quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Debate sobre comunicação no FSM

Por Renata Mielli, no sítio do Barão de Itararé:

O debate Resistência à crise, novos meios e alternativas de comunicação, organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em parceria com a ALAI – Agência Latinoamericana de Informação e ALER – Associação Latinoamericana de Educação Radiofônica vai discutir o cenário de crise internacional e os desafios dos meios alternativos de comunicação. O evento acontece dia 25/01, 13hs, na Faculdade de Direito da UFRGS

BBB12 e o estupro ao vivo na TV

Por Jacira Vieira de Melo, no sítio da Agência Patrícia Galvão:

A decisão da TV Globo de expulsar do reality show o participante Daniel sob suspeita de ter abusado sexualmente da colega Monique, após a polêmica sobre estupro haver explodido nas redes sociais, é muito clara: a emissora reagiu em função da repercussão negativa e não em razão do estupro transmitido ao vivo via satélite. Não interessa à TV e nem à lógica do Big Brother Brasil um debate sobre ética no programa ou na TV.

Afinal, o que quer a Oi?

Do Instituto Telecom:

Embora a resposta pareça óbvia, a pergunta é necessária diante da recente ação da operadora, de pedir a anulação de diversos artigos dos regulamentos de gestão de qualidade da banda larga e da telefonia móvel. Estes regulamentos são derivados das Consultas Públicas 45 e 46 da Agência, o que significa dizer que antes de ser implementados passaram pelo crivo da sociedade em consulta e audiência públicas.

Entidades protestam contra o BBB

Do Observatório do Direito à Comunicação:

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), a Rede Mulher e Mídia e outras entidades do movimento de mulheres divulgaram nota conjunta pedindo a responsabilização da Globo no caso do suposto estupro no BBB. Para as organizações, são quatro os fatos que justificam a responsabilidade da emissora:

BBB é caso de polícia

Por Washington Araújo, no blog Um cidadão do mundo:

Não demorou muito e o BBB é caso de polícia. Mais, é caso de estupro. Mais, é caso do habitual descaso com que a programação da tevê aberta brasileira é tratada tanto pela sociedade quanto pelas instâncias governamentais.

Em 12ª. edição um dos programas mais fúteis dentre a enormidade de produção de lixo televisivo, nem chegou a completar uma semana de existência e já mostrou a que veio: vender cabeças vazias em corpos sarados e uma série quase interminável de comportamentos humanos aceitáveis na esfera privada e patéticos quando transbordam para a esfera pública.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Rafinha Bastos é condenado na Justiça

Por Claudio Julio Tognolli, no sítio Brasil 247:

Lance jurídico final: a pendenga entre o apresentador Rafinha Bastos e o casal Wanessa Camargo e Marcus Buaiz chegou ao fim. Rafinha foi condenado a pagar indenização por dano moral à cantora Wanessa Camargo. O juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, da 18ª Vara Cível de São Paulo, julgou procedente a ação proposta pelo empresário Marcus Buaiz, marido da cantora. Rafinha pode recorrer.

O advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira, em seu pedido ao juiz, o alegou que a liberdade de expressão artística não abriga o humor lesivo ao patrimônio moral de terceiros, conforme a Constituição.

Caso BBB pode rever concessão à Globo

Da Rede Brasil Atual:

O Ministério das Comunicações anunciou que vai avaliar se a Rede Globo de Televisão transmitiu imagens "contrárias à moral familiar e aos bons costumes", ao mostrar ao vivo um suposto abuso sexual de um participante do reality show Big Brother Brasil. A análise das imagens pode levar à abertura de um processo público que, por sua vez, pode levar à interrupção da concessão do serviço à empresa.

O ódio da imprensa a José Dirceu

Por Gilson Caroni Filho, no blog Viomundo:

Em raras ocasiões, na conturbada história política brasileira, houve tamanha unanimidade em torno de qual deve ser o destino de um ator político relevante. Diariamente, em colunas e editorias dos jornalões, em solenidades com acadêmicos e políticos de extração conservadora, em convescotes de fim-de-semana da burguesia “cansada”, todos os que chegam aos holofotes da mídia proferem a mesmíssima sentença: é preciso banir de uma vez por todas da vida pública o ex-ministro José Dirceu.

BBB e ausência da regulação da mídia

Por Najla Passos, no sítio Carta Maior:

O debate sobre uma nova lei para empresas do setor de radiodifusão (emissoras de TV e rádio), que garanta democratização e regulação de um serviço que afinal é concessão pública, ganhou impulso com a polêmica gerada pela suspeita de estupro de uma participante do programa Big Brother Brasil (BBB), da TV Globo.

Decisão do Mercosul sobre as Malvinas

Por Beto Almeida, no jornal Brasil de Fato:

A decisão do Mercosul de expressar solidariedade à Argentina proibindo a atracação de navios com bandeira das Ilhas Falkland (Malvinas) nos portos de Brasil, Uruguai e, obviamente, Argentina, remete a uma discussão estratégica mais ampla que bem deveria ser encarada pelos movimentos progressistas, já que confirma uma prioridade na política externa brasileira, uma nova realidade política e, também, um passo a mais na caminhada da integração da América do Sul.

Globo e o ovo da serpente

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Outro dia, a Ministra Eliane Calmon disse, a propósito dos escândalos no Judiciário, que “todo mundo vê a serpente nascendo pela transparência do ovo, mas ninguém acredita que uma serpente está nascendo”.

