terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pelo fim dos autos de resistência

Do site Muda Mais:

Você sabe o que são os autos de resistência ou resistência seguida de morte? São um mecanismo usado desde a ditadura militar, que serve para encobrir mortes cometidas por agentes do estado. Traduzindo: os policiais matam, mesmo quando estão de folga, e escrevem nos autos do crime que houve resistência à prisão. Isso faz com que os crimes não sejam investigados.

Dilma e o golpe pós-moderno

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Embora o significado geral da campanha presidencial de 2014 ainda não tenha permitido uma análise final por parte de nossos analistas, há um consenso em torno de duas constatações. A primeira: jamais a política brasileira assistiu a um conflito eleitoral onde os interesses de classe ficaram tão nítidos para a maioria dos eleitores. A segunda constatação: consumando a quarta vitória eleitoral consecutiva de um bloco de poder historicamente excluído do comando do Estado, a eleição impôs uma derrota sem precedentes aos sistemas de poder que governaram o país ao longo da maior parte de sua história. Mesmo em países cuja democracia é rotulada de madura pelos estudiosos é raro observar tamanha sequência de vitórias consecutivas de partidos ligados aos interesses das camadas subalternas.

Paulo Francis não morreu

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais do fim de semana registram o que pode vir a ser o ponto de inflexão das relações viciadas entre a política e os interesses privados no Brasil. A prisão de 24 altos executivos, entre os quais quatro presidentes de grandes empresas e um ex-diretor da Petrobras, coloca nas mãos da Justiça o material necessário para aprofundar as investigações sobre a corrupção e passar a limpo o sistema de financiamento de campanhas eleitorais.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Marlene Bergamo e o silêncio da mídia


Por Altamiro Borges

No ato fascistóide de sábado (15), que teve berros histéricos em defesa do “golpe militar” e cartazes contra o PT e pelo retorno do famigerado Comando de Caça aos Comunistas (CCC), a premiada repórter fotográfica Marlene Bergamo foi atacada por seguidores do patético Lobão, do pitbull Reinaldo Azevedo e da “justiceira” Rachel Sheherazade, entre outros monstrinhos da mídia. Segundo o Portal Imprensa, a jornalista da Folha foi agredida “enquanto acompanhava o protesto contra a presidente eleita Dilma na Avenida Paulista, em São Paulo”. Até agora, porém, a máfia midiática reunida na Associação Nacional de Jornais (ANJ) não exigiu a punição dos fascistas. A Folha sequer deu destaque à covarde agressão.

Gilmar Mendes e o bolivarianismo

Por Guilherme Boulos, no blog Viomundo:

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, saiu “às falas” mais uma vez. Na semana passada, o ministro deu uma entrevista à Folha alardeando o risco de “bolivarianismo” no Judiciário brasileiro.

Afinado, como sempre, com o PSDB e ecoando as vergonhosas marchas de Jair Bolsonaro (PP) e companhia, apontou a iminente construção de um projeto ditatorial do PT, que passaria pela cooptação das cortes superiores. Não poderia deixar de recorrer ao jargão da moda.

Estupros e lei do silêncio na USP

Por Laura Capriglione, em seu blog:

Reportagem da excelente Tatiana Merlino e de Igor Ojeda para o site Ponte Jornalismo mostra como uma rotina de estupros, humilhações, violências sexuais diversas, castigos fisicos, machismo, racismo e discriminação social instalou-se em uma das escolas mais disputadas do vestibular da Fuvest, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

O avanço conservador no Congresso

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

O Congresso eleito em 5 de outubro de 2014, apesar de renovado em 36,39% na Câmara e em 81,48% em relação às vagas em disputa no Senado, será um dos mais conservadores desde a redemocratização, em 1985. As razões são muitas e variadas.

Os custos de campanha, por exemplo, foram determinantes para a redução da bancada identificada com os trabalhadores e com os movimentos sociais e o crescimento das forças vinculadas ao mercado e ao setor empresarial, inclusive no ramo do agronegócio.

A história da sonegação da Globo

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em um dos momentos curiosos da eleição deste ano no Rio de Janeiro, a apresentadora da TV Globo Mariana Gross, após entrevistar ao vivo o candidato a governador Antony Garotinho, olha para a câmera, o que significa se dirigir aos telespectadores, e diz:

- A Globo não sonega. A Globo paga seus impostos.

Mídia ganhou na Mega-Sena acumulada

Por Vitor Ribeiro

A mídia brasileira nunca morreu de amores pela presidenta Dilma Rousseff. Raríssimas são as exceções. Mas, as coisas pioraram muito quando as empresas jornalísticas ficaram de fora da primeira leva dos beneficiados com a desoneração da folha de pagamento. Depois de muita chiadeira, o setor conseguiu a sua inserção na lista dos premiados com a renúncia fiscal, que passou a ser permanente. Apesar da inclusão na lista V.I.P, o divórcio entre a mídia e o governo federal ficou evidente no período eleitoral. O presentão equivalente a vários prêmios acumulados da Mega-Sena não melhorou em nada a relação, que parece até ter piorado.

