O jornal “Estado de Minas”, que se transformou em comitê eleitoral do cambaleante Aécio Neves no pleito de outubro passado, está em crise e corre o sério risco de falir. Nesta quarta-feira (7), o diário demitiu 12 profissionais – entre editores, repórteres e fotógrafos. O clima na redação é de pânico, já que o decadente império midiático está endividado e enfrenta drástica queda de tiragem e a fuga dos anunciantes. O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais divulgou nota condenando as demissões, que reproduzo abaixo:
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Jornal aecista demite em Minas
O jornal “Estado de Minas”, que se transformou em comitê eleitoral do cambaleante Aécio Neves no pleito de outubro passado, está em crise e corre o sério risco de falir. Nesta quarta-feira (7), o diário demitiu 12 profissionais – entre editores, repórteres e fotógrafos. O clima na redação é de pânico, já que o decadente império midiático está endividado e enfrenta drástica queda de tiragem e a fuga dos anunciantes. O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais divulgou nota condenando as demissões, que reproduzo abaixo:
Charlie Hebdo e a asneira de Sheherazade
Por Altamiro Borges
O oportunismo dos barões da mídia é descarado. Diante do atentado à sede da revista francesa Charlie Hebdo, que resultou em 12 mortos, seus serviçais têm aproveitado para fazer uma campanha em defesa da “liberdade de expressão”. Eles evitam analisar o contexto que gerou este ato criminoso – com o crescimento do ódio e do preconceito na França, decorrente da grave crise econômica do país. Neste esforço, porém, alguns se superam nas asneiras. A jornalista Rachel Sheherazade – que até hoje não “levou pra casa” os traficantes da classe média que acorrentaram um jovem negro a um poste nas ruas do Rio de Janeiro – é a expressão até agora mais patética e tacanha deste oportunismo.
O oportunismo dos barões da mídia é descarado. Diante do atentado à sede da revista francesa Charlie Hebdo, que resultou em 12 mortos, seus serviçais têm aproveitado para fazer uma campanha em defesa da “liberdade de expressão”. Eles evitam analisar o contexto que gerou este ato criminoso – com o crescimento do ódio e do preconceito na França, decorrente da grave crise econômica do país. Neste esforço, porém, alguns se superam nas asneiras. A jornalista Rachel Sheherazade – que até hoje não “levou pra casa” os traficantes da classe média que acorrentaram um jovem negro a um poste nas ruas do Rio de Janeiro – é a expressão até agora mais patética e tacanha deste oportunismo.
Palmas para o genovês Guido Mantega
Por Bepe Damasco, em seu blog:
No mundo da política e da administração pública, o alvoroço causado pelas mudanças de comando e pelos novos projetos e linhas de atuação a serem adotados pelos novos titulares muitas vezes ofusca as realizações e o legado dos que estão de saída. É de se lamentar o não reconhecimento público dos inúmeros méritos da longa passagem de Guido Mantega pelo Ministério da Fazenda (oito anos e nove meses, nenhum outro ministro da Fazenda ocupou o cargo por tanto tempo) por parte do PT, partidos aliados e setores progressistas e do campo democrático popular da sociedade. Tampouco, lemos ou ouvimos manifestações de expoentes do pensamento acadêmico desenvolvimentista, corrente ao qual este brasileiro nascido em Gênova, na Itália, se filia. Mesmo na blogosfera progressista só lembro de ter lido um post elogiando a obra do ex-ministro, assinado pelo bravo Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador.
No mundo da política e da administração pública, o alvoroço causado pelas mudanças de comando e pelos novos projetos e linhas de atuação a serem adotados pelos novos titulares muitas vezes ofusca as realizações e o legado dos que estão de saída. É de se lamentar o não reconhecimento público dos inúmeros méritos da longa passagem de Guido Mantega pelo Ministério da Fazenda (oito anos e nove meses, nenhum outro ministro da Fazenda ocupou o cargo por tanto tempo) por parte do PT, partidos aliados e setores progressistas e do campo democrático popular da sociedade. Tampouco, lemos ou ouvimos manifestações de expoentes do pensamento acadêmico desenvolvimentista, corrente ao qual este brasileiro nascido em Gênova, na Itália, se filia. Mesmo na blogosfera progressista só lembro de ter lido um post elogiando a obra do ex-ministro, assinado pelo bravo Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador.
