quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Jornais: mais um prego no caixão

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Jornais de todo o mundo registraram na quarta-feira (16/1) que o Facebook lançou seu próprio serviço de busca, chamado em português de Busca Social, mas enfrenta uma nova desvalorização de suas ações, por conta de reações negativas do público a mudanças feitas na rede social de imagens Instagram e pelas expectativas exageradas criadas em torno do anúncio do novo aplicativo.

O Globo: exemplo de manipulação

Por Mário Augusto Jakobskind, no sítio Direto da Redação:

O Globo está cada vez mais extremado em matéria de pensamento único. Continua inconformado com a decisão da Suprema Corte de Justiça da Venezuela confirmando que o presidente Hugo Chávez não precisava tomar posse necessariamente no último dia 10. Mas é impressionante, o jornal da família Marinho a cada dia se supera em matéria de jornalismo ideologizado.

Marta rechaça elitismo da Folha

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada (10), a Folha publicou um editorial raivoso contra o chamado “Vale-Cultura”, rotulado de “vale-populismo” já no título, e abusou dos adjetivos para desqualificar a ministra Marta Suplicy. Na visão elitista do jornal, a nova lei “é mais um exemplo do uso equivocado de dinheiro público na área cultural do país”. A Folha prefere que a grana dos impostos seja usada somente para bancar os juros dos rentistas. Ela também adora os milhões de reais que recebe de publicidade do governo – que só serve para alimentar cobras!

O "injusto" ministro da Previdência

Por Altamiro Borges

Para a alegria dos rentistas e da mídia tucana, na semana passada o ministro Garibaldi Alves (PMDB-RN) defendeu de forma marota uma nova contra-reforma da Previdência Social. Para ele, o atual sistema é "injusto", porque o trabalhador se aposenta "muito cedo". O ministro também aproveitou para anunciar que o fim do nefasto "fator previdenciário", criado no governo FHC para arrochar pensões e aposentarias, não é prioridade do governo Dilma. "Não há possibilidade do fator ser extinto simplesmente", afirmou.

Números brutais do trabalho escravo

Por Altamiro Borges

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou ontem novos dados, ainda bem alarmantes, sobre o trabalho escravo no Brasil. Em 2012 foram registrados 278 casos de utilização de trabalho em condições análogas à escravidão em todo o país, com a libertação de 2.723 trabalhadores. O balanço é parcial e pode sofrer ainda pequenas alterações, mas ele indica a gravidade da situação e confirma a importância da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, da qual a CPT faz parte. Ele aponta que houve um aumento de quase 10% no número de trabalhadores resgatados na comparação com 2011. 

Dilma, luz e oposição sem discurso

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Com a sanção da redução da tarifa de energia, Dilma marcou mais um gol junto ao povo brasileiro. Especialmente, porque a oposição partiu em defesa dos acionistas das empresas transmissoras, colocando-se na linha de frente contra a decisão presidencial.

Perry Anderson e o balanço do lulismo

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

No ano passado o historiador Perry Anderson publicou um ensaio sobre Lula na London Review of Books (íntegra em inglês, aqui). Tirando um ou outro erro factual (por exemplo, quando diz que Dilma implantaria um sistema nacional de saúde), o artigo trouxe à tona, lá fora, um debate recorrente dentro da esquerda brasileira, aquele sobre o lulismo.

Começo do ano mostra embates à vista

Editorial do sítio Vermelho:

A pauta política deste início de ano é apenas uma pequena mostra dos embates políticos que teremos pela frente. O governo da presidenta Dilma faz tentativas tópicas para abrir caminho ao desenvolvimento nacional desvencilhando-se do tripé perverso constituído pelos juros altos, o arrocho fiscal e o câmbio flutuante. Não têm sido poucas as críticas do capital monopolista-financeiro nacional e internacional, veiculadas pela mídia privada a seu serviço, à gestão da política macroeconômica a cargo do titular do Ministério da Fazenda, Guido Mantega. Um desses veículos da mídia, porta-voz do capital financeiro internacional, chegou a esboçar uma campanha no final de 2012, pela demissão do ministro.

Péssimas notícias para a oposição

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por José Dirceu, em seu blog:

Boas notícias para o Brasil, más notícias para a oposição. São duas: a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que reduz a tarifa de energia elétrica em 20% e os níveis dos reservatórios voltou a subir.

É uma vergonha para os jornalões e o Jornal Nacional. Eles fizeram de tudo para não sair a redução da conta de luz e só faltaram antecipar o carnaval, de tanta alegria com o alarmismo sobre o risco de falta de água nos reservatórios.

Dilma e os desafios da comunicação


Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

Os graves problemas de comunicação da presidência Dilma Rousseff não se restringem a uma situação circunstancial, solucionável com uma mera troca de nomes na Secom. Pelo contrário: para além das dificuldades da administração em se fazer ouvir na arena midiática, tais problemas dizem respeito, em primeiro lugar, a uma questão estrutural do setor comunicacional no país, extremamente concentrado nas mãos de poucos; em segundo lugar, e parcialmente em decorrência disto, verifica-se uma deficiência atávica do poder público em relação à comunicação; e, por fim, há uma questão de fundo, diretamente relacionada à postura pública do atual governo e de sua presidente e do grau de diálogo por eles estabelecido com a sociedade.

