Charge: Amarildo |
Nessa sexta-feira (14), a Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que ingressou com uma ação para que mais 45 terroristas sejam condenados a ressarcir os cofres públicos pela depredação das sedes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) no fatídico 8 de janeiro.
A AGU elevou o valor do pedido de bloqueio. Ele subiu dos R$ 20,7 milhões apontados anteriormente para R$ 26,2 milhões. Segundo o órgão, o acréscimo foi feito após atualização do cálculo dos prejuízos no prédio do STF. O custo do vandalismo no Supremo aumentou de R$ 5,9 milhões para R$ 11,4 milhões.
Como informa o site UOL, “os acusados nesta nova ação foram presos em flagrante no interior do Palácio do Planalto, tiveram a prisão preventiva decretada e atualmente são investigados criminalmente pelos atos. Parte deles está em liberdade provisória sujeita a medidas cautelares. Com a nova ação, já são seis processos movidos pela União para responsabilizar participantes ou financiadores dos atos golpistas”.
Bloqueio atinge 223 terroristas
O bloqueio de bens penaliza os “executores” – os que participaram diretamente da invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes e foram presos em flagrante – e os que financiaram o fretamento de ônibus dos terroristas para Brasília e outras estruturas logísticas. Com esse sexto processo, o total dos punidos atinge 223 terroristas, três empresas, uma associação empresarial e um sindicato patronal. “A AGU pediu a condenação definitiva dos envolvidos para ressarcir os cofres públicos”, afirma o site.
Ainda falta apurar e punir outros promotores da ação golpista do 8 de janeiro. Entre os financiadores, até agora só foram penalizados os bagrinhos. Não há o nome de nenhum grande empresário urbano ou rural, de nenhum famoso agrotroglodita. Alguns deles se expuseram antes da ação terrorista e depois sumiram – inclusive das redes digitais e da mídia corporativa. Também falta pegar os “insufladores” do vandalismo – tantos os influenciadores digitais como os parlamentares que adoram “lacrar”.
STF determina depoimento do "capetão"
Mas ainda falta punir, acima de tudo, o principal mentor de mais essa tentativa de estupro da democracia brasileira. Jair Bolsonaro segue impune, sem qualquer represália. Por enquanto, só ameaças e insinuações. Nessa sexta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou finalmente que a PF tome o depoimento do ex-presidente sobre os atos golpistas.
“Determino à Polícia Federal que proceda a oitiva de Jair Messias Bolsonaro, no prazo máximo de 10 (dez) dias, devendo a Procuradoria-Geral da República ser previamente avisada do dia agendado para, se entender necessário, acompanhar a oitiva”, sentenciou. Agora é aguardar o que vai dar esse depoimento.
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