sábado, 3 de dezembro de 2011

Celac e a soberania latino-americana

Por João Novaes, no sítio Opera Mundi:

“Pela primeira vez na história, teremos uma organização para a nossa América (Latina). Se ela tiver êxito, este será o maior acontecimento nos 200 anos de semi-independência que tivemos até agora”. Com esse discurso, o presidente de Cuba, Raúl Castro, que se encontra na Venezuela, classificou a importância da primeira reunião de cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que ocorre nesta sexta-feira (02/12), em Caracas. Idealizada em 2010 para fazer um contraponto à OEA (Organização dos Estados Americanos), o grupo só não contará com a presença de Estados Unidos e Canadá no continente.

A proposta unificadora da Celac

Foto do sítio www.aporrea.org
Editorial do sítio Vermelho:

Entre 2 e 3 e dezembro se concretiza finalmente um sonho latino-americano longamente acalentado: vai nascer, na cúpula iniciada em Caracas (Venezuela), a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que vai reunir de forma soberana e autônoma 33 países da região cujos dirigentes estão presentes em Caracas para formalizar sua criação.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Eduardo Galeano e "Os filhos dos dias"

Por Eric Nepomuceno, no sítio Carta Maior:

Na casa do bairro de Malvin, em Montevidéu, há um certo alívio e uma certa expectativa. Alívio, porque o morador terminou há poucos dias um trabalho que consumiu os últimos quatro ou cinco anos de sua vida. Expectativa, porque o resultado desse trabalho só chegará ao público daqui a alguns meses, em março do ano que vem.

O morador se chama Eduardo Galeano e o trabalho que chegará ao público é um livro que se chama ‘Os filhos dos dias’. Galeano precisou desses anos e de exatas 42.754 palavras para fechar os 366 textos de seu novo trabalho, um para cada dia do ano. Diz que é uma versão pessoal, dele, do gênese segundo os maias. E diz que se somos filhos dos dias, de cada dia nasce uma história que vale a pena ser contada.

David Harvey e o enigma do capital

Release da Boitempo Editorial:

“O Partido de Wall Street teve seu tempo e falhou miseravelmente. Como construir uma alternativa a partir de sua ruína é tanto uma oportunidade imperdível quanto uma obrigação que nenhum de nós pode ou deveria jamais procurar evitar.” É com essa máxima que o geógrafo acadêmico mais citado do mundo, David Harvey, inicia seu novo livro, O enigma do capital: e as crises do capitalismo, o primeiro de sua autoria a ser lançado pela Boitempo Editorial.

O retrocesso na reforma agrária

Por Vinicius Mansur, no jornal Brasil de Fato:

O projeto de lei que estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2012 (PLN 28/2011), enviado pelo Palácio do Planalto e que deve ser votado pelo Congresso Nacional até o final deste ano, traz más notícias para a reforma agrária.

Um levantamento feito pela assessoria técnica da liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados aponta que o orçamento para o setor retrocederá, chegando aos patamares do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) em alguns casos.

Trabalho escravo: Zara recusa acordo

Fotomontagem: http://infogauda.blogspot.com/
Por Bianca Pyl e Maurício Hashizume, na Repórter Brasil:

Representantes da espanhola Inditex, dona da grife de moda Zara, estiveram reunidos nesta quarta-feira (30) com membros do Ministério Público do Trabalho (MPT) e se recusaram a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em decorrência dos casos de trabalho escravo de imigrantes encontrados na fabricação de peças de roupa da marca.

A terra sem lei das comunicações

Por Rita Casaro, no jornal da Federação Nacional dos Engenheiros:

Na esteira dos debates realizados durante a Conferência Nacional da Comunicação, em 2009, criou força a ideia de se estabelecer um marco regulatório para as comunicações no Brasil. Tratada pela mídia como tentativa de controle da informação, a iniciativa ainda não conseguiu prosperar, embora esteja prevista na Constituição de 1988 e normas do gênero sejam comuns em inúmeros países da Europa e nos Estados Unidos. Quem aponta é o jornalista Altamiro Borges, que vem participando ativamente desse debate e falou ao Engenheiro sobre o tema. Presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, ele é autor do livro “A ditadura da mídia”.

O mercado futuro da comunicação

Por Renato Rovai, na revista Fórum:

Não é incomum que pessoas desencantadas com o governo Dilma como um todo ou ao menos com as políticas públicas na área de comunicação digam, entre outras coisas, que “Confecom não deu em nada”. Compreensível, afinal o governo está mais do que cauteloso em relação a implantar a agenda aprovada por amplos setores da sociedade civil e importantes segmentos empresariais naqueles dias de dezembro de 2010.

Lei da mídia só virá com pressão popular

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Pouca gente já sabe, mas o debate sobre o marco regulatório da comunicação eletrônica – um arcabouço legal comumente chamado de “lei da mídia” e que entra ano, sai ano não sai do lugar – finalmente deu um passo. Ao menos entre os ativistas da causa. Vai sendo entendido o que este blog sempre disse, que sem pressão popular esse debate não será travado publicamente.

Teles censuram conteúdo nos EUA

Por Heloisa Villela, de Washington, no blog Viomundo:

“Se um dia eles pararem de prestar atenção nos temas públicos, eu e você, o Congresso e as Assembleias, Juízes e Governadores, nos tornaremos lobos”. (Thomas Jefferson, um dos autores da carta de Independência dos Estados Unidos e terceiro presidente do país, falando sobre o povo).

