sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Panasonic encerra produção de TV em Manaus

Por Altamiro Borges

O genocida Jair Bolsonaro e o rentista Paulo Guedes fingem otimismo com a economia – para enganar os ingênuos e nutrir o gado bolsonarista –, mas a situação do país é dramática. Nesta quarta-feira (11), a multinacional japonesa Panasonic anunciou que deixará de produzir televisores na Zona Franca de Manaus (AM) em dezembro.

Em comunicado oficial, a fábrica inaugurada em 1981 alegou que a decisão faz parte da sua "estratégia global" e considera o "atual panorama econômico" do Brasil. Ela informou ainda que 130 operários serão demitidos – o equivalente a 5% dos 2.400 funcionários da empesa no país.

A multinacional ainda manterá em Manaus a produção de produtos automotivos, componentes eletrônicos e aparelhos de microondas. Ela também tem outras unidades de produção no Brasil. Em Extrema (MG) está a fábrica de geladeiras e máquinas de lavar roupas. Em São José dos Campos (SP), a de pilhas. Na capital paulista há uma unidade administrativa.

Sony deixou o Brasil

Antes da Panasonic, outra multinacional japonesa, a Sony, também já havia encerrado a sua produção de televisores no Brasil. Em dezembro de 2020, ela deixou de produzir na Zona Franca de Manaus e vendeu a fábrica e os equipamentos para a Mondial – marca brasileira de eletrodomésticos portáteis.

A decisão da Sony foi ainda mais drástica. Além da linha de televisores, a empresa deixou de produzir e vender também aparelhos de som, reprodutores de DVD e BluRay, TVs, câmeras digitais, filmadoras, sistemas de home theater e projetores de vídeo. Quando anunciou que deixaria o Brasil, ela atribuiu a sua decisão ao "recente ambiente do mercado".

Venda no comércio varejista cai 1,7% em junho

De lá para cá a situação do tal “mercado” só piorou. Mesmo com o avanço da vacinação e a retomada de alguns setores da economia, o cenário segue preocupante. Nesta semana, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que, após dois meses no azul, o volume de vendas do comércio varejista caiu 1,7% em junho, na comparação com maio.

O resultado “frustrou projeções do mercado”, segundo matéria da Folha. “Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam avanço de 0,5% nas vendas. A queda de 1,7% é a maior para junho desde 2002, quando a retração chegou a 2%”. Para Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, “a retração nas vendas guarda ligação com o avanço do desemprego e da inflação. Outro obstáculo, segundo ele, é a restrição de crédito. Em conjunto, esses ingredientes prejudicam o poder de compra das famílias”.

Na semana passada, o IBGE já havia divulgado outro dado preocupante. Pelo sexto mês neste ano, a produção industrial ficou estagnada, com variação nula (0%). Enquanto a economia não dá sinais de vida – levando ao desespero milhões de trabalhadores e à falência milhares de empresas –, o “Posto Ipiranga” tenta manter seu carguinho no laranjal a qualquer custo. O “superministro” Paulo Guedes é um baita incompetente e foi reduzido a quase nada pelo “capetão” Bolsonaro.

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