sábado, 25 de maio de 2013

As esquerdas e a pauta conservadora

Por Roberto Amaral, em seu blog:

“…e quando finalmente a esquerda chegou ao governo tinha perdido a batalha das ideias”. Perry Anderson.

A frase de Perry Anderson (editor da New Left Review), tomei-a de um texto de Emir Sader (‘Neoliberalismo x posneoliberalisno na America Latina’), referia-se à França – à pobre França do Partido Socialista de François Hollande— mas poderia referir-se à Espanha (a pobre Espanha do Partido Socialista Operário Espanhol), ou à Itália na qual a preeminência política do Partido Comunista Italiano, o PCI de Gramsci e Togliatti – ‘o maior partido do Ocidente’ – foi substituída pela era Berlusconi, o grotesco. Mas, e é o que nos interessa, a observação se aplica igualmente ao Brasil de hoje, após a queda da ditadura (1984) e a derrota eleitoral do neoliberalismo conservador (2002/2006/2010), derrota a qual, todavia, não se propagou para o campo da política.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Apoio unanime ao novo ministro do STF

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A indicação do constitucionalista Luís Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal, na vaga do ministro Ayres Brito, provocou um fato raro na vida brasileira: o apoio unânime da sociedade, tanto no mundo jurídico como no político. De tudo que li e ouvi até agora, não encontrei uma única crítica ou restrição à sua vida profissional e pessoal, e a única pergunta que poderíamos fazer é esta: por que não foi nomeado antes?

O contra-ataque da mídia tradicional

Cinema encaretou Cazuza e Russo

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Dois ídolos, duas cinebiografias e algo em comum: a tentativa de amenizar a homossexualidade de ambos. Em cartaz nos cinemas, Somos Tão Jovens, de Antonio Carlos da Fontoura, sobre a vida de Renato Russo, comete exatamente o mesmo erro de Cazuza - O Tempo Não Pára, de Sandra Werneck e Walter Carvalho, de 2004. A homossexualidade assumida de Renato, assim como a de Cazuza, é transformada em uma bissexualidade que não houve em nenhum dos casos. É como se, ao apresentar os dois à juventude atual, os diretores/produtores quisessem torná-los mais palatáveis, quase “normaizinhos”, algo que tanto um quanto o outro odiariam.

Candidatura de Aécio ferida de morte

http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por José Dirceu, em seu blog:

Está evidente que o senador Aécio Neves (MG) ainda não é o candidato presidencial do PSDB paulista, nem de José Serra e nem do governador Geraldo Alckmin. Portanto, é uma candidatura natimorta, ferida de morte, sem capacidade própria e partidária para se impor ao país.

Mídia, emancipação e integração

Por Renan Xavier, no sítio da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila):

O tema “democratização dos meios de comunicação” é polêmico e chega a causar arrepios em setores e grupos, de mídia ou não, que são mais conservadores e tradicionais, sendo vinculado, até, à censura, autoritarismo e ditadura. Entretanto, trata-se de uma busca pela universalização do acesso e da participação da sociedade e de organizações sociais na dinâmica de produção e de difusão de notícias e de informações. Os laços mais fortes desta luta, que tem representatividade em toda a América Latina e que coloca a comunicação como um direito de todos, são com a necessidade de que se expressem as mais múltiplas vozes, identidades, contextos, agentes, agendas e conflitos que permeiam a realidade social.

Cobertura rala, redações alienadas

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O Globo reproduz, na edição de sexta-feira (24/5), resumo de artigo publicado no dia 15/5 na versão digital da revista britânica The Lancet, que os clichês da imprensa chamam de "a Bíblia da medicina". O texto informa que o programa Bolsa Família reduziu a mortalidade de crianças de zero a cinco anos de idade no Brasil, no período de 2004 a 2009.

Perguntas do Senado ao dr. Barroso

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Com a indicação da Presidenta Dilma, cabe agora proceder-se à sabatina no Senado, para homologar a escolha.

O que costuma ser, apenas, um ritual, embora a indicação de Gilmar Dantas (*) – a mais maldita das heranças de Fernando Henrique – tenha sido polêmica, sob a pressão moral e intelectual de um artigo do professor Dalmo Dallari.

Um amigo da Globo no Supremo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se alguém tivesse que dar uma instrução ao novo integrante do STF, Luís Roberto Barroso, seria mais ou menos assim: “Amigo, observe tudo que seus companheiros fazem com atenção. E depois faça o oposto.”

Barroso substitui uma pequena calamidade chamada Ayres Brito. O maior legado de Ayres Brito foi privar a sociedade brasileira do direito de resposta na mídia em casos de calúnia e difamação.

A volta da meritocracia no STF

Por Luis Nassif, em seu blog:

A indicação do jurista Luiz Roberto Barroso para o STF (Supremo Tribunal Federal), ao lado do seu antecessor Teori Zavascki, pode ser o início do resgate do respeito que o Executivo deve ao Judiciário.

