sábado, 28 de setembro de 2013

Cuco infatigável: Serra, FHC e Economist

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Com a sincronia infatigável dos ponteiros de um cuco, e uma notável harmonia de enredo e afinação, três paladinos dos interesses conservadores vieram a público, na semana que finda, opor reparos à condução das coisas no país.

A perda de confiança no governo é o diapasão que rege o conjunto.

Desemprego cai e renda aumenta

Do sítio da Rede Brasil Atual:

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012, divulgada hoje (27) pelo IBGE, mostra a taxa de desemprego no menor patamar da história (6,1%), avanço de 5,8% no rendimento médio dos trabalhadores e nova queda no índice que mede a desigualdade entre os brasileiros, desta vez para abaixo de 0,5. As informações foram publicadas no site do IBGE.

Alemanha forte, Europa destroçada

Por Roberto Sávio, no sítio Outras Palavras:

As recentes eleições alemãs borraram as fronteiras entre norte e sul da Europa. Ao longo dos últimos três anos, todo o mundo parecia olhar apenas para a crise na Grécia, seguida pela da Irlanda, de Portugal; pelo declínio da França, a estagnação da Espanha e a falta de governabilidade na Itália. Poucos perceberam que a Holanda (quinta economia da zona do euro) foi obrigada a admitir que em 2014 não conseguirá cumprir a meta de déficit fiscal abaixo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e já atingiu os 3,8%.

Que mídia todos nós queremos?

Por Pedro Carrano, no jornal do Brasil de Fato:

Na sua 17ª edição, a plenária do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC) juntou em Brasília (DF), nos dias 21 e 22 de setembro, uma diversidade grande de atores que têm atuado no amplo leque da democratização da comunicação.

Estiveram presentes jornalistas, comunicadores de rádios comunitárias, “mídia-livristas” – como a experiência do Mídia Ninja –, o movimento sindical e popular, entidades e organizações como o Conselho Federal de Psicologia, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), o Intervozes, entre outros.

Resposta ao ataque da Economist

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Parece até brincadeira, mas a menos que seja uma barriga gigante do UOL, a próxima capa da Economist representará um ataque frontal ao Brasil. A mídia tupi, que sempre escondeu os inúmeros elogios que o governo recebeu da mídia estrangeira, nos últimos dez anos, agora poderá fazer o contrário. Jornal Nacional, Fantástico, capas, a diatribe da revista britânica com certeza vai ganhar destaque em todos os meios.

Dilma agita nas redes sociais

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A disposição (finalmente!) da presidenta Dilma Rousseff de usar as redes sociais para se comunicar diretamente com as pessoas não podia ter sido posta em prática de maneira mais bem humorada e mais adequada a este tipo de mídia.

Dilma recebeu Jeferson Monteiro, criador do perfil satírico “Dilma Bolada” e trocou alguns tweets com a personagem, mostrando muito bom humor. Como estratégia de divulgação, ótimo.

Ibope e a dura realidade da oposição

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Confirmando seus viés de alta, a presidenta Dilma voltou a recuperar terreno nas pesquisas sobre as eleições do ano que vem. Ela subiu de 30% para 38% das intenções de voto no levantamento do Ibope divulgado nesta quinta-feira, 26 de setembro, e venceria as eleições ainda no primeiro turno.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Requião detona "moleques" da Globo

A capa da Veja resume tudo

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Berlusconi é o político mais bem-sucedido da Itália dos últimos 20 anos. Como se sabe, foi um desastre, e não espanta que tenha sido, com o condão de pagar agora pelas mazelas cometidas. Espanta, isto sim, que metade dos italianos tenha votado nele. Passo a falar de Brasil. A capa de Veja desta semana é o símbolo irretocável de um singular humor em que se misturam má-fé e estupidez. A revista da Abril mesmo assim não nos surpreende, já sabemos do que é capaz de longa data. Estarrece que larga porção da sociedade nativa, privilegiados e aspirantes ao privilégio, acredite nas interpretações de Veja e repita passagens dos seus pareceres mirabolantes.

Greve e intransigência dos banqueiros

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Altamiro Borges

A greve dos bancários, que completa nove dias nesta sexta-feira (27), segue ganhando força em todo o país, segundo relatos dos sindicatos da categoria nos estados. Mesmo assim, os banqueiros mantêm-se totalmente intransigentes e garantem que não concederão aumento real de salário neste ano - fato que não ocorre desde 2003. Na maior caradura, eles alegam que passam por dificuldades em decorrência da retração da economia brasileira. Os balanços financeiros, porém, provam que os bancos continuam como recordistas de lucro no Brasil, com taxas bem superiores as obtidas em outros países.

