sexta-feira, 28 de junho de 2013

Protestos exigem democratizar a mídia

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Por Valmir Assunção, no sítio da CTB:

Desde que começou este levante social no nosso país, tenho acompanhado com um interesse especial a cobertura da imprensa brasileira sobre os protestos.

Vamos a um pequeno relato: nas primeiras manifestações massivas, os meios de comunicação, em especial a Globo, trataram os manifestantes como um conjunto de vândalos, que atrapalham o trânsito, sem pauta nenhuma, quando só havia a pauta da tarifa do transporte público.

A tentação autoritária da mídia

Por Marco Piva

Quem tem acompanhado a recente onda de protestos que se espalham pelo país já percebeu que, como tudo na vida, existe algo de bom e algo de ruim nisso tudo. O bom é que as manifestações acontecem aos borbotões, por causas variadas e justas em sua maioria, num processo de acúmulo de forças que emparedou os poderes institucionais, principalmente a classe política. A exigência de mudanças radicais é nítida e bem vinda. O ruim é que a vocalização das reivindicações é organizada de forma subjetiva, quase particular, a partir de sentimentos difusos e aí, ao contrário do que alguns defendem, a própria democracia corre riscos.

Globo sonega no "padrão Fifa"

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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sensacional a revelação de Miguel do Rosário, no seu blog O Cafezinho.

A Globo está respondendo – ou deveria estar, se não apareceu alguma “mão amiga” para engavetar a questão – a uma ação por sonegação fiscal no valor de R$ 1,2 bilhão (R$ 615 milhões em outubro de 2006, corrigidos pela Selic, que indexa créditos fiscais).

Vem pra rua pelo Plano da Educação

Por Marcos Aurélio Ruy, no sítio da UJS:

Uma das mais importantes bandeiras agora é ir para as ruas forçar a votação do Plano Nacional de Educação (PNE) em tramitação desde 2011 no Congresso Nacional. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) empunham essa bandeira faz tempo e entendem que agora é agora de discutir amplamente e aprovar o PNE. Assim como no caso do transporte, as entidades estudantis pretendem tirar o foco do ensino privado e liberar mais verbas para o ensino público.

O plebiscito para a reforma política

Por Cadu Amaral, em seu blog:

O debate sobre a reforma política já começa a dominar o noticiário. Logo após a presidenta Dilma anunciar os cinco pactos para ouvir as vozes das ruas, entre eles o da reforma política com plebiscito, a oposição descabelou-se e, como bêbado em uma briga de rua, solta murros no ar.

Rede Globo aposta alto no retrocesso

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Por Messias Pontes, no sítio Vermelho:

As massivas manifestações de protestos que tomaram as ruas do País nas duas últimas semana apontam para o despertar na consciência coletiva a necessidade de mudanças estruturais inadiáveis. No primeiro momento, a velha mídia conservadora, venal e golpista, com a Rede Globo à frente, tratou de criminalizar a justa e oportuna manifestação em favor da redução da tarifa dos transportes públicos na capital paulista.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

FHC é o novo "imortal" da direita

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Por Altamiro Borges

A Academia Brasileira de Letras (ABL), a cada dia mais midiatizada e reduto dos conservadores, confirmou nesta quinta-feira (27) a escolha do ex-presidente FHC para ocupar a cadeira de número 36 da decrépita instituição, sucedendo o escritor João de Scantimburgo, falecido em março passado. Sem concorrentes na disputa, o grão-tucano recebeu 34 dos 39 votos. Após o anúncio do resultado, FHC recebeu convidados para uma festança na Fundação Eva Klabin, no luxuoso bairro da Lagoa, na zona sul do Rio de Janeiro.

Dilma perdeu a guerra da comunicação

Por Maria Inês Nassif, no Jornal GGN:

A contraofensiva da presidente Dilma Rousseff às manifestações de rua, traduzida em propostas, algumas delas já referendadas por votações ocorridas no Congresso desde ontem (25), e em uma maratona de reuniões com movimentos sociais, tem um potencial bastante limitado de quebrar o isolamento político do governo.

A hora e a vez do projeto popular

Editorial do jornal Brasil de Fato:

As mobilizações que percorrem todo o país abrem a possibilidade de avançar nas mudanças estruturais que interessam ao povo brasileiro.

Milhões de pessoas vão às ruas protestar pela primeira vez, conquistando vitórias na redução das tarifas, proporcionando elevação da autoestima e uma experiência inigualável de protagonismo popular.

Bomba! O mensalão da Globo!

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Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O Cafezinho acaba de ter acesso a uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo. Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje.

