sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Dilma e Lula: A partitura não muda

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:
 

Quando Fernando Henrique Cardoso e José Serra formavam uma dupla de primeiríssimo plano na política brasileira, quantas vezes um terá criticado comportamentos do outro em conversas entre correligionários e amigos? E nem se diga de quando Serjão Mota formava com eles uma trinca aguerrida... Serjão podia ser de fala muito desabrida.

Serra ganha nova blindagem da mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Ano passado, uma suposta entrevista do já “mitológico” Marcos Valério à revista Veja ganhou a capa da publicação e espalhou-se por todos os jornais, telejornais e grandes portais de internet. O personagem central dos mensalões do PT e do PSDB teria acusado o ex-presidente Lula de ter se reunido consigo e de saber de todos os fatos que geraram o escândalo petista.

JN esvazia candidatura de Barbosa

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Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Ao fim do capítulo do julgamento dos embargos infringentes na AP-470 que ontem (27) absolveu José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e outros réus do crime de formação de quadrilha, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, o último a votar - quando já não era mais possível reverter o veredito - fez um discurso com frases de efeito tais como "alertar à nação", "sanha reformadora" etc. Aos olhos de quem trabalha com a divulgação de informação, ficou claro que se tratava de uma fala que poderia perfeitamente ser editada pelos telejornais, reforçando o viés moralizador de uma potencial campanha política dele, Joaquim Barbosa.

O PIB e o inexorável peso dos fatos

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

É manchete nos principais jornais de sexta-feira (28/2) o resultado da economia brasileira no ano de 2013. O tom de espanto domina os títulos das reportagens e das análises dos economistas credenciados pela imprensa. O Produto Interno Bruto cresceu 2,3%, contrariando o canto fúnebre entoado incessantemente pela mídia tradicional até o dia anterior. O discurso muda subitamente: agora, diz-se que “uma surpresa favorável estancou a piora das expectativas”.

Venezuela: Golpe de Estado suave

Por Luciano Wexell Severo, no sítio Diálogos do Sul:

Mais uma vez a elite venezuelana, apoiada, treinada e financiada por Washington, arremete contra um governo democraticamente eleito. As lideranças da trama na Venezuela são Henrique Capriles, Leopoldo López, María Corina e Antonio Ledezma. Três playboys e um representante do partido Ação Democrática. Seu cálculo fácil aponta que Nicolás não teria a mesma capacidade de resistência que Chávez diante de um golpe. Existe, inclusive, a preocupação de que os americanos assassinem algum desses “líderes”, aprofundando o cenário de tensão interna e de pressão internacional.

Os insultos do decadente Barbosa

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

As palavras de JB depois da espetacular - e merecida - derrota na questão da quadrilha mostram alguma coisa que está entre dois extremos.

Ou ele foi muito calculista ou sucumbiu a uma explosão patética ao insultar os colegas do Supremo que ousaram não acompanhá-lo em sua louca cavalgada.

União contra a especulação financeira

Editorial do sítio Vermelho:

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que, na terça-feira (26), elevou a taxa básica de juros em 0,25%, a Selic, fixada agora em 10,75%, foi pela manutenção do mesmo viés da política monetária adotado desde abril do ano passado, e que continua deixando o Brasil como campeão mundial dos juros altos.

Cai castelo de cartas de Barbosa

Por Breno Altman

As palavras finais do presidente da corte suprema, depois da decisão que absolveu os réus da AP 470 do crime de quadrilha, soaram como a lástima venenosa de um homem derrotado, inerte diante do fracasso que começa a lhe bater à porta. A arrogância do ministro Barbosa, abatida provisoriamente pelo colegiado do STF, aninhou-se em ataque incomum à democracia e ao governo.

A quarentena dos juízes no palanque

Por Dalmo de Abreu Dallari, no Jornal do Brasil:

Os juízes exercem atividade política em dois sentidos: por serem integrantes do aparato do poder do Estado, que é uma sociedade política, e por aplicarem normas de direito, que são necessariamente jurídico-políticas. Com esta observação inicio um capítulo de meu livro O poder dos juízes, capítulo intitulado Assumir a politicidade, no qual procuro demonstrar a necessidade e conveniência de assumir a politicidade implícita no desempenho das funções jurisdicionais. Além desse aspecto mais amplo da politicidade, acrescento mais adiante que o juiz é cidadão, exerce o direito de votar, o que, obviamente, implica uma escolha política.

Mídia e Barbosa são derrotados

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Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Com o resultado de 6 a 5 a favor dos réus no final do julgamento dos embargos infringentes, que derrubou a condenação por crime de formação de quadrilha e deixou os ex-dirigentes petistas José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares fora do regime fechado de prisão, os "black blogs" da grande mídia e o presidente do STF, Joaquim Barbosa, além dos quatro ministros que o seguiram nos votos vencidos, acabaram sendo os grandes derrotados no último capítulo da novela do processo do mensalão.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Cadê a crise dos urubulinos?

