terça-feira, 10 de março de 2015

As razões do ódio das elites ao PT

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Já dissemos anteriormente e o repetimos: o ódio disseminado na sociedade e nas mídias sociais, não é tanto ao PT, mas àquilo que o PT propiciou para as grandes maiorias marginalizadas e empobrecidas de nosso país: sua inclusão social e a recuperação de sua dignidade. Não são poucos os beneficiados dos projetos sociais que testemunharam: “sinto-me orgulhoso não porque posso comer melhor e viajar de avião, coisa que jamais poderia antes, mas porque agora recuperei minha dignidade”. Esse é o mais alto valor político e moral que um governo pode apresentar: não apenas garantir a vida do povo, mas faze-lo sentir-se digno, alguém participante da sociedade.

O panelaço e o analfabetismo político

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Nunca a classe média militou tanto politicamente quanto em tempos recentes. Nas eleições de 2014, atuou diuturnamente nas redes sociais e, mesmo sem ser convocada, saiu voluntariamente por aí com reproduções da Veja para buscar votos.

Tudo isso deve ser saudado como um passo positivo. O processo de criação de novas lideranças é prolongado e atuar em defesa de seus interesses de classe é não só legítimo, como pode servir de escola.

Por que todos querem crucificar Dilma?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Lennon disse numa música, e Dilma poderia repetir: “Do jeito que as coisas estão, vão acabar me crucificando.”

Está na moda crucificar Dilma.

A direita bate nela. A esquerda bate nela. E é curioso: poucos meses atrás, ela foi reeleita com 54 milhões de votos.

Panelaço acirra a disputa política

Por Renato Rovai, em seu blog:

Estudo realizado pela Interagentes analisou a repercussão do pronunciamento de Dilma Rousseff e os protestos da oposição no Twitter. Enquanto a presidenta discursava em cadeia nacional na noite deste domingo (8), o panelaço foi o assunto que dominou a rede social.

O levantamento mapeou cerca de 55 mil perfis que citaram Dilma durante o dia, sendo que o maior volume de mensagens se deu entre 21h e 22h, quando o nome da presidenta foi citado 78.793 vezes.

HSBC: apenas a ponta do iceberg

Por Jerome Roos, no site Outras Palavras:

“O que é recompensado pelo alto é punido por baixo…
Os lucros são privatizados, os prejuízos são socializados”
Eduardo Galeano


Há semanas, divulgou-se o esquema em que o HSBC – maior banco da Europa – participou ativamente da execução e propagação de uma evasão fiscal em larga escala através de sua subsidiária suíça, permitindo que alguns de seus clientes internacionais mais ricos escondessem mais de 120 bilhões de dólares em ativos não declarados em 30 mil contas bancárias secretas. Principais reguladores britânicos, os deputados e funcionários do governo tinham conhecimento das irregularidades e conheciam os nomes dos sonegadores potenciais (incluindo estrelas de cinema, barões das drogas e chefes de estado), mas nunca propuseram acusações criminais.

O voto de confiança em Dilma Rousseff

Editorial do site Vermelho:

Há momentos na vida de uma nação em que o caráter de um povo e de suas lideranças se revela por inteiro, requerendo deles, para além da firmeza, energia e espírito de luta, paciência e serenidade. A fala da presidenta Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e TV na noite deste domingo (8), teve esse sentido. Conclamou o povo brasileiro à unidade, pedindo tempo, paciência e confiança.

O que Brizola diria dos paneleiros?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os mais de vinte anos de convívio diário com Leonel Brizola me fazem, por vício, imaginar como ele reagiria diante de situações como a promovida pelos “paneleiros” da classe média, ontem.

Já fico vendo o velho recebendo os repórteres e dizendo:

segunda-feira, 9 de março de 2015

Panelaço e xingamentos contra Dilma

Por Laura Capriglione, em seu blog:

Não foi o ajuste fiscal e seus efeitos deletérios sobre a população mais pobre o que levou os bairros ricos de 12 capitais, Higienópolis e Leblon como símbolos, a uivar de suas varandas gourmet impropérios contra a presidente eleita do Brasil.

Também não foi a corrupção, ou teriam sido ouvidos apupos endereçados aos peemedebistas Renan Calheiros e Eduardo Cunha, respectivamente presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Os dois apareceram na lista do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, como suspeitos de envolvimento no desvio de recursos da Petrobras.

O panelaço da barriga cheia e do ódio

Por Juca Kfouri, em seu blog:

Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado.

Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci.

O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.

Quem vai investigar Aécio em Furnas?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Os escândalos envolvendo o PT, reais ou imaginários, ocupam milhares de repórteres, todos frenéticos e ambiciosos, tentando um lugar ao sol.

Investigar treta petista, mesmo inexistente, vale promoções, prêmios, aumentos de salário, tapinha nas costas dos patrões.

Investigar escândalo tucano, como sabem os jornalistas mineiros, paranaenses e paulistas, apenas serve para abreviar a carreira.

A imprensa bate panelas

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais de segunda-feira (9/3) fornecem um material precioso para a análise do processo que vimos observando, cuja principal característica é uma ruptura entre o chamado ecossistema midiático e o mundo real. O noticiário e os penduricalhos de opiniões que tentam lhe dar sustentação têm como fato gerador o pronunciamento da presidente da República em rede nacional da TV, mas o que sai nos jornais com maior destaque é a reação de protesto que partiu das janelas de apartamentos nos bairros onde se encastelam as classes de renda média e alta das grandes cidades.

