Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Errei, e errei feio, quando imaginei que Jair Bolsonaro ‘afinaria’ na entrevista de hoje no Jornal Nacional.
Foi o inverso: mesmo usando, de novo, uma grotesca “cola” escrita a caneta na mão, o candidato da extrema-direita colocou Willian Bonner no chão e sapateou impiedosamente sobre ele.
Não é o que desejo que importa, é o impacto que teve sobre o grande público, não sobre nossos círculos bem-informados e “politicamente corretos”.
Indagado por Willian Bonner sobre “não entender” de economia e entregar a área a Paulo Guedes, com a pergunta primária sobre o que faria em caso de divergência com ele, foi na canela do apresentador, dizendo que ambos se casaram “jurando amor eterno” mas tiveram de se separar e a vida seguiu em frente.
Questionado sobre direitos trabalhistas, trouxe logo à tona o fato de que Bonner e Renata Vasconcellos serem pessoas jurídicas – “pejotas” – e abrirem mão de direitos trabalhistas. E sobre a diferença de remuneração entre homens e mulheres – embora com a reação indignada de Renata – invocou o fato de ambos não ganharem o mesmo. Mistificação, claro, mas verdade no caso, apesar dos protestos da apresentadora.
Avançou sobre os milhões recebidos pela emissora do Governo.
No caso da homofobia, foi direto ao caso das crianças, no que consegue, claro, mais apoio no senso comum.
Na invocação hipócrita do seu apoio à ditadura, voltou a citar o editorial de Roberto Marinho, apoiando-a.
Teve, claro, seus “vacilos”, ao chamar de “cubículo” seu apartamento em Brasília e dizer que pagava condomínio e IPTU com o auxílio-moradia, o que o “casal 45” não soube aproveitar.
Mas, no restante, seguiu a cartilha do marketing que o levou aonde está: foi o “macho”, o “valente verbal”, o reprodutor do senso-comum.
Bolsonaro pode não ter ganho votos, mas não os perdeu, o que é sua estratégia.
O derrotado na entrevista de hoje foi Geraldo Alckmin.
Errei, e errei feio, quando imaginei que Jair Bolsonaro ‘afinaria’ na entrevista de hoje no Jornal Nacional.
Foi o inverso: mesmo usando, de novo, uma grotesca “cola” escrita a caneta na mão, o candidato da extrema-direita colocou Willian Bonner no chão e sapateou impiedosamente sobre ele.
Não é o que desejo que importa, é o impacto que teve sobre o grande público, não sobre nossos círculos bem-informados e “politicamente corretos”.
Indagado por Willian Bonner sobre “não entender” de economia e entregar a área a Paulo Guedes, com a pergunta primária sobre o que faria em caso de divergência com ele, foi na canela do apresentador, dizendo que ambos se casaram “jurando amor eterno” mas tiveram de se separar e a vida seguiu em frente.
Questionado sobre direitos trabalhistas, trouxe logo à tona o fato de que Bonner e Renata Vasconcellos serem pessoas jurídicas – “pejotas” – e abrirem mão de direitos trabalhistas. E sobre a diferença de remuneração entre homens e mulheres – embora com a reação indignada de Renata – invocou o fato de ambos não ganharem o mesmo. Mistificação, claro, mas verdade no caso, apesar dos protestos da apresentadora.
Avançou sobre os milhões recebidos pela emissora do Governo.
No caso da homofobia, foi direto ao caso das crianças, no que consegue, claro, mais apoio no senso comum.
Na invocação hipócrita do seu apoio à ditadura, voltou a citar o editorial de Roberto Marinho, apoiando-a.
Teve, claro, seus “vacilos”, ao chamar de “cubículo” seu apartamento em Brasília e dizer que pagava condomínio e IPTU com o auxílio-moradia, o que o “casal 45” não soube aproveitar.
Mas, no restante, seguiu a cartilha do marketing que o levou aonde está: foi o “macho”, o “valente verbal”, o reprodutor do senso-comum.
Bolsonaro pode não ter ganho votos, mas não os perdeu, o que é sua estratégia.
O derrotado na entrevista de hoje foi Geraldo Alckmin.
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