quinta-feira, 7 de maio de 2015

A CNBB está mesmo casada com o PT?

Por Ermanno Allegri, no site da Adital:

"E agora, os Bispos ficaram caminhando ombro a ombro com o PT?” - me perguntou um ‘meio amigo’. Esse amigo tinha lido um panfleto anônimo (como sempre) que acusava a direção da CNBB de fazer o mesmo discurso do PT.

"E você, queria o quê?, comecei a responder, que os bispos abraçassem a causa do PMDB que durante a campanha eleitoral ficou colado na Dilma, no PT e no Lula para se apresentar como partido progressista que colaborou para o progresso do Brasil durante os últimos 12 anos? Só que logo que acabou o segundo turno apunhalou seus eleitores pelas costas: traiu a aliança da campanha e começou a articular o que de mais reacionário existe na burguesia do país.

Direito à Comunicação e Prêmio República

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:



A parceria entre entidades como o Barão de Itararé, o Intervozes e a Artigo 19 recebeu, nesta terça-feira (5), o Prêmio República 2015 de Valorização do Ministério Público Federal, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). O FINDAC (Fórum Interinstitucional pelo Direito à Comunicação), que rendeu a premiação na categoria 'Constitucional e Infraconstitucional', foi criado para sistematizar o debate público entre atores sociais e estatais sobre temas relacionados às áreas da comunicação e do direito - em especial, o arrendamento da radiodifusão. O órgão propõe ações judiciais cabíveis para tutelar o interesse público, reunindo integrantes do MPF e entidades da sociedade civil.


Roberto Freire agride Jandira Feghali

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:





As fotos de Lula Marques (acima) não mentem.

Inacreditável o nível a que chegou a oposição política no Congresso.

PEC da Bengala e a jornada dos tolos

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A noite em que a Câmara de Deputados fez a mudança constitucional batizada como PEC da Bengala constitui uma típica jornada de tolos, episódio célebre da corte de Luis XIII no qual a rainha-mãe Maria de Medicis tentou dar um golpe palaciano mas terminou humilhada por uma manobra do Cardeal Richielieu, sendo forçada a mudar-se para o exílio.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

As mudanças no mercado de mídia

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nos próximos meses haverá mudanças expressivas no mercado publicitário para a Internet, com a implantação progressiva das análises socioeconômicas de audiência.

Até agora, vigorava apenas a audiência, o pageview. Esse modelo promoveu distorções em relação ao que vigorava no mercado impresso. Por lá, a qualificação do leitor vale mais do que a mera tiragem. É o que faz, por exemplo, a publicidade em O Globo custar mais do que no Extra – do mesmo grupo. Ou o segundo no Jornal Nacional mais do que em um programa de auditório.

O chefão da Abert e o monopólio da mídia

Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

O presidente da Associação Brasileira de Rádio e TV (Abert), Daniel Slaviero é sem dúvida um sujeito inteligente, pois a burguesia escolhe bem os quadros que defendem seus interesses. O defeito de Slaviero, no entanto, é uma certa falta de convicção em suas afirmações, como se a voz que saí de sua boca viesse de outro lugar. Mas talvez seja apenas uma impressão.

A oposição que virou panelas…

Por Renato Rovai, em seu blog:

Na década de 80 uma lanchonete se tornou famosa em São Paulo por conta do nome curioso. O Engenheiro que Virou Suco ficava na Avenida Paulista, nas proximidades com a Brigadeiro Luis Antônio. A história do nome é também um pouco o retrato de uma época. Odil Garcez Filho, que já morreu, foi demitido da empresa em que trabalhava. Sem perspectiva de se recolocar, decidiu mudar de ramo. E como tinha boa formação conseguiu se dar melhor que muitos que tiveram o mesmo destino que ele.

O pesadelo da gestão Beto Richa

Por Enio Verri, na revista Teoria e Debate:

O massacre da Polícia Militar contra os professores no dia 29 de abril, que deixou cerca de 200 educadores feridos, é o mais triste sintoma da irresponsabilidade do governo Beto Richa (PSDB) no Paraná, mas não o único.

Se o mandato do tucano terminasse até o dia em que balas de borracha, bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, spray de pimenta e cachorros foram lançados contra os professores, seria marcado “somente” pela incompetência administrativa, como o governador que dirigiu a economia paranaense rumo à bancarrota. Depois do “massacre de 29 de abril” protagonizado pelo secretário de Segurança Pública Fernando Francischini, além da incompetência gerencial, foram adicionados ao legado richista a tirania e o autoritarismo.

A democracia em SP está em risco

Por Maria Izabel Azevedo Noronha, na revista Fórum:

A greve dos professores estaduais fez novamente vir à tona a vocação truculenta e autoritária do Governo do Estado de São Paulo, por vezes disfarçada com o auxílio de parte dos meios de comunicação.

O Governador, o Secretário da Educação e outros membros do Governo insistem em tentar desqualificar o movimento, ora dizendo ser a greve inexistente, ora classificando-a de “inoportuna”, “intempestiva” ou “partidária”.

Impeachment sempre é golpe

Por Breno Altman, em seu blog:

A mobilização em curso, patrocinada por setores da oposição de direita, exigindo a interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff, traz à tona questões jurídicas e políticas fundamentais para a democracia.

