segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aécio Neves e a censura em MG

Da redação do sítio Fazendo Media:

Com base em denúncias que circularam pela internet em meados de 2003, o Laboratório de Mídias Eletrônicas (LabMídia), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), produziu um vídeo demonstrando que o governo estadual de Minas Gerais, na gestão de Aécio Neves (PSDB), cerceava a liberdade de imprensa no Estado. Com depoimentos de um ex-diretor da filial da Rede Globo em Minas Gerais e outro do jornal impresso o Estado de Minas, além de outros veículos e jornalistas, são apresentadas as dificuldades e até restrições em disseminar informações contrárias aos interesses do governo à época. A produção e roteiro são de Marcelo Chaves, e o material é datado de 2005/2006.

Senado aumenta controle sobre rádio e TV

Por Jacson Segundo, no Observatório do Direito à Comunicação:

O Senado aprovou na quinta-feira (5) um relatório que altera várias regras que a Casa adota para análise de processos de outorga e concessão de rádio e TV. Entre elas, fica criada a partir de agora a possiblidade de ouvintes e telespectadores encaminharem denúncias sobre o mal uso de determinado canal, aumentando o controle social sobre os veículos. O documento foi fruto de um Grupo de Trabalho coordenado pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA) e foi aprovado pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

O churrascão contra o preconceito

Por José Dirceu, em seu blog:

Os tucanos não imaginavam que a mudança de local da estação do Metrô fosse dar tanta dor de cabeça. Cedendo aos apelos dos moradores “diferenciados” de Higienópolis e Pacaembu, vivem um imbróglio que cresce dia a dia. Cerca de 700 manifestantes participaram, neste sábado, do protesto bem humorado contra as mudanças de local da estação.

Brasil à venda. E há quem compre

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Quem costuma ir à feira, ao mercado ou ao supermercado para comprar alimentos sabe muito bem que eles têm subido de preços. A inflação começa a ficar fora de controle. O governo Dilma está consciente de que este é o seu calcanhar de Aquiles.

Blogueiro do Paraná dribla a censura

O jornalista paranaense Esmael Morais está com o blog (http://esmaelmorais.com.br) censurado pela Justiça há quase dois meses, a pedido do governador Beto Richa (PSDB). Sem poder trabalhar desde então, ele decidiu lançar nesta segunda-feira (16) uma coluna diária que será distribuída pelas redes sociais.

A “Coluna do Esmael Morais” deverá ser publicada simultaneamente em vários blogs, jornais e portais do país. O Twitter, Facebook e o Orkut também serão utilizados para driblar a censura.

As mudanças econômicas do governo Dilma

Por Amir Khair, no sítio da CUT:

Nada mais desgastante na política e na economia do que a inflação, mais até do que o desemprego, pois atinge a todos, especialmente os de renda média e baixa. É por essa razão que os governos a elegem como prioridade absoluta na formulação e implementação da política econômica.

Além disso, a própria inflação acaba por criar o desemprego, com certa defasagem, ao retirar poder aquisitivo das camadas de renda média e baixa, reduzindo as vendas, produção e investimentos.

Juízes para a democracia: 20 anos

Por Marcio Sotelo Felippe, no blog Allonsanfan:

“A questão social é caso de polícia”. A frase de Washington Luis é adequado exemplo da clássica contribuição de Marx à análise da História: o Estado como aparato repressivo a serviço da dominação de classe. O que é caso de polícia é caso de juízes. Uma estrutura de poder tem uma face tangível e um impulso intangível. O impulso de um cassetete cortando o ar é dado antes e legitimado depois por um “saber”. Este “saber” aparece como uma técnica fria e neutra: aos juízes, como juízes, compete aplicar leis, e não ter consciência social ou cogitar da justiça da norma.

domingo, 15 de maio de 2011

Eduardo Galeano e a questão ambiental

Por Eduardo Galeano, desde Montevidéu, maio de 2011:

Quatro frases que fazem o nariz do Pinóquio crescer

1- Somos todos culpados pela ruína do planeta.

