Por Altamiro Borges
A Justiça do Paraná recusou, nesta quinta-feira (4), o pedido de prisão domiciliar apresentado pelos advogados do policial bolsonarista Jorge Guaranho, que assassinou o dirigente petista Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR). O atentado covarde ocorreu na noite de 9 de julho, quando a vítima comemorava o seu aniversário de 50 anos com familiares e amigos.
A defesa do fanático seguidor do "capetão" pediu a revogação da prisão preventiva ou a substituição para o regime domiciliar “em razão do seu estado de saúde e da necessidade de cuidados médicos” – ele foi baleado após abrir fogo contra Marcelo Arruda. Mas o Ministério Público se manifestou contrário ao pedido e o juiz Gustavo Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, acatou o posicionamento do MP.
O juiz decidiu manter a prisão preventiva de Jorge Guaranho e determinou que ele seja encaminhado ao Complexo Médico Penal do Paraná. O magistrado alegou que o bolsonarista possui personalidade “conflituosa, beligerante e intolerante” e que o assassinato, em ano eleitoral, contrapõe a liberdade de escolha na hora do voto.
O magistrado também criticou o uso de uma “arma funcional”, que deveria ser utilizada apenas para questões de segurança relativas ao Estado. “Não fosse o suficiente, cumpre destacar a particular reprovabilidade de crimes praticados por agentes públicos e que são instrumentalizados pelo uso de arma funcional, ou seja, cujo porte decorre da chancela estatal, justamente com o fim precípuo de garantir a segurança pessoal e a ordem social”.
Será que o presidente Jair Bolsonaro também vai conceder indulto para o assassino?
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