O argumento mais corriqueiro, contra a hipótese de afastamento, é de ordem legal: de acordo com o artigo 85 da Constituição Federal e a legislação ordinária, torna-se imperativa prova material quanto a suposto crime de responsabilidade, durante mandato em exercício, para se dar curso a trâmites de impedimento presidencial.

Grécia, ditadura financeira e caos

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

De onde quer que se olhe, o que ocorre hoje na Grécia, ou, antes, entre a Grécia e países e instituições estrangeiras, é um melodrama – um melodrama de proporções épicas. Com melodrama queremos dizer encontro dramático deliberadamente exagerado pelos participantes. Eles fazem ameaças, implícitas e às vezes explícitas. Definem publicamente linhas que não podem ser cruzadas nas negociações. Fazem previsões terríveis sobre o que acontecerá se suas recomendações não forem seguidas. Melodramas aumentam os fatos e insistem em dicotomias morais.

A rotulagem e os deputados transgênicos

Da revista CartaCapital:

A bancada patronal na Câmara dos Deputados venceu mais uma batalha. O grupo de deputados federais que representa os interesses do agronegócio aprovou na última terça-feira (27) um projeto de lei que dispensa as indústrias de informarem no rótulo se o produto comercializado tem origem transgênica.

O panelaço dos ricos e o voto no PT

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Vizinhos, na zona sul de São Paulo, resolveram bater panelas enfurecidos.

O barulho vem de casas que valem mais de 1 milhão de reais. Gente que jamais bateu panela contra fome, dengue, falta de água, ou corrupção de Maluf/Quercia/PSDB.

Barulho lá fora, negócios cá dentro

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais destacam, nas edições de quarta-feira (6/5), mais uma manifestação de eleitores oposicionistas contra o Partido dos Trabalhadores, ocorrida na noite anterior, quando foi ao ar a propaganda da agremiação em rede nacional de TV. Nenhuma surpresa no fato, embora a imprensa registre que o barulho foi menos intenso e ocorreu em menos cidades do que nos protestos do mês de março.

Lula deu uma surra no Panelaço

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A direita não deve ter ficado muito feliz ontem.

Porque o fato é: Lula surrou o Panelaço.

Aconteceu com o Panelaço o mesmo que ocorrera com o Protesto de 12 de abril: murchou, pifou, depois de uma primeira edição surpreendentemente bem sucedida.

Falta de água em SP mobiliza Exército

Por Lúcia Rodrigues, no site Opera Mundi:

Por que o Comando Militar do Sudeste (CMSE) está interessado na crise da falta de água em São Paulo?

A resposta veio na tarde da última terça-feira, 28 de abril, durante o painel organizado pelo Exército, que ocorreu dentro de seu quartel-general no Ibirapuera, zona sul da capital paulista.

Durante mais de três horas de debate, destinado a oficiais, soldados e alguns professores universitários e simpatizantes dos militares que lotaram o auditório da sede do comando em São Paulo, foi se delineando o real motivo do alto generalato brasileiro estar preocupado com um assunto que aparentemente está fora dos padrões de atuação militar.

É contra Lula que se batem panelas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não importa que tenha sido restrito aos bairros de elite e resultado de uma ação combinada pelas organizações de direita que se aninham nas redes sociais.

O “panelaço” das varandas não vai sair da cena política.

Veio para ficar, como o “Tea Party” não desapareceu nos EUA, como os partidos de extrema-direita ressuscitaram do pré- 2a. Guerra e da Guerra Fria na Europa, como acontece no Leste Europeu com partidos de inspiração – evidentemente negada, e nem sempre – nazista.

A mídia e o "confronto" no Paraná

Por Dandara Lima, no site da UJS:

É bizarra, para dizer o mínimo, a forma como os grandes veículos de comunicação (PIG, para os íntimos) noticiam a repressão contra manifestantes.

Confronto! Para o PIG, pessoas assustadas correndo de uma polícia violenta e equipada com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e cassetetes é um confronto.



terça-feira, 5 de maio de 2015

O cerco à greve dos professores de SP

Por Altamiro Borges

Deflagrada em 13 de março, a greve dos professores da rede pública de São Paulo sofre brutal cerco do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que se recusa a negociar com o sindicato da categoria (Apeoesp) e adota várias medidas repressivas. Nesta semana, o grão-tucano anunciou o corte dos salários dos grevistas. Na anterior, o governo paulista já havia conseguido derrubar na Justiça uma decisão liminar que autorizava a entidade sindical a divulgar a paralisação nas escolas. O violento cerco do tucanato conta com a cumplicidade da mídia chapa-branca, que faz de tudo para inviabilizar a massiva mobilização da categoria que já dura quase dois meses. Em editorias e comentários hidrófobos, a mídia tucana demoniza os grevistas e esconde o “picolé de chuchu”.

Vencer a batalha das ideias

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

“E quando, finalmente, a esquerda chegou ao governo, tinha perdido a batalha das ideias.”A afirmação de Perry Anderson sintetiza o maior desafio para os que queremos superar e substituir o neoliberalismo em todas suas dimensões.

Significa que o neoliberalismo fracassou como proposta econômica, o que abre a possibilidade para que a esquerda apareça como alternativa de governo. Quando chega ao governo, tem que enfrentar toda a herança maldita do neoliberalismo: recesso, enfraquecimento do Estado, desindustrialização, fragmentação social, entre outras coisas.