Os bastidores da troca no “JN”

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A Globo confirma a saída de Fátima Bernardes do “JN”. No lugar dela deve entrar Patrícia Poeta – atual apresentadora do “Fantástico”.

Fiz hoje pela manhã – no twitter e no facebook – algumas observações sobre a troca; observações que agora procurarei consolidar nesse post. Vejo que há leitores absolutamente céticos: “ah, essa troca não quer dizer nada”. Até um colunista de TV do UOL, aparentemente mal infomado, disse o mesmo. Discordo.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dotar de sentido os meios alternativos

Por Raúl Garcés, no blog La Pupila Insomne:

Hace poco más de una década Noam Chomsky, en uno de sus textos, resumió la democracia liberal en pocas palabras: ” debates triviales sobre asuntos secundarios a cargo de partidos que fundamentalmente persiguen las mismas políticas favorables al capital, pese a las diferencias formales y las polémicas electorales. La democracia es permisible mientras el control del capital quede excluido de las deliberaciones populares y de los cambios, es decir, mientras no sea una democracia”.

Seminário em Cuba debate novas mídias

Por Altamiro Borges

Com cerca de 100 participantes de 12 países, realizou-se no Palácio das Convenções, em Havana (Cuba), nos dias 29 de 30 de novembro, o seminário “Os meios alternativos e as redes sociais: novos cenários da comunicação política no âmbito digital”. O evento cumpriu seu principal objetivo, o da troca de experiências, e indicou novos passos para reforçar a “guerrilha informativa”.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Cuba debate papel das redes sociais

Por Iroel Sánchez, no blog La Pupila Insomne:

O Palácio de Convenções de Havana será o anfitrião, nos dias 29 e 30 de novembro, do seminário internacional sobre “Os meios alternativos e as redes sociais, novos cenários da comunicação política na era digital”.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Bahia elege Conselho de Comunicação

Por Eliane Costa, no sítio Vermelho:

O governo da Bahia deu, nesta sexta-feira (25/11), mais um importante passo em direção à garantia do direito à comunicação da população, ao realizar a eleição dos representantes da sociedade civil para o Conselho Estadual de Comunicação Social, o primeiro no Brasil. Foram eleitas 20 entidades, sendo 10 do segmento empresarial e 10 do movimento social, que tomarão posse no dia 12 de dezembro, juntamente com os sete indicados pelo governo do Estado.

Os donos da mídia e o falso fantasma

Por Rui Falcão, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A firme defesa que o Partido dos Trabalhadores faz da necessidade da criação de um novo marco regulatório para a mídia criou um paradoxo: acusa-se de tentar cercear a liberdade de imprensa quem, através dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, não teve um único gesto ou iniciativa para inibir a mais ampla liberdade de opinião e expressão de todos os meios de comunicação, repelindo sempre a censura.

Programa policial viola direito humano

Por Iara Moura, no Observatório do Direito à Comunicação:

A chamada entre um comercial e outro é contundente: “três bandidos armados, entre eles um pivete com um 38, mataram um policial rodoviário que ia ser pai dentro de poucos dias”. Quando o programa começa, o apresentador grita e gesticula inconformado: “o que fazer com esses bandidos? Hotel e três refeições por dia? Porque no nosso país (indignado) pena de morte pra bandido não pode. Pois então, porque não tirar a visão de quem pratica crimes hediondos? Não precisa prender, é só cegar. Duvido que ele mate mais alguém”.

Regulação da mídia: volta ao passado

Por Venício Lima, no sítio Carta Maior:

O ministro Paulo Bernardo, em audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTC&I) da Câmara dos Deputados, realizada no dia 6 de março de 2011, afirmou que o projeto para um marco regulatório das comunicações "se centrará em modernizar a legislação defasada e regulamentar os artigos da Constituição que tratam da comunicação".

Um mundo hipócrita e perigoso

Por Wladimir Pomar, no sítio Correio da Cidadania:

A situação mundial está se tornando cada vez mais hipócrita e perigosa. Os Estados Unidos, por exemplo, utilizam seu poder de emissão monetária para desvalorizar artificialmente sua moeda e dar maior competitividade aos produtos de suas indústrias. Ao mesmo tempo, sem pudor algum, exigem que a China e outros países valorizem suas moedas em relação ao dólar, insinuando a possibilidade de guerras comerciais e outros tipos de retaliação.

Os moradores de rua em Londres

guardian.co.uk
Por Cris Rodrigues, no blog Somos andando:

Faz quatro meses e nove dias que eu estou em Londres. Pouco tempo, muito tempo? Depende. Tempo suficiente para perceber algumas mudanças significativas na vida da cidade. Fico com uma delas, a principal, na minha opinião. Nessas quase 18 semanas, cresceu a olhos vistos a população de moradores de rua da capital inglesa. Quando me dei conta da mudança, alguns dias atrás, fiquei na dúvida se se tratava de uma constatação de verdade ou se eu simplesmente não tinha reparado antes na quantidade de gente pedindo esmola e se encolhendo embaixo de cobertores mal ajambrados para tentar espantar o frio, que agora começa a chegar.