Por Jessy Dayane, no jornal Brasil de Fato:
Estamos assistindo diariamente a grande mídia brasileira noticiar uma série de acontecimentos na Venezuela e que são na sua totalidade negativos. Repito: na sua totalidade, o que significa todo e qualquer conteúdo. Por que será que a grande mídia brasileira e o presidente Jair Bolsonaro destinam tanto tempo e tanta atenção aos “problemas venezuelanos”?
Tive a oportunidade de visitar Caracas em fevereiro deste ano e compartilho minhas impressões sobre essas questões.
A primeira observação importante é que, para convencer o mundo de que o país está em conflito, os grandes meios de comunicação mostram imagens de uma Venezuela em plena guerra civil. Entretanto, quando cheguei a Caracas encontrei uma cidade normal, em pleno funcionamento; pessoas trabalhando, estudando, nas praças conversando, andando livremente nas ruas. Encontrei um povo em paz, livre e, além disso, um povo muito consciente.
Também esperava encontrar algum tipo de dualidade governamental, já que pelo que assisto nos noticiários existe um conflito político e “dois presidentes”: um eleito e outro autodeclarado. Porém, só encontrei um único presidente, que é reconhecido pela população e cumpre as funções designadas ao cargo de presidência da república.
Sim, há uma crise na Venezuela! Mas por quê? Quem provoca a crise? Em qual nível essa crise prejudica a população? O que o povo venezuelano acha dessa crise?
De fato, faltam alguns medicamentos e alimentos no país. Embora as prateleiras dos supermercados estejam com produtos para vender, os preços estão acima do poder de compra da maioria do povo venezuelano. Esse fato atinge a população e é consequência de um bloqueio econômico criminoso imposto pelos Estados Unidos e que deve ser denunciado pois boa parte do consumo venezuelano é importado, já que a economia do país é baseada no setor petrolífero.
Apesar disso, o povo não passa fome. A comida é pouco diversificada mas há distribuição de alimentos por parte do governo, o que ameniza os impactos do bloqueio.
É importante fazer esse destaque, porque o contraste entre Brasil e Venezuela é escandaloso. Na cidade de São Paulo, onde eu resido, caminhar 100 metros pelo centro é encontrar várias pessoas em situação de rua e passando fome, várias crianças pedindo esmola nos semáforos e metrôs. Na Venezuela, no período de 13 dias que estive por lá, caminhei pelo centro e não fui abordada por uma pessoa sequer pedindo esmola. Ora, nossos jornais e o presidente do nosso país deveriam dedicar mais tempo para noticiar e resolver a situação da fome no Brasil ao invés de ficar se metendo nas questões dos vizinhos!
Por lá, o que mais me surpreendeu foi o conhecimento da população sobre o fato do embargo econômico provocar a super inflação e escassez de produtos, além da plena consciência dos interesses que estão em jogo e motivam esse bloqueio. O povo venezuelano tem uma noção excepcional da riqueza que sua nação possui, com as maiores reservas de petróleo do mundo e, mais que isso, detêm uma noção de independência e soberania espetaculares. Eles sabem que todo esse ataque contra seu país é motivado por uma disputa mundial pelo petróleo em meio a uma das crises mais graves na economia mundial.
Mesmo passando por uma série de dificuldades, o povo venezuelano não permite que outras nações tratem a Venezuela como uma colônia. Não aceitam ser o quintal dos Estados Unidos. Aonde estes vão, se apropriam das riquezas e as levam embora para solucionar sua crise, deixando o povo sem nenhum poder de determinar o que fazer com o produto da riqueza do seu país.
É o simples fato de a Venezuela ser livre, independente e soberana que torna esse país tão perigoso a ponto de ser caluniado e combatido quase que diariamente nos grandes meios de comunicação. É o fato de o povo venezuelano ser consciente e não baixar a cabeça para os interesses estadunidenses que causa tanto horror aos poderosos e fantoches presidenciais como Bolsonaro, que é completamente submisso aos mandos dos EUA.