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Por Rodrigo Vianna e Igor Felippe, no blog Escrevinhador:

Há, sem dúvida, muitos problemas na economia brasileira: dependência excessiva de produtos primários, indústria estagnada e, principalmente, juros extorsivos – impostos pela chantagem dos grupos financeiros (associados à velha mídia corporativa). Ainda assim, o Brasil mostra força. Em meio à crise mundial, seguimos crescendo. Em 2013, nossa economia cresceu 2,3%, atrás apenas da Coréia do Sul e da China.

A oportuna lição de Barroso no STF

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O ministro Luiz Roberto Barroso deu uma aula de justiça, ontem.

Desde o início da ação penal 470 nós ouvimos a tese de que o país precisava de um julgamento exemplar. O argumento é que estávamos diante de uma denúncia histórica, cujo resultado teria um grande efeito simbólico.

Barroso disse:

STF tem um presidente sem compostura

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O presidente do Supremo Tribunal Federal é eleito pelos ministros da Corte.

Ele representa a vontade da Corte, muitíssimo mais do que a sua própria.

E, por isso, é o primeiro a dever respeito para com as decisões da maioria de seus pares.

O que Joaquim Barbosa fez, entretanto, hoje, ao ter de proclamar o resultado da votação dos embargos infringentes sobre o crime de formação de quadrilha foi do mais profundo desrespeito aos demais ministros.

OAB desmente "regalias" na Papuda

Do blog de José Dirceu:

Com base em supostos depoimentos, em diz-que-diz, em ouvi dizer, a imprensa vem noticiando que os réus petistas condenados na AP 470 têm recebido “regalias”. Esses supostos privilégios existem somente em relatos de reportagens e até agora não foi apontado qualquer outro indício mostrando sua existência. Pelo contrário.

STF rejeita formação de quadrilha

Por Najla Passos, no sítio Carta Maior:

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 6 votos a 5, que não houve do crime de formação de quadrilha para a prática do chamado “mensalão”, durante o julgamento dos embargos infringentes da ação penal 470, nesta quinta (27). A decisão reforma o entendimento manifestado pela corte em 2012, quando o tribunal contava com composição diversa: ao invés dos ministros Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki, votaram Cezar Peluso e Ayres Britto.

Copom e juros: Mais do mesmo veneno

Por Adilson Araújo, no sítio da CTB:

Capitulando à pressão das forças conservadores, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu na noite desta quarta-feira, 26, aumentar em 0,25% a taxa básica de juros, Selic, fixada agora em 10,75%. Foi a oitava elevação consecutiva desde que as autoridades resolveram mudar o viés da política monetária, em abril do ano passado, consolidando a posição do Brasil como campeão mundial dos juros altos.

O STF e os crimes da sua politização

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Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não existe maior prazer ao verdadeiramente intelectual do que o de desvendar de forma simples enigmas aparentemente complexos. Foi o sentido do voto do Ministro Luis Roberto Barroso ontem, no STF (Supremo Tribunal Federal). Didaticamente, desnudou a enorme politização em que o STF se meteu no julgamento da AP 470.

Brasil e o jornalismo dos advérbios

Por Cadu Amaral, em seu blog:

A economia brasileira foi a terceira do mundo em crescimento no ano de 2013, ficando atrás apenas de China e Coreia do Sul, respectivamente. Apesar disso os “especialistas” da imprensa grande irão propagar os “mas”, os “entretanto”, os “todavia”, os “contudo” e os “veja bem”. Para fazer você pensar que o país vai desmoronar se Dilma for reeleita.

Joaquim Barbosa morreu pela boca

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O escritor argentino Ricardo Piglia, num de seus ensaios, propõe uma tese segundo a qual um conto oferece sempre duas histórias. Uma delas acontece num descampado aberto, à vista do leitor, e o talento do artista consiste em esconder a segunda história nos interstícios da primeira.

Agora sabemos que não são apenas escritores que sabem ocultar uma história secreta nas entrelinhas de uma narrativa clássica. O ministro Luís Roberto Barroso nos mostrou que um jurista astuto (no bom sentido) também possui esse dom.

Renúncia de Azeredo e o futuro do PSDB

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Abandonado pelo partido que ajudou a fundar e presidiu, Eduardo Azeredo fez o que restava para tentar escapar de punições pelo “mensalão” do PSDB em Minas Gerais, ao renunciar ao mandato de deputado na quarta-feira 19. O PSDB busca manter distância do caso, mas tem razões de sobra para comemorar a decisão. Sobretudo o presidente do partido, senador Aécio Neves. O processo contra Azeredo é uma dupla ameaça. Atrapalha o sonho presidencial de Aécio e a disputa pelo governo de Minas, terra do senador e do segundo maior eleitorado do País, sob comando dos tucanos desde 2003.