Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
A tática é manjada, mas assim é a “nova política” do bolsonarismo para engabelar sua galera de fanáticos
No dia seguinte à monumental confusão que provocou no meio político, ao trombar com sua equipe econômica, em vez de se explicar e pedir desculpas, capitão Bolsonaro voltou ao ataque.
Acompanhado dos filhos, foi ao Twitter e disparou uma mensagem atrás da outra sobre assuntos os mais diversos, sem tocar no principal: as mudanças nos impostos que anunciou, ao assinar decretos sem ler direito.
O principal alvo foi Fernando Haddad, o candidato do PT derrotado nas urnas, que estava quieto no seu cantinho só vendo a banda da insanidade passar.
Na véspera, Haddad havia publicado em seu perfil o artigo de um jornalista alemão da “Deutsche Welle” sobre o anti-intelectualismo da nova ordem.
Bolsonaro veio com os dois pés para cima do petista, como se esse fosse o grande assunto do dia, e não a primeira crise em seu gabinete.
Reparem na finesse do estilo presidencial:
“Haddad, o fantoche do presidiário corrupto, escreve que está na moda um anti-intelectualismo no Brasil. A verdade é que o marmita, como todo petista, fica inventando motivos para a derrota vergonhosa que sofreram nas eleições, mesmo com campanha mais de 30 milhões mais cara”.
À parte o fato de que o capitão nem deve saber o que é anti-intelectualismo (deve achar que é um palavrão do “lixo cultural marxista”), Haddad destacou a “educação do moço, coisa de estadista”, e perguntou se ele já se sente seguro para um debate frente a frente, algo que evitou na campanha presidencial.
Bolsonaro não respondeu e mudou de novo de assunto para atacar o PT:
“Eles procuram e criam todos os motivos possíveis para estarem sendo rejeitados pela maioria da população, só não citam o verdadeiro: o PT quebrou o Brasil de tanto roubar; deixou a violência tomar proporções de guerra”.
Como se vê, o capitão reformado ainda não desceu do palanque e continua em campanha, em vez de cuidar dos seus afazeres presidenciais e evitar a bateção de cabeças dos primeiros dias.
Se assim foi na primeira semana, podemos imaginar o que ainda vem pela frente. Pela amostra, não corremos o menor risco disso dar certo.
E não me venham pedir otimismo: esta é a realidade em que vivemos.
Bem que eu gostaria de mudar de assunto, mas é impossível. Este governo esquizofrênico não deixa.
Bom domingo.
Vida que segue.
No dia seguinte à monumental confusão que provocou no meio político, ao trombar com sua equipe econômica, em vez de se explicar e pedir desculpas, capitão Bolsonaro voltou ao ataque.
Acompanhado dos filhos, foi ao Twitter e disparou uma mensagem atrás da outra sobre assuntos os mais diversos, sem tocar no principal: as mudanças nos impostos que anunciou, ao assinar decretos sem ler direito.
O principal alvo foi Fernando Haddad, o candidato do PT derrotado nas urnas, que estava quieto no seu cantinho só vendo a banda da insanidade passar.
Na véspera, Haddad havia publicado em seu perfil o artigo de um jornalista alemão da “Deutsche Welle” sobre o anti-intelectualismo da nova ordem.
Bolsonaro veio com os dois pés para cima do petista, como se esse fosse o grande assunto do dia, e não a primeira crise em seu gabinete.
Reparem na finesse do estilo presidencial:
“Haddad, o fantoche do presidiário corrupto, escreve que está na moda um anti-intelectualismo no Brasil. A verdade é que o marmita, como todo petista, fica inventando motivos para a derrota vergonhosa que sofreram nas eleições, mesmo com campanha mais de 30 milhões mais cara”.
À parte o fato de que o capitão nem deve saber o que é anti-intelectualismo (deve achar que é um palavrão do “lixo cultural marxista”), Haddad destacou a “educação do moço, coisa de estadista”, e perguntou se ele já se sente seguro para um debate frente a frente, algo que evitou na campanha presidencial.
Bolsonaro não respondeu e mudou de novo de assunto para atacar o PT:
“Eles procuram e criam todos os motivos possíveis para estarem sendo rejeitados pela maioria da população, só não citam o verdadeiro: o PT quebrou o Brasil de tanto roubar; deixou a violência tomar proporções de guerra”.
Como se vê, o capitão reformado ainda não desceu do palanque e continua em campanha, em vez de cuidar dos seus afazeres presidenciais e evitar a bateção de cabeças dos primeiros dias.
Se assim foi na primeira semana, podemos imaginar o que ainda vem pela frente. Pela amostra, não corremos o menor risco disso dar certo.
E não me venham pedir otimismo: esta é a realidade em que vivemos.
Bem que eu gostaria de mudar de assunto, mas é impossível. Este governo esquizofrênico não deixa.
Bom domingo.
Vida que segue.
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