O povo da Venezuela é um exemplo a ser seguido pois representa o fim das amarras dos povos oprimidos; o fim da farra imperialista. Vamos insistir na defesa da soberania e auto-determinação do povo venezuelano! Vamos gritar pela paz: Trump, tire as mãos da Venezuela!
Tive a oportunidade de visitar Caracas em fevereiro deste ano e compartilho minhas impressões sobre essas questões.
A primeira observação importante é que, para convencer o mundo de que o país está em conflito, os grandes meios de comunicação mostram imagens de uma Venezuela em plena guerra civil. Entretanto, quando cheguei a Caracas encontrei uma cidade normal, em pleno funcionamento; pessoas trabalhando, estudando, nas praças conversando, andando livremente nas ruas. Encontrei um povo em paz, livre e, além disso, um povo muito consciente.
Também esperava encontrar algum tipo de dualidade governamental, já que pelo que assisto nos noticiários existe um conflito político e “dois presidentes”: um eleito e outro autodeclarado. Porém, só encontrei um único presidente, que é reconhecido pela população e cumpre as funções designadas ao cargo de presidência da república.
Sim, há uma crise na Venezuela! Mas por quê? Quem provoca a crise? Em qual nível essa crise prejudica a população? O que o povo venezuelano acha dessa crise?
De fato, faltam alguns medicamentos e alimentos no país. Embora as prateleiras dos supermercados estejam com produtos para vender, os preços estão acima do poder de compra da maioria do povo venezuelano. Esse fato atinge a população e é consequência de um bloqueio econômico criminoso imposto pelos Estados Unidos e que deve ser denunciado pois boa parte do consumo venezuelano é importado, já que a economia do país é baseada no setor petrolífero.
Apesar disso, o povo não passa fome. A comida é pouco diversificada mas há distribuição de alimentos por parte do governo, o que ameniza os impactos do bloqueio.
É importante fazer esse destaque, porque o contraste entre Brasil e Venezuela é escandaloso. Na cidade de São Paulo, onde eu resido, caminhar 100 metros pelo centro é encontrar várias pessoas em situação de rua e passando fome, várias crianças pedindo esmola nos semáforos e metrôs. Na Venezuela, no período de 13 dias que estive por lá, caminhei pelo centro e não fui abordada por uma pessoa sequer pedindo esmola. Ora, nossos jornais e o presidente do nosso país deveriam dedicar mais tempo para noticiar e resolver a situação da fome no Brasil ao invés de ficar se metendo nas questões dos vizinhos!
Por lá, o que mais me surpreendeu foi o conhecimento da população sobre o fato do embargo econômico provocar a super inflação e escassez de produtos, além da plena consciência dos interesses que estão em jogo e motivam esse bloqueio. O povo venezuelano tem uma noção excepcional da riqueza que sua nação possui, com as maiores reservas de petróleo do mundo e, mais que isso, detêm uma noção de independência e soberania espetaculares. Eles sabem que todo esse ataque contra seu país é motivado por uma disputa mundial pelo petróleo em meio a uma das crises mais graves na economia mundial.
Mesmo passando por uma série de dificuldades, o povo venezuelano não permite que outras nações tratem a Venezuela como uma colônia. Não aceitam ser o quintal dos Estados Unidos. Aonde estes vão, se apropriam das riquezas e as levam embora para solucionar sua crise, deixando o povo sem nenhum poder de determinar o que fazer com o produto da riqueza do seu país.
É o simples fato de a Venezuela ser livre, independente e soberana que torna esse país tão perigoso a ponto de ser caluniado e combatido quase que diariamente nos grandes meios de comunicação. É o fato de o povo venezuelano ser consciente e não baixar a cabeça para os interesses estadunidenses que causa tanto horror aos poderosos e fantoches presidenciais como Bolsonaro, que é completamente submisso aos mandos dos EUA.
O povo da Venezuela é um exemplo a ser seguido pois representa o fim das amarras dos povos oprimidos; o fim da farra imperialista. Vamos insistir na defesa da soberania e auto-determinação do povo venezuelano! Vamos gritar pela paz: Trump, tire as mãos da Venezuela!
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