quarta-feira, 4 de setembro de 2019

O partido político ilegal dos procuradores

Por Jeferson Miola, em seu blog:   

Procuradores e procuradoras da força-tarefa da Lava Jato ultrapassaram absolutamente todas as fronteiras da moralidade, da probidade, da decência e da legalidade.

Eles/elas praticaram crimes, esconderam os crimes deles/as e os do Sérgio Moro, se protegeram como mafiosos se protegem, mentiram e continuam mentindo, perseguiram inimigos ideológicos, corromperam a justiça e se organizaram como partido político.

Apesar disso, continuam atuando como procuradores/as.

Na vigência do Estado de Direito, já teriam sido demitidos e estariam presos preventivamente, respondendo a processos judiciais.

É vergonhoso, entretanto, que nada ainda tenha acontecido e que nem inquéritos tenham sido instaurados, mesmo depois de 3 meses de inundação do país com as revelações aterradoras do Intercept.

A despeito da enxurrada de 21 reportagens publicadas pelo Intercept e veículos parceiros neste período, pesquisa do Vox Populi identificou que 47% das pessoas ainda não têm conhecimento dessas revelações.

É impossível não associar a Rede Globo a essa criminosa desinformação e alienação de metade da população brasileira, assim como é impossível não associar diretamente a empresa da família Roberto Marinho com a destruição catastrófica do Brasil.

A conivência da Associação dos Procuradores da República [ANPR], do Conselho Nacional do MP [CNMP] e da Procuradora-Geral da República com o banditismo institucional cobra respostas urgentes do Congresso e do STF.

O Supremo tem o dever de agir de ofício para deter a gangue que o ministro Gilmar Mendes diz ser uma organização criminosa, e o Congresso não pode mais adiar a instalação de uma CPI para apurar em profundidade as ilegalidades de procuradores/as e juízes/as da Lava Jato.

A convivência naturalizada com práticas indecentes, milicianas e criminosas – do Bolsonaro, de ministros de Estado, de juízes, desembargadores, ministros de tribunais e procuradores – envergonham o país e transformam o Brasil num pária do sistema mundial de nações.

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