As dúvidas sobre o ministro Barroso

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Diversificadas fontes nutriram o Blog com um sentimento que vai generalizando sobre o novo ministro do STF anunciado hoje por Dilma Rousseff, Luís Roberto Barroso, e que pode ser traduzido pela máxima imorredoura do filósofo ateniense Sócrates: “Só sei que nada sei”.

Bem-vindo, ministro Barroso!

Por Washington Araújo, no sítio Carta Maior:

A escolha do advogado constitucionalista Luis Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira, 23/5/2013, não poderia ter sido mais inspirada, sábia e certeira. Um homem pode ser definido por diversos fatores, que vão desde a cultura adquirida até aos livros escritos. Mas o que melhor diz sobre o ser humano vestido pelo nome são as causas que ele tenha defendido. E neste campo a escolha de Barroso é emblemática. Seu leque de causas defendidas é amplo o suficiente para abarcar os dilemas, contradições e desafios que esta época encerra: liberdades civis, direitos humanos, bioética.

Zara produz em condições de escravidão

Por Lucas Schaerer, no sítio da Adital:

A marca de roupa Zara, de capital espanhol, subcontrata na Argentina sua produção a ateliês têxteis clandestinos onde se escravizam costureiros migrantes. A Zara aplica a mesma metodologia de exploração ilegal e desumana em São Paulo, Brasil, até o ponto de que teve que pagar uma multa milionária por esses mesmos delitos que também lhe imputam outros 11 países.

Mídia adversativa e governo sitiado

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog O Cafezinho:

Com a adesão nada discreta do diário Valor Econômico, o jornalismo de perfil adversativo alcançou a unanimidade. Nenhuma notícia positiva é impressa sem um embargo – mas, porém, todavia, contudo – seguido de uma desapontadora lembrança má. Algo no seguinte estilo: “a inflação está cadente, mas as contas externas entraram no vermelho”. Esse é o moto universal da imprensa brasileira atual.

Superar os valores das elites

Por Cadu Amaral, em seu blog:

O Brasil é hoje uma dos países mais influentes do mundo. Estamos na Organização Mundial do Comércio (OMC) e na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO – sigla em inglês). Temos uma das maiores economias, com forte mercado interno e com cada vez mais peso internacionalmente.

O grande teatro tucano

http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Tucanos e aliados sobem o tom das críticas à gestão da presidenta Dilma e atacam Lula e o PT de forma cada vez mais raivosa. Os papéis parecem definidos entre eles nesta fase de pré-campanha eleitoral. Enquanto políticos de estatura pessoal nanica como Serra e Roberto Freire vivem a apelar para o "perigo à democracia" que representa o PT no poder, sócios de criminosos, como o governador de Goiás, Marconi Perillo, chama de canalha um presidente que deixou o governo com mais de 80% de aprovação do povo brasileiro.

Fórum pela Paz na Colômbia

http://areitoimagen.blogspot.com.br
Do sítio Vermelho:

Enquanto o governo colombiano e os insurgentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) realizam uma mesa de diálogos em Cuba com o objetivo de por fim ao conflito armado que já dura mais de 5 décadas, centenas de militantes e entidades de vários países reúnem-se a partir desta sexta-feira (24), em Porto Alegre, no Fórum pela Paz na Colômbia. O Portal Vermelho fará a cobertura do evento, diretamente da capital gaúcha, com a enviada especial Érika Ceconi.

Quem tem medo da internet?

Do sítio da União da Juventude Socialista (UJS):

Mais um levantamento divulgado nesta semana sobre o crescimento de acessos à internet no Brasil assusta quem teme o avanço dessa importante ferramenta para a comunicação com liberdade de expressão no país. A luta pela democratização dos meios de comunicação ganhou força após a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, em 2009, onde os setores progressistas que desejam uma mídia livre marcaram forte presença.

A classe média suicida

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Em 1942, jovem filósofo francês Valentin Feldman, integrante da Resistência Francesa, diante de um pelotão de fuzilamento formado por soldados do Governo de Vichy, aliado dos nazistas, gritou para seus algozes, segundos antes de eles dispararem:

- Imbecis, é por vocês que vou morrer!

É hora de rever a Lei da Anistia

Por Leonardo Avritzer, na revista CartaCapital:

A morte do ex-ditador argentino Rafael Videla na prisão na semana passada tornou relevante responder mais uma vez algumas perguntas: por que o Brasil é tão diferente da Argentina no que diz respeito à punição das violações dos direitos humanos? Por que a nossa comissão da verdade tem resultados tão tímidos depois de um ano de funcionamento? Por que no Brasil ninguém ainda foi punido por crimes cometidos durante o período autoritário?