A saúde do mundo está feito um caco. "Somos todos responsáveis", clamam as vozes do alarme universal, e a generalização absolve: se somos todos responsáveis, ninguém é. Como coelhos, reproduzem-se os novos tecnocratas do meio ambiente. É a maior taxa de natalidade do mundo: os experts geram experts e mais experts que se ocupam de envolver o tema com o papel celofane da ambiguidade.

Amazônia: qual o código da nossa esquerda?

Enviado pelo professor Gilson Caroni Filho:

Equilíbrio ambiental e desenvolvimento sustentável são elementos indispensáveis para o futuro do país. Exigem do movimento ecológico uma reformulação radical que o torne matriz de uma nova esquerda. A Amazônia é um exemplo. Seu desmatamento é obra conjunta de latifundiários, grandes empresários e empresas mineradoras.

Vídeo da festa de aniversário do Barão



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A marcha contra a homofobia em Cuba

Por Brizola Neto, no blog Tijolaço:

A diretora do Centro Nacional de Educação Sexual de Cuba, Mariela Castro – filha de Raúl Castro, irmão de Fidel (foto) -, liderou hoje uma marcha antihomofobia nas ruas centrais de Havana. Numa prova de que o regime cubano está cada vez mais aberto à diversidade – não apenas a política, mas também às sexuais e culturais – o ato transcorreu em paz e alguns dos manifestantes carregavam cartazes e fotos de apoio à Revolução.

Cruzada americana e lições de Nuremberg

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Os filhos de bin Laden – conforme pronunciamento publicado ontem – acusam os Estados Unidos de terem violado os princípios imemoriais de justiça, como os do devido processo legal, ao assassinarem o chefe da família em Abottabad. De forma clara, eles reclamam das Nações Unidas investigação sobre os fatos, e admitem levar o caso à Corte Internacional de Justiça. Um grupo de advogados britânicos já foi contatado.

Higienópolis e a força das redes sociais

Por Antônio Mello, no seu blog:

Não importa o que diga ou não diga a "grande imprensa", ontem foi um dia histórico em Higienópolis, que veio coroar a semana de uma divertida batalha comandada pela internet e seus facebookeiros, twitteiros e blogueiros.

As desigualdades na América Latina

Por Karol Assunção, no sítio da Adital:

"Ao terminar 2010, América Latina seguia sendo a região com mais desigualdades do mundo”. Isso é o que afirma Anistia Internacional em seu "Informe Anual 2011 – o estado dos direitos humanos no mundo”. Além da desigualdade, o relatório ainda destaca outras violações ocorridas no continente americano ao longo do ano de 2010, como perseguição a defensores/as dos direitos humanos e violência contra mulheres e meninas.

O Bolsa Família da Dilma

Por Marcos Coimbra, no sítio da CartaCapital:

Uma das mais importantes decisões do governo Dilma Rousseff está prestes a se concretizar e poucas pessoas estão sabendo. Até o fim de maio, depois de meses de estudos e reuniões (que contaram com a participação ativa da presidenta), o Programa Brasil sem Miséria deverá ser lançado.

Pressão virtual contra trabalho escravo

Por Bianca Pyl e Maurício Hashizume, no sítio Repórter Brasil:

Foi lançada na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (12), a comunidade virtual Pela Aprovação da PEC 438 - Contra o Trabalho Escravo. Administrado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Casa, o novo espaço inaugurado na internet visa incentivar a participação cidadã em rede e aglutina novidades e materiais de referência sobre o tema.

A luta das Mães de Maio por justiça

Por Fabíola Perez, no sítio Vermelho:

Cinco anos dos ataques do PCC em São Paulo se passaram. Na expressão e no discurso das mães que perderam seus filhos, vítimas do confronto entre civis e policiais, a lembrança ainda é recente. Para homenageá-los e reivindicar os direitos que lhes foram tirados, as Mães de Maio se reúnem no lançamento do livro Do Luto à Luta e aproveitam para debater o preconceito social, a impunidade e as ações do Estado em regiões marginalizadas.

O sucesso do "churrascão" em Higienópolis

Por Maíra Kubík Mano, no sítio Carta Maior:

– Eu não imaginava que as redes sociais pudessem mobilizar tanta gente.

– Eu fiquei um tempão na Praça Vilaboim e não tinha ninguém. Pensei que era lá. Ainda bem que quando cheguei aqui encontrei a multidão.

