Charge: Emmanuel Merlotti/Boteco da Justiça |
O senador Magno Malta (PL-ES), metido a pastor evangélico, a cantor gospel e a valentão, segue fazendo suas provocações fascistoides. Por suas declarações racistas no episódio do jogador Vini Jr., ele até devia ser punido, mas tende a ficar mais uma vez incólume – como em outras ocasiões em que achincalhou o tal decoro parlamentar.
Durante sessão no Senado nesta quarta-feira (24), o aloprado tratou de forma jocosa os ataques sofridos pelo craque do Real Madrid. “As emissoras ficam revitimizando ele para ganhar Ibope. Cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco? O macaco está exposto. Veja a hipocrisia”, obrou o senador capixaba.
Diante desse absurdo, o líder do PT no Senado, Fabiano Contarato, até solicitou ao Supremo Tribunal Federal a cassação do bolsonarista. Na notícia-crime encaminhada à presidenta do STF, ministra Rosa Weber, foi incisivo: “Utilizar-se do seu mandato parlamentar para proferir discursos de ódio, associados a falas nitidamente racistas, é conduta que não pode ser tolerada tanto pelo Congresso Nacional quanto pelo Poder Judiciário”.
Petição de artistas, jogadores, advogados e intelectuais
A reação à declaração criminosa de Magno Malta não ficou restrita ao parlamento. Um grupo formado por artistas, jogadores, advogados, apresentadores e intelectuais decidiu enviar ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado uma representação pedindo a cassação do mandato do asqueroso bolsonarista.
Segundo relato de Mônica Bergamo na Folha, a iniciativa conta com nomes como Camila Pitanga, Raí, Cléber Machado, Teresa Cristina, Walter Casagrande, Juca Kfouri, José Trajano, Douglas Belchior, Bel Coelho, Antonio Prata. Ela também é assinada pelos advogados Antonio Claudio Mariz de Oliveira, Marco Aurélio de Carvalho, Sebastião Tojal, entre outros.
A petição destaca que os xingamentos que associam as pessoas negras a macacos fazem parte de uma prática reiterada de racismo no futebol. Também argumenta que as declarações de Magno Malta são incompatíveis com o decoro parlamentar e abusam das prerrogativas concedidas aos membros do Congresso Nacional.
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