A direita se divide na Venezuela

Por Claudia Jardim, no sítio da BBC Brasil:

A polêmica em torno da decisão do Supremo Tribunal de Justiça de adiar indefinidamente a posse do novo mandato do presidente venezuelano, Hugo Chávez - que convalesce em Cuba – colocou em evidência uma antiga fratura na coalizão opositora venezuelana.

Capitalismo, "austeridade" e saídas

Por Immanuel Wallerstein, no sítio Outras Palavras:

A austeridade está, em todo o mundo, no centro das politicas. Há aparentes exceções, em alguns países – China, Brasil, os Estados do Golfo e talvez outros. Mas são exceções a algo que permeia o sistema mundial, hoje – e que equivale, em parte, a uma grande impostura. Quais são as questões?

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

GM ameaça demitir 1.500 metalúrgicos

 Foto: Flávio Pereira
Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada, cerca de 4 mil metalúrgicos de São José dos Campos, no interior paulista, realizaram um protesto em frente ao portão da GM. Com a manifestação, o sindicato da categoria deu início à jornada denominada “Janeiro Vermelho”, contra as demissões anunciadas pela multinacional estadunidense. Também houve uma passeata até a sede da prefeitura, na qual os presentes cobraram uma intervenção mais direta do novo prefeito, Carlinhos de Almeida (PT), que derrotou o longo reinado tucano no município.

Assentados do MST ocupam sede do Incra

Do sítio do MST:

Nesta terça-feira (15/1), 70 famílias e apoiadores do Assentamento Milton Santos, localizado em Americana e Cosmópolis, ocuparam o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em São Paulo.

UNE lança a sua Comissão da Verdade

Por Artênius Daniel, no sítio da UNE:

O silêncio é alimentado pelo tempo, tem sede da própria velhice. Quanto mais demora, mais forte e poderoso se torna. A UNE e os estudantes brasileiros juntam forças para, a partir da próxima sexta (18), matar o silêncio de quase cinco décadas nubladas que paira sobre os jovens perseguidos, torturados e mortos pela ditadura civil-militar no país.

Saudades de 1964: A nova direita

Por Leandro Fortes, na revista CartaCapital:

Em 1º de março de 2010, uma reunião de milionários em luxuoso hotel de São Paulo foi festejada pela mídia nacional como o início de uma nova etapa na luta da civilização ocidental contra o ateísmo comunista e a subversão dos valores cristãos. Autodenominado 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, o evento teve como anfitriões três dos maiores grupos de mídia nacional: Roberto Civita, dono da Editora Abril, Otávio Frias Filho, da Folha de S.Paulo, e Roberto Irineu Marinho, da Globo.

Financial Times pedirá desculpa a Lula?

Do jornal Correio do Brasil:

O diário conservador inglês Financial Times (FT) precisará se retratar, publicamente, em relação à matéria publicada nesta sexta-feira, sob o título Lula’s ‘loot’: not much to look at (‘O butim de Lula: não há muito o que se observar‘, em tradução livre), em que atribui ao ex-presidente brasileiro imóveis que nunca lhe pertenceram. A resposta chegou nesta terça-feira, pela equipe de comunicação do Instituto Lula.

Dilma e o harakiri midiático

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Harakiri (腹切り) foi um ritual suicida japonês do período medieval que consistia em pessoas que queriam pôr fim à própria vida estriparem-se com uma espada samurai. A frieza e a metodologia daquela forma de suicídio a torna perfeita, como analogia, para caracterizar o que a mídia vem fazendo consigo mesma na questão da geração de energia hidrelétrica.

Chacina de Unaí segue sem julgamento

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

A procuradora da República Mirian Moreira Lima, do Ministério Público Federal em Minas Gerais, acredita que o julgamento da chamada chacina de Unaí (noroeste de Minas Gerais) pode começar em fevereiro ou março, mas o fato de nenhum dos nove denunciados ter sido intimado até agora provoca, segundo ela, “angústia” no MPF. “Não há nenhuma pendência mais no processo”, afirma. “A insatisfação do Ministério Público com a demora é muito grande. Já houve pedidos de julgamento imediato". O caso refere-se ao assassinato de quatro servidores do Ministério do Trabalho e Emprego, durante uma fiscalização, na manhã de 28 de janeiro de 2004. Há poucos dias, o MPF fez novo apelo para que o julgamento seja realizado, enviando ofício à Corregedoria Nacional de Justiça.

OIT e o azar da nossa direita

Por Flávio Aguiar, no sítio Carta Maior:

Como se não bastassem as declarações da cúpula do FMI em favor de uma robusta intervenção do Estado na economia para favorecer o crescimento, agora a OIT lança um relatório em que o Brasil sai bem de modo singular – com todos os seus (nossos) problemas.