Por Emir Sader, no Blog da Boitempo:
O poder de convencimento da palavra escrita foi uma das maiores conquistas da razão humana. Poder articular argumentos, abstratos e concretos, vincular premissas a conclusões, promoveu as maiores conquistas do conhecimento humano.
Mas a palavra separada da ação e da realidade concreta sempre trouxe embutida também o risco da autonomização da linguagem em relação ao mundo. Quando os que trabalham com a palavra se autonomizam da realidade, tornam a linguagem um fim em si mesmo, desnaturalizam o papel da palavra, de expressar o real, de desvendar seus significados, de descrevê-lo poética ou dramaticamente.
O poder de convencimento da palavra escrita foi uma das maiores conquistas da razão humana. Poder articular argumentos, abstratos e concretos, vincular premissas a conclusões, promoveu as maiores conquistas do conhecimento humano.
Mas a palavra separada da ação e da realidade concreta sempre trouxe embutida também o risco da autonomização da linguagem em relação ao mundo. Quando os que trabalham com a palavra se autonomizam da realidade, tornam a linguagem um fim em si mesmo, desnaturalizam o papel da palavra, de expressar o real, de desvendar seus significados, de descrevê-lo poética ou dramaticamente.