Foto: Roberto Stuckert Filho/PR |
A participação insípida do presidente dos EUA, Barack Obama, na Cúpula das Américas foi a personificação de um divisor histórico: o império nada tem a dizer ou a propor de relevante aos povos latino-americanos. Em crise, patinando entre a tibiez de uma estratégia econômica que se compraz em mitigar a ortodoxia em casa e uma diplomacia bélica que chafurda na areia movediça de conflitos múltiplos e insolúveis, do Oriente Médio à Coréia, passando pelo embargo à Cuba e querelas com a Venezuela, o poderio ianque naturalmente não está derrotado. Mas é visível a sua exaustão. Obama personifica-a como um Tio Sam cansado da guerra.