segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A política externa assassina de Obama

Por Glenn Greenwald, na revista Fórum:

O candidato apoiado pelos progressistas nestas eleições – o Presidente Obama – tem mantido pontos de vista desprezíveis numa série de questões críticas e tem também feito coisas desprezíveis com o poder que lhe foi conferido. Ele assassinou civis – crianças muçulmanas às dúzias – não uma ou duas vezes, mas continuamente, em numerosas nações, com aviões não tripulados, bombas de fragmentação e outras formas de ataque. Ele tem tentado eliminar a proibição global das bombas de fragmentação. Ele institucionalizou o poder presidencial – em segredo e sem qualquer controle – de alvejar cidadãos dos EUA com assassinatos pela CIA, longe de qualquer campo de batalha. Ele tem conduzido uma guerra inédita contra os autores de denúncias, cuja proteção costumava ser um ponto sagrado para os liberais.

A "dedetização" na Cracolândia

Por Renata Mielli, no blog Janela sobre a palavra:

Região da Luz, centro de São Paulo. A aglomeração de pessoas perdidas da própria vida, excluídas do mundo, é como uma infestação de baratas a ser combatida. Os olhares dos cidadãos paulistanos e do mundo sobre estes seres que vagam drogados nas ruas e prédios abandonados é de repulsa, nojo. Gente suja, fedendo, maus elementos, delinquentes, loucos. O que se pensa de verdade sobre eles não se diz em voz alta, é politicamente incorreto, se murmura nos ouvidos, se confidencia em conversas sussuradas.

As bravatas da oligarquia financeira

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, saiu de férias (3/1), por quinze dias, segundo informou a repórter Luciana Otoni, no Valor. A motivação do jornal, cujo público inclui executivos financeiros, não é, claro, o merecido descanso do ministro. A viagem de Mantega – substituído interinamento pelo secretário-executivo do ministério, Nelson Barbosa – indica que deverá ficar para fevereiro a decisão do governo sobre um possível corte no Orçamento da União para 2012. Ao contrário do que fez o Estadão, no domingo, o Valor reconhece que a decisão não está tomada. Portanto, talvez haja tempo para promover o que a oligarquia financeira mais teme: um debate sem mistificações sobre o tema.

Globo: R$ 100 mi em paraíso fiscal?



Por Antônio Mello, em seu blog:

Em dezembro de 2006, a ainda governadora do Rio Rosinha Garotinho fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado com graves acusações contra as Organizações Globo: desvio de mais de US$ 100 milhões de dólares para uma conta no Credit Suisse, no paraíso fiscal das Bahamas (a governadora cita inclusive o número da conta).

domingo, 8 de janeiro de 2012

O que move o partido impresso

Por Gilson Caroni Filho:

A leitura diária dos jornais pode ser um interessante exercício de sociologia política se tomarmos os conteúdos dos editoriais e das principais colunas pelo que de fato são: a tradução ideológica dos interesses do capital financeiro, a partitura das prioridades do mercado. O que lemos é a propagação, através dos principais órgãos de imprensa, das políticas neoliberais recomendadas pelas grandes organizações econômicas internacionais que usam e abusam do crédito, das estatísticas e da autoridade que ainda lhes resta: o Banco Mundial (BIrd), o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização Mundial do Comércio (OMC). É a eles, além das simplificações elaboradas pelas agências de classificação de risco, que prestam vassalagem as editorias de política e economia da grande mídia corporativa.

EUA: estado totalitário e militar

Por Miguel Urbano Rodrigues, no sítio português O Diário:

O Presidente Barack Obama ofereceu ao povo norte-americano no dia 31 de Dezembro um presente envenenado para 2012: a promulgação da chamada Lei da Autorização da Defesa Nacional.

O discurso que pronunciou para justificar o seu gesto foi um modelo de hipocrisia. O presidente declarou discordar de alguns parágrafos da lei. Sendo assim, poderia tê-la vetado, ou devolvido o texto com sugestões suas. Mas não o fez.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Wal Mart: retrato do 1% nos EUA

Por Heloisa Villela, de Washington, no blog Viomundo:

Na última década, uma única empresa americana se tornou o grande símbolo do que é o capitalismo selvagem. Foram muitos os processos na Justiça por discriminação e maus tratos contra a rede de hipermercados Wal-Mart. Mas isso é café pequeno perto das relações trabalhistas que a empresa impõe aos funcionários. E o trabalho constante, e eficiente, para impedir a sindicalização dos funcionários.

Lula e sua etiqueta

Por Antonio Lassance, em seu blog:

Lula anunciou que sua primeira viagem, depois do tratamento contra o câncer, será ao Rio de Janeiro. Quer visitar a Rocinha e o Morro do Alemão.

A fonte da informação é o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e foi divulgada pelo jornalista Ancelmo Gois (O Globo, 6/1/2012).

Se isso vier mesmo a ocorrer, irá simbolizar duas coisas: que o ex-presidente está de volta à ativa, firme e forte, e que começou a entrar de cabeça na campanha municipal de 2012.

Enchentes e a primeira crise de 2012

Por André Barrocal, no sítio Carta Maior:

Mais um ano começa com tragédias provocadas pelas chuvas que marcam esta época. O principal palco dos estragos até agora é Minas Gerais, onde pessoas morreram e uma centena de municípios já decretou situação de emergência. Os governos federal e estadual correm para socorrer vítimas, acolher desabrigados, liberar dinheiro, planejar a recuperação do destruído.