– Eu acho que tem pouca gente. Mais de 50 mil confirmaram pelo Facebook e não vieram. Tem pessoas que se escondem atrás do computador, fazem ativismo só online.

Fotos do "churrascão" em Higienópolis










* Fotos de Conceição Oliveira.

A "gente diferenciada" mostrou seu valor

Por Conceição Oliveira, no blog Maria Frô:

Acabei de chegar da manifestação do churrascão da gente diferenciada.

Manifestação irreverente, criativa, com a cara de uma parcela da juventude paulistana de classe média: bem vestidos, bem-humorados e acima de tudo bem informados e conscientes de que para a cidade melhorar para todos, todos têm de se envolver e lutar por boas causas.

E sim, teve até churrasqueira, carvão, linguiça, carne e abobrinha. O repórter da Globo fazendo inúmeras passagens, descrevendo o cardápio do churrasco me perguntou: Aquilo ali é abobrinha mesmo, né?

Encontrei também muitos moradores do bairro Higienópolis que têm consciência que a cidade é de todos. Conversei com vários deles, uma senhora que vive há 35 anos em Higienópolis, dona Marivone, 80 anos, disse que nunca viu nada igual no bairro e ela estava lá participando da manifestação e se divertindo com a moçada.

O Sindicato dos Metroviários também marcou presença.

A manifestação se autogestionou, ocorriam diferentes performances simultaneamente em frente ao Shopping Higienópolis. Alguns manifestantes mais velhos queriam organizar, concentrar, sem sucesso. Eles ainda não entenderam que esses jovens têm um jeito próprio de se manifestar e o espaço para a brincadeira, para as performances individuais devem ser garantidos.

Para onde se olhava estava acontencendo algo, um fazendo o camelô vendendo DVD pirata do Calcinha Preta, o outro com a capa do LP do Ultrage a rigor – Nós vamos invadir sua praia, outros com cartazes engraçados, enfim tinha de tudo, afinal somos gente diferenciada

Nos discursos assumiam diversos lados como se fossem pró e contra e arrancavam risos ou vaias dos manifestantes.

Até o CQC apareceu, com o repórter Oscar Filho, e foi bem recebido, mas também foi questionado, até eu entrei na brincadeira e disse ao Oscar Filho que ele não era gente diferenciada. E Oscar Filho também brincou teve de tomar a pinga popular oferecida pelos manifestantes. Outros manifestantes perguntaram por que a Band não tinha mandado o Rafinha Bastos ou o Danilo Gantili.

Já participei de muitas manifestações em algumas fui queimada com gás de pimenta. Mas em Higienópolis não houve qualquer violência e vi jovens questionando os policiais de modo bem incisivo que em uma manifestação da periferia os moradores não ousariam fazer. Mas os policiais permaneceram na maior calma, educadíssimos, como gostaríamos de ver toda a polícia. Vou sugerir aos meninos do Passe Livre que façam manifestações em Higienópolis, lá a polícia não bate em manifestante e olhe que teve até churrasqueira ambulante, acesa e tudo!

Gente ‘diferenciada’ como a psicóloga Guiomar se referiu para não dizer gente pobre era a minoria, mas foi bem representada com criatividade e originalidade, nas performances e nos slogans. Aliás Guiomar foi bem lembrada no coro: O Guiomar, cadê você, eu vim aqui só pra te ver!

Depois da concentração no shopping os manifestantes caminharam até onde deve ser a futura estação do metrô na esquina da Sergipe com a Angélica, ao caminharmos pela Angélica agora fechada pra que os manifestantes pudessem caminhar os moradores dos edifícios nos acenavam tiravam fotos, funcionárias das lojas foram para a porta e gritavam queremos metrô, chamávamos os moradores pra se unir a nós, alguns desceram.

A classe média paulistana usa e quer mais metrô e mostrou para a minoria de Guiomares de Higienópolis que ela não precisa ter medo de gente diferenciada, que a gente diferenciada trouxe beleza e alegria para o bairro. Será muito bacana uma estação em Higienópolis, conseguiremos juntar a Brasilândia aos moradores que tem um parque como a Praça Buenos Aires que tem playground para cachorros.