Para se entender o terrorismo na França
Ilustração: MohammadSaba'aneh |
Outra coisa é procurar analiticamente entender porque tais eventos terroristas acontecem. Eles não caem do céu azul. Atrás deles há um céu escuro, feito de histórias trágicas, matanças massivas, humilhações e discriminações, quando não, de verdadeiras guerras preventivas que sacrificaram vidas de milhares e milhares de pessoas.
Charlie Hebdo e o preconceito da mídia
Ilustração: MohammadSaba'aneh |
Por liberdade de expressão na nossa mídia hegemônica entenda-se: o direito de acusar sem ter provas, simular imparcialidade para defender seus próprios interesses e difundir padrões de comportamentos e preconceitos.
Joaquim Levy e a cartilha neoliberal
Por Bruno De Conti, no site Brasil Debate:
Nesta segunda-feira, 5 de janeiro, tomou posse o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Sua entrevista concedida ao jornal Valor Econômico na semana passada talvez tenha passado despercebida por muita gente, em função das datas festivas, mas vale a pena retomá-la, pois o ministro apresenta, em linhas gerais, as diretrizes para a economia brasileira nos próximos quatro anos.
Revista "Veja" no rumo da falência
Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:
O ano de 2015 começou com uma boa notícia para a liberdade de expressão e a democratização dos meios de comunicação. Ela relata as dificuldades financeiras que levaram a Editora Abril, dona da revista Veja, a abrir mão de metade do prédio onde a revista está sediada, na marginal Pinheiros, em São Paulo. A notícia sobre as dificuldades enfrentadas pelo monopólio midiático merece ser saudada.
Elas não são recentes. No início dos anos 90 a Editora Abril chegou a tomar “emprestado” parte dos salários de seus empregados (que devolveu depois) para enfrentar problemas de caixa.
Elas não são recentes. No início dos anos 90 a Editora Abril chegou a tomar “emprestado” parte dos salários de seus empregados (que devolveu depois) para enfrentar problemas de caixa.
Eduardo Cunha e a justiça poética
http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/ |
Há uma espécie de justiça poética no vendaval que arrastou o deputado Eduardo Cunha para o pântano da Lava Jato.
Pouco antes de ganhar o noticiário, ele se apressara em avisar, pelo Twitter, que era terminantemente contra qualquer espécie de regulação de mídia.
Provavelmente ele imaginara estar ganhando blindagem – e louvação — das grandes empresas de jornalismo ao adotar uma postura tão servil a elas e tão contrária à sociedade.
Pouco antes de ganhar o noticiário, ele se apressara em avisar, pelo Twitter, que era terminantemente contra qualquer espécie de regulação de mídia.
Provavelmente ele imaginara estar ganhando blindagem – e louvação — das grandes empresas de jornalismo ao adotar uma postura tão servil a elas e tão contrária à sociedade.
Tudo é culpa do governo. Qual governo?
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Com a água, ou melhor, a falta d´água batendo no seu pescoço, e como não temos eleições neste ano, finalmente o eterno governador paulista Geraldo Alckmin resolveu agir: a partir desta quinta-feira (8), quem gastar mais do que a média do consumo nos últimos 12 meses vai ter que pagar multa pesada, que pode chegar a 100% sobre o valor da conta.
Nem governismo cego e nem esquerdicídio
Por Renato Rovai, em seu blog:
Desde a eleição de Lula para presidente da República, em 2002, se acentuou uma disputa no campo progressista entre um setor que defende todas as ações do governo em nome da governabilidade e de um outro que apoiou Lula na sua primeira candidatura, mas que foi ampliando sua crítica às políticas adotadas pelo governo petista desde a reforma da Previdência, em 2003.
