em Curitiba – está naturalmente entrando em sua fase final”, afirmou Guilherme Amado neste domingo, 26 de agosto.
“Naturalmente”, afinal, qual serventia teria agora a Operação de Sérgio Moro? Se golpeada desde 2014, a Petrobras encontra-se esquartejada para fins de privatização, conforme sonhavam, desde os anos 1990, os neoliberais tupiniquins e principais financiadores do golpe. Essa casta capaz de roubar das gerações futuras o usufruto dos recursos provenientes do pré-sal que seria, todos sabem disso, o passaporte dos nossos filhos e netos para o século XXI.
“Naturalmente”, a Lava Jato está entrando em sua fase final. Até porque, com denúncias incensadas pelo aparato midiático, ao longo de quatro anos, criando a atmosfera propícia ao golpe de 2016, a Lava Jato não só afastou o PT do poder, como permitiu a total inversão dos rumos do Brasil. Os dados estão todos aí, o golpe levou o Brasil ao abismo da austeridade econômica e à subserviência aos desmandos das corporações internacionais.
É inacreditável que, cinquenta anos após o AI-5, nós nos encontremos diante de candidaturas de extrema-direita e que assistamos à vitória do arbítrio, do aprisionamento sem provas, da prisão política, das conduções coercitivas, do uso abusivo de delações premiadas, do total desrespeito à presunção da inocência, do absurdo de termos a Presidência da República grampeada e o que dizer da perseguição contra Lula e seus familiares?
“Naturalmente”, a Lava Jato está entrando em sua fase final, afinal, Lula está preso. Porém, os protagonistas dessa guerra política, que levou à instalação de um dos governos mais corruptos desde a redemocratização, não contavam com a reação popular.
E que reação!
Sob o garrote do golpe (leia-se austeridade), a população vem se manifestando contra a perseguição política contra Lula.
É Moro e não Lula que precisa fugir das vaias. O vexame do magistrado na Bahia fala por si. De nada adiantou o juiz Carlos Cerqueira Júnior, da 6ª. Vara Cível e Comercial, proibir os protestos contra o juiz de Curitiba. Acostumado com aplausos – até personagem de cinema, ele se tornou – Sérgio Moro agora tem de dormir com a corneta afiada dos que se recusam pactuar com tamanho arbítrio e perseguição. Lulaços se espalham por todo o país. Desde que foi preso, Lula jamais esteve sozinho naquela cela.
“Bom dia, presidente Lula”, “boa noite, presidente Lula”, milhões se juntam em pensamento aos companheiros que não arredam o pé em Curitiba. Personalidades nacionais e internacionais, com a coragem que o momento exige, dão seu testemunho e irrestrito apoio ao ex-presidente Lula.
Moro, possivelmente, não contava com essa. Construído pela mídia, sua popularidade se esvanece ante a legitimidade construída por Lula junto à população brasileira. Este é ônus de quem recebeu, muito rapidamente, uma fama construída milimetricamente por uma mídia totalmente corrompida.
O resultado está aí: vigiada por organismos internacionais, pela própria ONU e por juristas de grande renome no Brasil e internacionalmente, a Lava Jato encontra-se em seus suspiros finais. Muito mais livre que Moro, Lula segue livre em cada cidadão indignado com a perseguição política contra ele.
Aliás, convido todos à leitura de “O sequestro do voto, a exceção de Moro”, de Tarso Genro, sobre a conduta do magistrado ao longo de sua “tenaz perseguição ao Presidente Lula”. Essa análise e várias outras fazem parte do nosso especial “Que Justiça é essa?” que conta com nove artigos imperdíveis, todos unânimes, no sentido da impossibilidade de sustentação dessa farsa montada no país.
Afinal, o que está em jogo nas urnas de outubro – e a população sabe disso – é a retomada dos direitos sociais e constitucionais usurpados pelo golpe. É por isso que as cornetas soam e, queiram ou não, continuarão soando conforme se viu, no último sábado, na Praça Benedito Calixto, em São Paulo, no Mercado Municipal de São Paulo, na Pampulha, em Minas, na Feira do Largo da Ordem, em Curitiba, em dois Shoppings Centers de Florianópolis, em outro Shopping em Fortaleza, no Show Nação Zumbi, em São Paulo, no Mercado Municipal de São José do Rio Preto e em mais outros dois Shoppings em Vitória, no Espirito Santo e em Maceió, quando milhares de pessoas participaram ativamente de Lulaços por todo o país.
É este o espírito que anima a nossa luta. É por isso que, apesar de todas as dificuldades financeiras, Carta Maior não arredou o pé e vem trazendo, diariamente, o conteúdo analítico que você não encontrará, de forma alguma, nos veículos corrompidos pelo golpismo.
É por isso que, mais uma vez, peço a você, encarecidamente: ajude-nos a continuar disseminando o que há de melhor no pensamento da esquerda brasileira e internacional. Com apenas R$ 1,00 por dia (R$ 30,00), juntos, podemos garantir que o contraponto ao neoliberalismo e a denúncia do golpe tenham visibilidade junto à sociedade.
Torne-se parceiro da Carta Maior (confira aqui as possibilidades de doação) e nos permita continuar soando as cornetas que vêm despertando a população brasileira.
Sigamos juntos,
* Joaquim Ernesto Palhares é diretor da Carta Maior.
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