Quem é o repórter-jagunço da 'Veja'

Por Maíra Streit, na revista Fórum:

A coluna “Nas Asas do Planalto”, da revista Veja Brasília, por várias vezes se rendeu à fofoca política para tentar emplacar suas notas entre os leitores mais ácidos e curiosos. Nos textos assinados pelo jornalista Ullisses Campbell, é possível conferir um conhecido deputado da capital aproveitando o Carnaval carioca de máscara e peito desnudo, que, segundo o próprio repórter, teria “arrancado suspiros” por onde passava.

A necessária volta às ruas

Editorial do jornal Brasil de Fato:

A conjuntura política nacional está aumentando a temperatura a cada dia. A burguesia industrial abandonou completamente a aliança que tinha no governo Lula através do programa de neodesenvolvimentismo. Agora, em vez de investimentos e empréstimos no BNDES, prefere fazer especulação financeira e ganhar dinheiro no rentismo. A taxa de investimento de nossa economia está paralisada há mais de dois anos na faixa de 18% do PIB, que é muito baixo (a China investe 30% do PIB) e a maior parcela é de investimento público. A economia está patinando e em diversos setores os preços dispararam.

O panelaço foi uma panelinha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A campanha publicitária contra Dilma tenta, diariamente, dar a impressão de que o governo acabou e que os eleitores de outubro fugiram. Quem viu a cobertura do discurso da presidente, ontem a noite, pode até achar que a única reação dos brasileiros foi abrir a janela para fazer uma batucada numa frigideira e depois assumir o volante do carro para buzinar pela vizinhança. Nada mais falso.

A tarefa para Lula contra o golpismo

Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Por Saul Leblon, no site Carta Maior: 

A separação entre direitos políticos e jurídicos, de um lado, e direitos sociais e econômicos, de outro, marca um período histórico específico da sociedade humana.

O período capitalista.

Aquele em que a democracia promete mais do que o mercado está disposto a conceder.

Sobre a popularidade de Dilma e FHC

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Analisar a evolução da popularidade de Fernando Henrique Cardoso ao longo de seu segundo mandato contribui para a discussão das perspectivas da relação entre Dilma Rousseff e a opinião pública até o fim de 2018. A razão é simples: apesar das grandes diferenças entre os presidentes e seus governos, há semelhanças entre eles.

O elemento comum fundamental, do ponto de vista da opinião pública, é que os dois iniciaram o segundo governo frustrando expectativas da sociedade. Cada um a seu modo, FHC e Dilma prometeram algo que não conseguiram entregar.

Paulistas vaiam e dengue se alastra em SP

Por Altamiro Borges

Neste domingo (8), alguns bairros nobres da capital paulista promoveram panelaços e vaias contra Dilma Rousseff durante seu pronunciamento em rede nacional de rádio e tevê. Talvez os moradores “chiques” destas áreas não estejam incomodados com a grave crise de falta de água, com as panes e superlotações dos trens do Metrô e com a escalada de violência no Estado mais rico do país. Eles também nem devem estar cientes da epidemia de dengue que se alastra por São Paulo. Afinal, a chamada classe média – ou “mérdia” – prefere confiar no noticiário da mídia tucana, regada por generosos anúncios publicitários do governador Geraldo Alckmin. Mas é bom ela ficar esperta. A dengue também pode atingi-la!

domingo, 8 de março de 2015

As vaias golpistas. Acorda Dilma!

Por Altamiro Borges

Durante o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e televisão, neste domingo (8), vaias e panelaços foram ouvidos em alguns bairros da capital paulista. Pela internet foi possível notar que os protestos, aos berros de "Fora Dilma", "Fora PT" e de alguns adjetivos mais raivosos, partiram de regiões da chamada classe média paulistana. De qualquer forma, o barulho deve servir para acordar a presidenta recém-eleita pela maioria do povo brasileiro. Envenenada pela mídia tucana, a direita está excitada com a possibilidade de derrubar governo. Ou Dilma parte para a ofensiva política ou o seu mandato poderá ser encurtado pelas manobras golpistas.

Chefão da ‘Veja’ é defenestrado

Por Altamiro Borges

Depois de fazer o trabalho sujo no Grupo Abril – demissões de funcionários, fechamento de publicações, venda de parte da corporação midiática e inúmeras capas criminosas da revista ‘Veja’ –, o executivo Fábio Barbosa foi defenestrado na semana passada. Segundo o site “Comunique-se”, ele “pediu desligamento”, mas há quem garanta que ele foi enxotado porque não conseguiu salvar o império familiar – que corre sério risco de falência. O ex-banqueiro, que comandou a Abril Mídia por três anos e meio, agora terá um cargo decorativo. Com a sua saída, Giancarlo Civita, herdeiro de Roberto Civita e presidente do conselho da AbrilPar, reassume a presidência-executiva da empresa.

Vitória da neutralidade na rede nos EUA

Por Altamiro Borges

Após vários anos de acirrados debates, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) aprovou, no final de fevereiro, as novas regras para o uso da internet no EUA. Seguindo os passos do Brasil, o primeiro a definir normas que garantem a neutralidade e a liberdade na rede, o órgão derrotou as poderosas empresas do setor, que pretendiam limitar o acesso ao conteúdo para viabilizar maiores lucros. “É um dia muito importante para a internet e seus usuários. A FCC tem finalmente regras para assegurar a neutralidade da net”, comemorou Erik Stalman, diretor do Open Internet Project, em entrevista ao jornal francês Le Monde.