Pesquisa Ibope e a ressaca de Aécio

Por Altamiro Borges

A pesquisa Ibope divulgada na noite desta quinta-feira (26) representou uma ducha de água fria nas pretensões da oposição. Ela mostra que a presidenta Dilma Rousseff cresceu oito pontos percentuais nas intenções de voto, após a queda brusca verificada a partir dos protestos de rua de junho. Marina Silva perdeu seis pontos e Eduardo Campos empacou de vez. A maior vítima da sondagem, porém, foi Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano. Ele deve estar curtindo uma baita ressaca. Além de encolher na pesquisa, o senador mineiro ainda viu o seu adversário no PSDB, o paulista José Serra, superá-lo na corrida presidencial. O ninho tucano vai pegar fogo nos próximos e decisivos dias.

Terceiro mandato de Merkel é ditadura?

http://www.goncaloalho.com
Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:

A análise comparativa, associada à memória, desmascara a falsa imparcialidade do setor midiático dominante. A eleição da chanceler alemã Angela Merkel para o terceiro mandato consecutivo, no último domingo, leva diretamente à lembrança de outros chefes de governo que alcançaram ou flertaram com uma segunda reeleição seguida. A formulação do discurso desse setor da mídia foi absolutamente distinto em um e em outro caso, ainda que sejam situações de grande semelhança real. Essa comparação demonstra, assim, o afastamento que a mídia hegemônica mantém com a realidade objetiva, distorcendo as narrativas de acordo com interesses bastante específicos.

EUA e Irã: a complexa distensão

Editorial do sítio Vermelho:

A eleição do presidente Hassan Rohani, na República Islâmica do Irã, foi recebida como um ponto de virada, ou apenas como um fio de “esperança” pela “moderação” com que se classifica a postura do novo chefe de Estado. A mídia internacional, analistas políticos e acadêmicos de vários foros preconizam uma melhoria das relações entre o país persa e os Estados Unidos, que, contudo, relutam em deixar de lado o tom ameaçador.

O lado obscuro da democracia


Por Izaías Almada, no Blog da Boitempo:

A foto ao lado, que ilustra o artigo, poderia ter sido mais emblemática se as cinco damas globais tivessem tomado emprestadas, dos cinco juízes que votaram desconhecendo as leis e a constituição brasileira, as suas togas negras. Seria o corolário natural de quem se deixa levar pelo “efeito manada”.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Abril demite dirigentes sindicais

Só brasileiro leva a sério a Economist

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma das primeiras coisas que aprendi ao chegar a Londres, em 2009, é que ninguém dá a menor bola para a Economist. A revista, idolatrada no Brasil, é simplesmente ignorada em sua terra.

Ninguém fala nela. Você não encontra no metrô ou no ônibus gente a lendo. Jornalistas de primeira linha não trabalham nela – mas na BBC, no Guardian, no Times, ou mesmo em tabloides como o Sun. A Economist, de certa forma, é hoje uma invenção brasileira.

Restaram canhões e espiões

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Tratado com pouco caso e mesmo ironia, o projeto do governo brasileiro para criar regras internacionais para a espionagem eletrônica é mais relevante do que parece.
À primeira vista, parece uma ideia sem sentido. Deixando claro que não admite a hipótese de abrir mão do direito auto atribuído de vigiar povos e países à revelia de seus governos, Barack Obama chega a dizer que a espionagem é uma alternativa preferível às operações militares diretas. Seria um mal menor.

Dilma na ONU foi mais Dilma

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

"Contundente", "virulento", "dura", "áspera": estes foram alguns dos adjetivos empregados pela imprensa internacional para qualificar o discurso da presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira na abertura da Assembleia-Geral da ONU, em que ela acusou a espionagem dos Estados Unidos de "afronta aos outros países".

Novos partidos e eleições presidenciais

Por Najla Passos, no sítio Carta Maior:

O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o Partido Solidariedade (SDD) - as duas novas siglas cujos registros foram aprovados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça (24), apesar dos indícios de fraudes nas listas de apoiadores - não têm representatividade para influir diretamente no cenário das eleições presidenciais do próximo ano. Serão apenas mais duas sublegendas, àquelas que já nascem mirando apoiar outros partidos, como afirma o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB), João Paulo Peixoto.

Dilma na ONU e o servilismo da Veja

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Por Renato Rovai, em seu blog:

Ontem, 24 de setembro de 2013, foi um dia histórico para as relações internacionais brasileiras. O país reafirmou sua soberania e mostrou que não aceita a posição de vassalo frente a grandes potências. O discurso da presidenta Dilma durante a abertura da 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas foi na medida. De modo firme e direto, a nossa presidenta não só cobrou dos EUA respostas e mudanças, como também chamou a comunidade internacional para posicionar-se e assumir responsabilidades frente à espionagem norte-americana.