A urgência da CPI da Privataria

Editorial do jornal Brasil de Fato:

No dia 21 de dezembro, o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB/SP) protocolou o pedido de abertura da CPI da Privataria. Logo depois, a Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmera conferiu as assinaturas dos parlamentares que faziam o pedido e atestou a validade de 185 delas, 14 além da quantia mínima necessária para validar o requerimento. O próximo passo será a análise jurídica do conteúdo do requerimento que poderá justificar a instalação da Comissão ou recomendar seu arquivamento.

Eduardo Campos enquadra mídia

Por Miguel de Rosário, no blog O Cafezinho:

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, protagonizou nesta sexta-feira, uma série de ações junto à mídia para pôr fim à recente “crise ministerial” envolvendo um ministro de seu partido. Ele deu entrevista à Folha e ligou para Merval Pereira, conseguindo enquadrar, ao menos por um dia, o principal colunista político do Globo.

Fidel Castro: A marcha rumo ao abismo

Por Fidel Castro, no sítio Vermelho:

Não se trata de otimismo ou pessimismo, de saber ou ignorar coisas elementares, ser responsável ou não pelos acontecimentos. Os que se pretendem políticos devem ser jogados à lixeira da história se, como é norma, nessa atividade ignoram tudo, ou quase tudo, o que se relaciona com ela.

EUA: Mas que império é este?

Por Mino Carta, na CartaCapital:

O império romano do Ocidente durou quase cinco séculos, sem contar o tempo que a República de Roma mandou no Mediterrâneo a partir das guerras púnicas. O Império Britânico não deixou por muito menos. Houve também influências culturais de porte imperial. A inteligência grega ao longo de vários séculos definiu as linhas mestras do pensamento humano. A Renascença italiana expandiu-se de Dante a Galileu por mais de 300 anos. Paris foi a capital cultural do planeta desde o Iluminismo até a Segunda Guerra Mundial. Nas últimas sete décadas falou-se no império americano, e mais ainda após o colapso do antagonista soviético. Mas, como no sonho bíblico, o gigante tem os pés de argila.

As relações entre Estado e imprensa

Por Carlos Castilho, no Observatório da Imprensa:

Mais de 100 jornais italianos estão ameaçados de fechar as portas agora no início de 2012 em consequência da suspensão dos subsídios fornecidos pelo Estado como parte de um esforço de quase 50 anos para diversificar a informação no país.

O corte de 2/3 dos 170 milhões de euros (404,6 milhões de reais) em subsídios anuais à imprensa italiana foi imposto ainda no governo de Silvio Berlusconi e mantido pelo atual primeiro-ministro Mario Monti como parte do programa de austeridade destinado a evitar o caos econômico no país.

Aproveitar as oportunidades na crise

Por Wladimir Pomar, no sítio Correio da Cidadania:

Em grande parte devido às nuvens carregadas da situação internacional, as perspectivas para 2012 variam de moderadamente otimistas a moderadamente pessimistas. A suposição de que nos países centrais haverá um capitalismo mais regulamentado pelo Estado, com regras mais severas, sobretudo sobre o setor financeiro, talvez não passe de um sonho em noite de verão.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Por que Cerra se achava intocável?

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Este ansioso blogueiro recomenda enfaticamente a leitura de “A vida quer é coragem – a trajetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil”, de Ricardo Batista Amaral, editado pela Primeira Pessoa.

Breve, aqui se tratará do livro em si e da personagem.

Amaral faz uma minuciosa e objetiva reconstituição dos fatos políticos que Dilma acompanhou no primeiro plano, ou nos bastidores.

Querendo ou não, BBB entra em sua vida

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Todo mês de janeiro, o Brasil tem ao menos duas certezas: a primeira é a de que incontáveis cidades se transformarão em piscinas infectas por conta das chuvas, e a segunda é a de que as pessoas só conseguirão se esconder do Big Brother Brasil saindo do país e abolindo qualquer contato com parentes, amigos, colegas de trabalho e com o noticiário.

Posse do Conselho de Comunicação/BA

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O ano de 2012 se inicia com um acontecimento importante para a luta pelo direito à comunicação no Brasil. No próximo dia 10, terça-feira, acontecerá a posse dos conselheiros do Conselho Estadual de Comunicação Social do Estado da Bahia, o primeiro deste tipo em todo o país. O evento acontecerá no auditório do Ministério Público da Bahia, 5ª Avenida, Centro Administrativo da Bahia (CAB), a partir das 9h.

Paraná debate a privataria tucana


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O pré-sal em um mundo sem petróleo

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Há décadas que a exaustão dos mananciais de petróleo vem sendo anunciada. O assunto foi dos mais discutidos pelo Clube de Roma, que pretendia deter o desenvolvimento econômico do mundo, com o congelamento do progresso e o crescimento zero. Os argumentos eram poderosos: como os recursos do planeta são finitos, infinito não pode ser o seu consumo, e o modelo de vida deve ser mudado. Ocorre que os países ricos – que promoveram o encontro e soaram o alarme – pretendiam congelar o tempo: os que se encontravam à frente, à frente continuariam, enquanto os outros, não podendo desenvolver-se, pelo acordo pretendido, regrediriam. A reação dos países em desenvolvimento, com o apoio então da URSS, tornou o projeto inviável.