É a política, estúpido

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

Certamente, o melhor caminho para esse artigo será começar com uma comemoração: viva o fim da pasmaceira, viva a redescoberta da política, amaldiçoada pela grande imprensa, condenada pela direita e ignorada por uma esquerda que renunciou à luta ideológica. Os jovens romperam com a esquizofrenia dos dois mundos contemporâneos, o falso mundo da alienação diante dos problemas sociais, e o mundo real da crise social – o mundinho do político fazendo politicazinha, aprovando emendinhas, verbinhas para pontezinhas, e o mundo real da tragédia urbana. Enquanto o País fervia nas ruas, a Câmara Federal discutia a matança de cachorros no interior do Pará, e o seu presidente, em doce vilegiatura em Moscou, se divertia enviando fotos do Kremlin. Foi o melhor uso que encontrou para o Twitter.

E se Verônica fosse filha de Lula?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um título do site Viomundo, trazido ao Diário pelo atilado leitor e comentarista Morus, merece reflexão.

E se o filho de Lula fosse sócio do homem mais rico do Brasil?

Antes do mais: certas perguntas têm mais força que mil repostas, e este é um caso.

A esquerda não pode piscar

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

O Brasil ingressa num ciclo de turbulência do qual a democracia participativa poderá emergir como parteira de uma sociedade mais equilibrada e justa.

Mas a esquerda não pode piscar.

A disputa fratricida, hoje, é o coveiro das esperanças nacionais.

As manifestações de junho em SP

Por Marilena Chaui, na revista Teoria e Debate:

O que segue não são reflexões sobre todas as manifestações ocorridas no país, mas focalizam principalmente as ocorridas na cidade de São Paulo, embora algumas palavras de ordem e algumas atitudes tenham sido comuns às manifestações de outras cidades (a forma da convocação, a questão da tarifa do transporte coletivo como ponto de partida, a desconfiança com relação à institucionalidade política como ponto de chegada), bem como o tratamento dado a elas pelos meios de comunicação (condenação inicial e celebração final, com criminalização dos “vândalos”), permitam algumas considerações mais gerais a título de conclusão.

A importância da voz rouca das ruas

Por Mário Augusto Jakobskind, no sítio Direto da Redação:

Muito importante o Brasil ter uma presidenta atenta à voz rouca das ruas e dialogar com representantes dos movimentos sociais. Faz parte do jogo democrático, mas só que Dilma Rousseff já poderia ter feito isso desde o início do governo. Não foi o que aconteceu, segundo admitem as lideranças.

A plebe e a nobreza

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Era uma vez um reino governado por um rei despótico. Sua majestade oprimia os súditos e mandava prender, torturar, assassinar quem lhe fizesse oposição. O reino de terror prolongou-se por 21 anos.

Os plebeus, inconformados, reagiram ao déspota. Provaram que ele estava nu, denunciaram suas atrocidades, ocuparam os caminhos e as praças do reino, até que o rei perdesse a coroa.

Desmilitarização, a pauta urgente

Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:

A truculência na repressão indiscriminada e gratuita a manifestantes que participaram de várias das passeatas nos últimos dias, desde a quinta-feira sangrenta (13/6) na Avenida Paulista, impôs a urgência de uma velha demanda: a desmilitarização das polícias e a discussão sobre o papel dessa instituição num Estado democrático.

A crise e as planilhas dos ônibus

Fernando Borges/Terra
Por Luis Nassif, em seu blog:

A decisão do prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, de cancelar a licitação de ônibus, montar um conselho e abrir as planilhas de custos do sistema, permitirá, pela primeira vez, escancarar a maior caixa preta do sistema público: as companhias municipais de transporte.

Rebeliões de Junho: um mês sem fim

Wilson Dias/ABr
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A velocidade é assustadora e ao mesmo tempo fascinante. As “Rebeliões de Junho” – um dia talvez elas sejam chamadas assim – mudam de significado dia após dia. O que apenas reforça a tese de que o ganhador não está definido – de saída. A história se escreve agora nas ruas, mais do que nas redes ou nos gabinetes. E isso me faz lembrar o que dizia um velho professor marxista, com quem eu tinha até várias discordâncias: “os líderes políticos fazem muitos discursos, os intelectuais escrevem demais, mas a História se escreve mesmo é na ponta das baionetas” (Edgard Carone).

Protestos continuam. Até quando?

Wilson Dias/ABr
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Chegando ao final da semana em que o governo, o legislativo e o judiciário fizeram até horas extras para atender de uma vez só a todas as reivindicações do povo nas ruas - e até outras que nem estavam nos cartazes - os protestos continuam em todo o país e já estão marcadas as próximas manifestações.