"Charlie": Uma charge, muitas perguntas
Osval/Rebelión |
Como não podia deixar de ser, os jornais de quinta-feira (8/1) abrem grandes manchetes para noticiar o atentado contra o semanário francês Charlie Hebdo. As edições dos diários brasileiros não podiam ser mais homogêneas e previsíveis, como se os editores tivessem planejado cada uma delas em uma mesma reunião de pauta. Mas, embora sobrem muitas questões a serem abordadas, o essencial está dito: a democracia precisa inventar uma maneira de se defender sem abrir mão daquilo que a caracteriza e justifica.
O Globo demite. Cadê os "calunistas"?
Em mais uma prova de que a mídia impressa está agonizando, o jornal O Globo efetuou nesta quinta-feira (8) um drástico corte em sua redação. Ainda não há dados oficiais e o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro sequer foi comunicado previamente sobre o facão. Fala-se de 18 a 30 funcionários sumariamente dispensados, entre repórteres, editores e colunistas. Segundo o Portal Imprensa, "entre os demitidos estão Fernanda Escóssia, ex-editora de 'País'; os colunistas Jorge Luiz ('Esporte'), Artur Xexéo ('Cultura') e Agostinho Vieira ('Meio Ambiente'); e a ex-editora de 'Rio', Angelina Nunes". A lista macabra também incluiria as repórteres Carla Alencastro, Isabela Bastos, Laura Antunes e Paula Autran, além dos diagramadores Claudio Rocha e Télio Navega.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
A saúde, a saúva e a virtude
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:
Nenhuma outra corporação profissional se destacou tanto na guerra aberta à reeleição da Presidente Dilma quando a do jaleco branco.
O pleito foi o ápice de uma espiral de colisões iniciada em 2013, quando as entidades médicas alinharam-se ao conservadorismo mais feroz na oposição ao programa ‘Mais Médicos’.
Classificada como uma fraude, a iniciativa federal de levar cerca de 5,5 mil profissionais cubanos a rincões não cogitados por médicos brasileiros mereceu do Cremesp, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, a seguinte nota, em maio de 2014: ‘Tomaremos iniciativas políticas e eventuais medidas judiciais para impedir essa afronta à saúde da população e à dignidade da medicina brasileira’.
Nenhuma outra corporação profissional se destacou tanto na guerra aberta à reeleição da Presidente Dilma quando a do jaleco branco.
O pleito foi o ápice de uma espiral de colisões iniciada em 2013, quando as entidades médicas alinharam-se ao conservadorismo mais feroz na oposição ao programa ‘Mais Médicos’.
Classificada como uma fraude, a iniciativa federal de levar cerca de 5,5 mil profissionais cubanos a rincões não cogitados por médicos brasileiros mereceu do Cremesp, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, a seguinte nota, em maio de 2014: ‘Tomaremos iniciativas políticas e eventuais medidas judiciais para impedir essa afronta à saúde da população e à dignidade da medicina brasileira’.
Dr. Anastasia, melhore seus álibis
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O problema das feitiçarias é que elas acabam atingindo os aprendizes de feiticeiro.
É claro que Paulo Roberto Costa montou uma estrutura de apoios políticos para manter sua roubalheira na Petrobras.
Era um, como se diz no jargão da política eleitoral, “viabilizador” de recursos.
O problema das feitiçarias é que elas acabam atingindo os aprendizes de feiticeiro.
É claro que Paulo Roberto Costa montou uma estrutura de apoios políticos para manter sua roubalheira na Petrobras.
Era um, como se diz no jargão da política eleitoral, “viabilizador” de recursos.
Regulação da mídia, será que agora vai?
Por Renata Mielli, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé;
O objetivo da edição 2397 da revista Veja era garantir a derrota da candidata Dilma Rousseff. A divulgação antecipada de sua capa foi tratada como a bala de prata da elite brasileira contra a esquerda e os “petralhas”.