MST reocupa fazenda da Cutrale

Por Leonardo Ferreira, no jornal Brasil de Fato:

Cerca de 300 trabalhadores rurais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) permanecem acampados na fazenda da Cutrale, no interior de São Paulo. Os sem-terra denunciam a grilagem de 2,6 mil hectares na propriedade localizada entre os municípios de Iaras, Borebi e Lençóis Paulista. A ocupação aconteceu na manhã de domingo (16).

A direita tenta dar golpe de Estado

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Uma tentativa concreta de golpe de Estado, finalmente! O primeiro contra o segundo mandato de Dilma.

A política brasileira já estava ficando enfadonha!

As pessoas devem entender que golpes de Estado são sempre assim: vem de dentro.

A pressão pela volta do tripé neoliberal

Do blog de Zé Dirceu:

A semana termina com o aumento da pressão sobre a presidenta Dilma Rousseff e o governo para a adoção do tripé econômico da era FHC (geração de superávits primários, manutenção de câmbio flutuante e regime de metas de inflação) como saída para a retomada da confiança e dos investimentos. Ampliam essas pressões como se o baixo crescimento fosse obra apenas de erros do governo e não do ciclo econômico mundial.

Oposição aposta no impeachment

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Quantos manifestantes havia no ato pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff no sábado, 15/11, em São Paulo? Alguns veículos falaram em 1.500, outros em três mil, os mais excitados em dez mil. Não importa. Certo é que foram muito mais que os 20 gatos pingados que compareceram ao ato pró-impeachment de Lula chamado pelos adversários em 2005, no estouro do mensalão. Está clara a aposta da oposição num terceiro turno da disputa presidencial através do pedido de impeachment de Dilma. Ainda que não tenha condições de levá-lo adiante mas para sangrá-la, minar seu segundo mandato e selar o fim da era dos governos do PT. Recordemos 2005.

domingo, 16 de novembro de 2014

Dilma e direita se movem no tabuleiro

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Miguel Enrique Stédile, no blog Escrevinhador:

Ainda que os debates do segundo turno das eleições tenham sido polarizados em temos mais simbólicos do que programáticos – petismo versus anti-petismo, nordeste versus sul, respeito à pluralidade versus intolerância fundamentalista – a candidatura Dilma Rousseff reuniu em torno de si um amplo campo de esquerda.

Apoio ao golpe militar racha ato em SP

Da revista CartaCapital:

A manifestação contra a presidenta Dilma Rousseff neste sábado em São Paulo foi marcada por um racha. Cerca de 2,5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, reuniram-se no Masp para pedir a queda de Dilma, mas divergiram quanto ao método: parte pedia o impeachment. Outros clamavam pela “ajuda” do exército. Dilma foi reeleita no último dia 26 de outubro com mais de 54 milhões de votos.

A "surpresa" de Lobão na marcha golpista

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Soa como piada o “arrependimento” de Lobão ao ver parte dos manifestantes da direita pedirem “intervenção militar” no ato – ato paulista, essencialmente, porque no resto do país as manifestações reuniram apenas gatos pingados – pela deposição da presidente eleita.

Porque governante eleito pelo voto cai por três razões: processo judicial contra si que resulte em condenação, renúncia ou então golpe.

Quando o governo retomará a iniciativa?

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

Política é construção de força, mas é também iniciativa. Uma das coisas boas de vencer a eleição é poder recuperar a iniciativa.

Mas quando o governo vai recuperar iniciativa? Quem tem a iniciativa pode definir a agenda, os temas centrais, os termos em que esses temas serão abordados.

Lava-Jato e o cartel do Metrô de SP

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O delegado Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, estreou na tevê na edição do Jornal Nacional de sexta-feira 14, falando sobre as prisões de executivos de empreiteiras denunciadas pelo doleiro Alberto Yousseff no âmbito do acordo de delação premiada da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

Fortalecer a comunicação pública

Do site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, reafirmou a disposição do governo federal, especialmente da Presidenta Dilma Rousseff, em fazer promover a regulação das comunicações, incluindo o sistema público (composto por emissoras públicas, educativas, universitárias, legislativas, comunitárias). Gilberto Carvalho participou do Fórum Brasil de Comunicação Pública, na Câmara dos Deputados, na tarde desta sexta (14/11), quando recebeu das entidades organizadoras a Plataforma pelo Fortalecimento da Comunicação Pública no Brasil.

Gilmar Mendes e as contas do PT

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O Planalto não é capaz de esconder sua perplexidade diante da mais nova notícia de Brasília. Em meio às denúncias da Petrobras, celebradas pela oposição como a nova esperança de colocar o governo contra a parede, Gilmar Mendes acaba de ser escolhido para ser relator do ponto mais delicado da campanha de 2014: as contas de Dilma Rousseff.