Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:
Os mais recentes acontecimentos no chamado Complexo do Alemão, conjunto de favelas na Penha, Zona Norte do Rio, deveriam servir de alerta contra a inutilidade do jornalismo transformado em propaganda.
Quem acompanha a cobertura dessa novidade que o governo estadual do Rio de Janeiro instituiu em fins de 2008 – o mesmo governo que adotava a tática do confronto com traficantes, a ponto de afirmar que a população deveria se “acostumar ao estresse da guerra”, e que passou a privilegiar a “pacificação” das favelas, com as UPPs – deve perceber os comoventes esforços que a imprensa carioca, especialmente os veículos das Organizações Globo, faz para sustentar o discurso oficial de “retomada do território”, cuja incongruência já foi criticada aqui (ver “O jornalismo veste a camisa” e “A novilíngua na cobertura das UPPs”).
Quem acompanha a cobertura dessa novidade que o governo estadual do Rio de Janeiro instituiu em fins de 2008 – o mesmo governo que adotava a tática do confronto com traficantes, a ponto de afirmar que a população deveria se “acostumar ao estresse da guerra”, e que passou a privilegiar a “pacificação” das favelas, com as UPPs – deve perceber os comoventes esforços que a imprensa carioca, especialmente os veículos das Organizações Globo, faz para sustentar o discurso oficial de “retomada do território”, cuja incongruência já foi criticada aqui (ver “O jornalismo veste a camisa” e “A novilíngua na cobertura das UPPs”).