domingo, 16 de dezembro de 2012

O STF e o risco de desastres

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Por Paulo Moreira Leite, na coluna Vamos combinar:

A descoberta de que em 1995 o ministro Celso de Mello proferiu um longo voto no qual defendia que apenas o Congresso tinha poderes para cassar o mandato de um parlamentar ilumina vários aspectos do julgamento do mensalão.

O STF vai julgar o “mensalão tucano”?

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Por Altamiro Borges

O show do julgamento do “mensalão petista” ruma para o seu final. Segundo levantamento da Folha de 30 de novembro, “os ministros do Supremo Tribunal Federal levaram 49 sessões, quase quatro meses e cerca de 250 horas para julgar os 37 réus e fixar as penas dos 25 condenados... O clamor por condenações duras terminou satisfeito”. Quase concluído o espetáculo midiático, fica a pergunta: quando terá início o “clamor” da imprensa pelo julgamento do “mensalão tucano”, que ela insiste em chamar do “mensalão mineiro”?

sábado, 15 de dezembro de 2012

Niemeyer e o fascistóide do Millenium

Por Altamiro Borges

Reinaldo Azevedo, o blogueiro da Veja “meio idiota e meio imbecil”, não está mais sozinho nas suas críticas ao genial Oscar Niemeyer, falecido na semana passada. Ele agora tem a companhia do seu amigo do Instituto Millenium, o economista Rodrigo Constantino. Na terça-feira (11), no jornal O Globo, o economista que anima os convescotes dos barões da mídia escreveu um artigo hidrófobo contra o renomado arquiteto. O teólogo Leonardo Boff até poderia incluí-lo no time dos “rola-bostas”, junto com o pitbull da Marginal.

FHC, Lula, o PT e a “burrice”

Por Altamiro Borges

Nesta semana, o PT sinalizou que reagiria à ofensiva da direita midiática e partidária contra o ex-presidente Lula. O líder da sigla na Câmara Federal, Jilmar Tatto, conseguiu aprovar na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência um “convite” para que o chefão dos tucanos, FHC, preste esclarecimentos sobre a temida “Lista de Furnas” – documento que revela o desvio de recursos da estatal mineira para candidatos do PSDB. Ele também anunciou que o partido investiria na criação da CPI da Privataria Tucana.

Folha já atira em Haddad

Por Altamiro Borges

Fernando Haddad nem tomou posse na prefeitura da capital paulista e já começa a ser bombardeado. O petista não terá paz durante sua gestão. Ele é visto como um perigo pelo PSDB, que hegemoniza São Paulo há duas décadas. Caso faça uma boa administração, o prefeito alavancará uma candidatura antitucana ao governo estadual em 2014 e ainda reforçará a campanha pela reeleição de Dilma Rousseff. O editorial da Folha de hoje, intitulado “Nada de muito novo”, indica que a artilharia da mídia conservadora será pesada.

Época e a "murdechização" da mídia

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A reportagem de capa da Época desta semana revela a murdochização inexorável, definitiva e… cara de pau da mídia brasileira… Trata-se de uma matéria feita inteiramente com vazamentos seletivos fornecidos pela Polícia Federal.

O esquema de Murdoch na Inglaterra era parecido. Seus jornais subornavam policiais para obterem dados sigilosos dos desafetos ou vítimas da vez. A maioria das vítimas eram celebridades, cujas intimidades eram expostas na mídia. A coisa aqui, porém, é bem mais pesada. O mau caratismo murdochiano visava, na maioria das vezes, apenas o lucro. Na mídia brasileira, o esquema de vazamentos de dados sigilosos para órgãos de comunicação faz parte de uma estratégia de luta pelo poder.

A agenda conservadora da mídia

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

O dispositivo midiático conservador exercita há quatro meses o poder de pautar a agenda política do país. É um massacre.

A novela do chamado 'mensalão' revelou-se um cavalo de Tróia dos interesses contrariados pela ampliação do espaço progressista na sociedade brasileira.

Avanços e temores na América Latina

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Na última semana, alguns fatos sacudiram a conjuntura da América Latina. Entre os acontecimentos positivos, que tem muita influência na correlação de forças da luta de classes internacionais e do continente, destacam-se, em primeiro lugar a reunião de Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada dia 7, em Brasília. A reunião foi muito importante porque manteve o isolamento do governo golpista do Paraguai e aceitou a condição de membros associados a Bolívia e o Equador, antes eram apenas observadores.

Derrota da máfia midiática argentina

Por Altamiro Borges

Em decisão proferida nesta sexta-feira (14), o juiz federal Horacio Alfonso declarou que os dois artigos da Ley de Medios questionados na Justiça pelo principal império midiático da Argentina, o Grupo Clarín, são constitucionais e devem entrar em vigor. Para Martin Sabatella, dirigente da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA), a decisão é histórica e representa uma importante vitória dos que lutam pela verdadeira liberdade de expressão no país vizinho. "Estamos muito contentes, a justiça foi feita”.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Mídia: ONU recebe relato de violações

Bruno Marinoni, no Observatório do Direito à Comunicação:

Diversas entidades estiveram presentes em reunião com o o relator especial para promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão da Organização das Nações Unidas, Frank de La Rue, no dia 13, em São Paulo, apresentando casos brasileiros de violação da liberdade de expressão, assim como obstáculos para o avanço da efetivação do direito à comunicação. Em visita ao Brasil a convite da campanha “Para expressar a liberdade”, o guatemalteco afirmou que deve produzir uma notificação a partir dos relatos ouvidos e dos documentos recebidos.