Talvez seja a mais precisa definição para aquilo que, há exatas 20 anos, pregava no deserto um cidadão que tinha a coragem, que vai faltando cada vez mais neste país, de enfrentar o monopólio avassalador (de vontades, inclusive) representado pela Rede Globo.

Blogues rechaçam projeto dos EUA

Da Rede Brasil Atual:

Blogueiros brasileiros articulam-se para um protesto nesta quarta-feira (18), com a retirada das páginas do ar. O alvo do ato é um projeto de lei prestes a ser levado à votação por parlamentares norte-americanos dos Estados Unidos que, se aprovado, estabeleceria medidas polêmicas de restrição e controle de acesso e compartilhamento de arquivos pela internet. A Lei de Combate à Pirataria na Internet (Sopa, na sigla em inglês de Stop Online Piracy Act).

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

BBB e a sociedade imagética da mídia

Por Dennis de Oliveira, na revista Fórum:

Régis Debray escreveu tempos atrás que vivemos sob uma sociedade da imagem e cujo poder se legitima pela sedução. Em termos comparativos, ele afirma que o antecessor da sociedade da imagem era a da escrita com o poder sendo exercido pela autoridade do conhecimento e, antes disto ainda, a sociedade da oralidade e o poder da fala. Uma sociedade da sedução coloca para os indivíduos a valorização do exibicionismo – a sua validade é diretamente proporcional à imagem que constrói.

UFC: Vale tudo por dinheiro

Por Hélio Doyle, no sítio Brasil 247:

“O brasileiro surpreendeu ao dar um chute rodado que acertou em cheio o rosto do rival. Ainda no ar, Terry ficou desacordado, o que rendeu a Barboza os prêmios de melhor nocaute e luta: o equivalente a US$ 130 mil”.

É assim que o Correio Braziliense relata o desfecho de uma das lutas de “artes marciais mistas” realizadas no sábado, no Rio. Uma exaltação ao chute no rosto, e o agressor ainda é premiado. O campeonato pretensamente esportivo é denominado UFC (Ultimate Fighting Championship) e, como sempre acontece no Brasil (mas não em outros países), ninguém procurou uma tradução. Ao mesmo tempo em que faz campanhas contra a violência na sociedade, permeadas de discursos emotivos e piegas, a Rede Globo transmitiu as lutas em rede nacional, com todos os bordões, maneirismos e histerismos de Galvão Bueno. A emissora tanto critica e lamenta a violência no país, mas ao mesmo tempo a incentiva, mostrando, em rede, homens se agredindo por dinheiro.

Vamos à consulta pública sobre a mídia

Por José Dirceu, em seu blog:

Já escrevi a respeito aqui, ontem, mas não posso deixar de destacar de novo a boa, excelente medida de regulamentação baixada pelo governo para os leilões de concessões de emissoras de rádio e TV. Já vem tarde, mas é sempre oportuna.

Principalmente da forma como ficaram agora estabelecidas as novas regras: o pagamento da outorga é à vista; o balanço patrimonial e as demonstrações contábeis exigidas dos candidatos a obter concessão são muito mais detalhadas; e estabeleceu-se a exigência de pareceres de dois auditores independentes demonstrando a capacidade econômica da empresa-candidata.

Entidades organizam protesto contra Oi

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A Anatel espera um respaldo público das metas de qualidade da Internet – e, de fato, entidades civis já começaram a organizar a reação ao pedido da Oi para que os parâmetros para a oferta do acesso sejam anulados.

“Seria patético a Anatel recuar e mudar de posição três meses depois. A Oi demonstra não ter apreço pela qualidade e os direitos do consumidor e merece ser criticada”, diz João Brant, do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação.

As importantes lições do BBB 12

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Quem disse que a edição brasileira da franquia holandesa Big Brother não serve para nada? Certamente é inútil do ponto de vista cultural, sociológico, antropológico ou do mais tênue bom gosto. Não serve nem como lazer porque induz a exacerbação de sentimentos negativos, incompatíveis com a descontração e a alegria que caracterizam – ou deveriam caracterizar – o entretenimento. Mas serve como exemplo do que não presta na televisão brasileira.

Globo: De estupros e outros crimes

Por André Cintra, no sítio da Fundação Maurício Grabois:

Aos 31 anos, o modelo Daniel Echaniz alcançou a fama. Para chegar lá, não precisou de 15 minutos. Bastaram-lhe sete. Poderia ter brilhado em tradicionais passarelas da moda ou em milionários anúncios publicitários. Foi virar celebridade num dos programas televisivos de maior audiência no Brasil – o “Big Brother Brasil 12”.

Porque o BBB tem que ser proibido

Por Luis Nassif, em seu blog:

Intimidade e privacidade são bens indisponíveis. Isto é, não é dado a outras pessoas invadirem esse tipo de bem jurídico. É um direito individual, inalienável e intransferível. Somente a própria pessoa - por ela própria (não por meio de outro) - pode abrir mão desse direito.

Genro do Rei e privatização no Brasil

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Um dos mais propalados argumentos para se destruir, esquartejar e desnacionalizar as empresas estratégicas nacionais no final dos anos 90, era a deslavada mentira de que elas davam prejuízo ao erário. Esquecem-se de dizer que suas tarifas e investimentos estavam historicamente congelados - entraves que só foram removidos às vésperas da privatização. Outra desculpa era a de que elas se teriam transformado em “cabides de emprego”, o que naturalmente iria acabar após sua venda à iniciativa “privada”.