Riram antes, choraram depois. Ficaram atônicos e sem compreender como foi possível a reeleição mesmo com a guerra sem tréguas travada pelos principais veículos de comunicação contra o governo, contra o Partido dos Trabalhadores, e contra a própria Dilma.
Riram antes, choraram depois. Ficaram atônicos e sem compreender como foi possível a reeleição mesmo com a guerra sem tréguas travada pelos principais veículos de comunicação contra o governo, contra o Partido dos Trabalhadores, e contra a própria Dilma.
E o mundo vai piorar, tenham certeza!
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Há muito para se lamentar no assassinato coletivo da redação do Charlie Hebdo.
Na realidade, tudo é lamentável: as mortes covardes; o silêncio imposto a raros talentos que não perderam a coragem de suas ideias.
Mas o atentado de ontem provavelmente irá gerar um efeito muito pior, mais destrutivo, mais vergonhoso, do que ele próprio.
Há muito para se lamentar no assassinato coletivo da redação do Charlie Hebdo.
Na realidade, tudo é lamentável: as mortes covardes; o silêncio imposto a raros talentos que não perderam a coragem de suas ideias.
Mas o atentado de ontem provavelmente irá gerar um efeito muito pior, mais destrutivo, mais vergonhoso, do que ele próprio.
O terrorismo e o suicídio europeu
Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:
O ato terrorista contra os jornalistas do Charlie Hebdo francês, em Paris, que também provocou a morte de um funcionário da revista, de dois policiais no ato e possivelmente de mais um em tiroteio posterior – num total de 12 mortos –, são apenas pontas de uma mesma ameaça.
A Europa inteira está assentada sobre uma bomba-relógio. Não é uma bomba comum, porque casos como o do Charlie Hebdo mostram que ela já está explodindo. Nas pontas da bomba estão duas forças antagônicas, com práticas diferentes, porém com um traço em comum: a intolerância herdeira dos métodos fascistas de antigamente – e de sempre.
A Europa inteira está assentada sobre uma bomba-relógio. Não é uma bomba comum, porque casos como o do Charlie Hebdo mostram que ela já está explodindo. Nas pontas da bomba estão duas forças antagônicas, com práticas diferentes, porém com um traço em comum: a intolerância herdeira dos métodos fascistas de antigamente – e de sempre.
Globo passou a perna no editor
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Em 1962 a Globo associou-se ao grupo Time-Life, em um momento em que as redes norte-americanas tentavam se internacionalizar. Recebeu cerca de US$ 6 milhões, a dólares da época, e um know-how imbatível de operação.
Foi beneficiada por uma CPI conduzida por João Calmon, dos Diários Associados, que levou os gringos a venderem sua parte. O próprio Roberto Marinho adquiriu com financiamento do Banco Nacional autorizado por José Luiz de Magalhães Lins.
Foi beneficiada por uma CPI conduzida por João Calmon, dos Diários Associados, que levou os gringos a venderem sua parte. O próprio Roberto Marinho adquiriu com financiamento do Banco Nacional autorizado por José Luiz de Magalhães Lins.
Tim Maia e as falsificações da Globo
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
Vi muita gente escandalizada com o fato de a Globo ter cortado, na minissérie que pretendia ser um resumo do filme sobre Tim Maia, os trechos em que Roberto Carlos desprezava o ex-colega de banda. O filme - e, portanto, a minissérie - foram baseados no livro Vale Tudo, de Nelson Motta.
Talvez por não envolver um ídolo tão popular, outros casos muitos parecidos e recentes de tentativas da emissora de reescrever a História não mereceram a mesma atenção.
Vi muita gente escandalizada com o fato de a Globo ter cortado, na minissérie que pretendia ser um resumo do filme sobre Tim Maia, os trechos em que Roberto Carlos desprezava o ex-colega de banda. O filme - e, portanto, a minissérie - foram baseados no livro Vale Tudo, de Nelson Motta.
Talvez por não envolver um ídolo tão popular, outros casos muitos parecidos e recentes de tentativas da emissora de reescrever a História não mereceram a mesma atenção.
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