O financiamento da mídia alternativa

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) disse, ao abrir a audiência pública para discutir o financiamento dos meios de comunicação alternativos, que o debate exige uma reflexão sobre a comunicação de um modo geral. E disse que a democratização da comunicação é uma das reformas mais estruturantes dentro da sociedade brasileira.

Relator da ONU e o monopólio da mídia

Por Felipe Rousselet, na revista Fórum:

O relator especial para promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão da ONU (Organização das Nações Unidas), Frank La Rue, afirmou nesta quinta feira, 12, que o monopólio dos meios de comunicação deve ser evitado por meio da regulação da distribuição de concessões de rádio e televisão.

Quando o controle remoto não resolve

Ilustração: Saad Murtadha

Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Jornais, revistas, o rádio e a televisão tratam de inúmeros assuntos, quase sem restrição. Apenas um assunto é tabu: eles mesmos.

Durante muito tempo a crítica da mídia esteve restrita às universidades e a alguns sindicatos de jornalistas ou radialistas. Hoje a internet tem um papel importante na ampliação desse debate.

Trabalho escravo, quando acaba?

http://fineartamerica.com
Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Em janeiro de 2004, três auditores fiscais do trabalho e um motorista foram assassinados em Unaí (MG) ao investigarem trabalho escravo em uma lavoura de feijão. Em janeiro próximo se completam 9 anos de impunidade. Até agora ninguém foi condenado pela chacina que tirou as vidas dos auditores Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage, Nelson José da Silva, e do motorista Ailton Pereira da Silva.

Connecticut e o controle de armas

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

As últimas notícias sobre o massacre numa escola infantil de Newtown, no estado de Connecticut, dão conta de que pelo menos 28 pessoas morreram, entre elas 20 crianças. O suspeito está morto numa sala de aula. Seu nome é Adam Lanza, 20 anos. Sua mãe, Nancy, que trabalhava na escola, também foi assassinada. Não está claro ainda se Adam foi abatido pela polícia ou se cometeu suicídio. Seu irmão Ryan, 24, está sendo interrogado.

Ibope: Dilma fica acima das crises

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A nova pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira mostra que a maneira de governar da presidente Dilma Rousseff bateu novo recorde, chegando a 78% de aprovação, o maior desde o início do seu mandato, em meio ao bombardeio da mídia contra o PT e seus principais dirigentes.

O manual do golpe de Estado

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Cúrzio Malaparte escreveu, em 1931, seu livro político mais importante, Técnica del colpo di Stato: envenenamento da opinião pública, organização de quadros, atos de provocação, terrorismo e intimidação, e, por fim, a conquista do poder. Malaparte escreveu sua obra quando os Estados Unidos ainda não haviam aprimorado os seus serviços especiais, como o FBI - fundado sete anos antes - nem criado a CIA, em 1947. De lá para cá, as coisas mudaram, e muito. Já há, no Brasil, elementos para a redação de um atualizado Manual do Golpe.

Estadão, Noblat e o relator da ONU

Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:

Não têm limites as táticas sujas da mídia dominante quando o assunto é regulação da mídia, quer dizer, quando a ideia é a manutenção de seu poder oligopólico/monopólico. O artifício mais comum é a distorção de conceitos, como “liberdade de imprensa”, “liberdade de expressão”, “mídia independente” e “censura”, mas também a omissão de informações e debates são formas recorrentes através das quais os conglomerados midiáticos procuram manter sua hegemonia em detrimento da democracia na comunicação.

A direita nativa e a Operação 2014

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

E reaparece meu pai, Giannino, e não diz “profetica anima mea”, alma minha profética. Confirma apenas “mala tempora currunt” e comenta como é elementar a tarefa do analista político nas nossas latitudes. Refere-se, está claro, ao jornalista honesto, habilitado a perceber a previsibilidade dos movimentos dos senhores da casa-grande.

Até o mundo mineral recorda os tempos precedentes ao golpe de 1964 e reencontra aquele tom de fúria nos jornalões dos últimos dias. Desfraldam manchetes dignas da eclosão da guerra atômica. Está em curso, de fato, uma operação na mira de 2014, articulada em duas frentes com o mesmo objetivo: a debacle final de quem ousasse preocupar-se com o destino do País todo, senzala incluída.

“Gripe da covardia” de Celso de Mello

Por Altamiro Borges

Uma “forte gripe” do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, protelou por mais alguns dias um golpe na Constituição. A decisão sobre a perda dos mandatos dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT) – já condenados no julgamento do chamado “mensalão” – seria definida ontem pelo plenário do STF, mas foi adiada pela ausência do juiz, que alegou estar “com uma forte gripe” e foi orientado por seus médicos a ficar em repouso.