quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Dilma e o 'New York Times'

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país onde a visão externa costuma ser referência para tantas pessoas, é impressionante que o editorial do New York Times sobre a situação política brasileira tenha tido uma repercussão tão pequena. Trata-se de um assunto que o jornal conhece muito bem.

Nos últimos 40 anos, ocorreram duas tentativas de afastar um presidente norte-americano do posto. Uma delas, de Richard Nixon, foi considerada exemplar. A outra, contra Bill Clinton, fracassou - e todos se felicitam pelo fato do país ter evitado um vexame.

Prendem o boneco porque temem o homem

Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula
Por Adalberto Monteiro, no site da Fundação Maurício Grabois:

O boneco inflável com a cara do ex-presidente Lula representa o delírio daqueles que não suportam a redução das desigualdades sociais. É o troféu de guerra de quem não aceita os outrora pobres, hoje nas universidades e em aeroportos.

Ex-presidente Lula. Ex-presidente Lula. Eles se desesperam, se descabelam porque, mesmo depois de terem despejado pela grande mídia uma tonelada de infâmias contra Lula, não conseguem arrancar o ex-presidente do coração do povo e da consciência dos que lutam por um Brasil soberano, democrático e desenvolvido.

As marchas e os cúmplices da corrupção

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                            

Eles se dizem indignados com a corrupção no Brasil. Mentira. Não se viu no último domingo uma faixa, uma bandeira ou um miserável cartaz contra o financiamento empresarial de campanhas, mãe de nove entre dez esquemas de corrupção.

Eles acusam o PT de ter inventado a corrupção no Brasil, pregam prisão, cadeia e morte para Lula e Dilma, mas são incapazes de defender a reforma política, com soberania popular através de plebiscito, e Constituinte exclusiva, única maneira de mudar radicalmente o jeito de se fazer política no país.

Dr. Moro vai prender o Bill Gates?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Lula não tinha a obrigação de mostrar quem o contratou para palestras, desde que deixou a Presidência.

Mas mostrou.

41 empresas e instituições pagaram para que Lula falasse, em 70 palestras, para seus empregados, clientes e empresários – os seus e os de suas relações.

Não consta que qualquer delas tenha ido ao Procon, decepcionada com a qualidade e a atratividade destes eventos.

Brasil: Para onde queremos ir?

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Quando a névoa da crise embaralha os pontos cardeais de uma sociedade, o oportunismo pode conduzir cidadãos, governos e partidos a um sumidouro da história.

Nele todos perdem e a nação resta esfacelada.

Não raro, permanece no limbo anos a fio.

A chamada década perdida dos anos 80 foi um desses desvãos, que restringiu o PIB per capita a uma variação medíocre de 0,8%, em média, no período,

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Beto Richa e o palhaço preso no PR



Por Altamiro Borges

A PM sob o comando de Beto Richa, governador do Paraná, está fora do controle. Em 29 de abril, ela promoveu o brutal massacre dos professores em greve, que resultou em mais de 200 feridos. As cenas da barbárie repercutiram na mídia internacional, causaram a exoneração do secretário de Segurança e fizeram despencar os índices de popularidade do tucano. Já na última sexta-feira (14), a polícia voltou a abusar do seu poder. Durante um festival de teatro em Cascavel, no interior do Estado, ela prendeu o palhaço Leonides Taborda Quadra, conhecido como Tico Bonito, que satirizou o comportamento da PM - que "só protege o burguês e o Beto Richa" e "são seguranças particulares pagos pelo povo".

FHC não tem grandeza nem moral

Por Altamiro Borges

- Folha: Renúncia de Dilma seria um ‘gesto de grandeza’, diz FHC

- O Globo: FH surpreende, sugere renúncia e revolta o PT

- Estadão: FHC diz que renúncia seria um ‘gesto de grandeza’ de Dilma


FHC foi novamente manchete nos jornalões desta quarta-feira (18). Apesar de ser o presidente mais rejeitado da história recente do país e da sua total incoerência e oportunismo - cada dia fala uma coisa -, o grão-tucano segue com forte prestígio entre os barões da mídia. Desta vez, FHC bravateou que "a renúncia de Dilma seria um gesto de grandeza" e que seu governo é "ilegítimo". De conciliador, que elogiou a presidenta em recente entrevista para um jornal alemão - bem longe do Brasil -, ele voltou a vestir o figurino de político hidrófobo e golpista. Talvez tenha ficado com medo dos fascistas mirins, que ultimamente o batizaram de vários adjetivos: "traidor", "gagá", "senil" e outros impublicáveis.

Polícia de Alckmin e protesto na Paulista

Por Wevergton Brito Lima, no site Vermelho:

No último dia 7 de agosto um policial militar de 42 anos, Avenílson Pereira de Oliveira, foi executado com quatro tiros em Osasco, quando estava à paisana, em um posto de gasolina. Não se sabe o motivo do crime, pois os marginais nada levaram do posto.

Menos de uma semana depois, dez pessoas, divididas em três grupos, realizaram uma série de atentados em Osasco e Barueri, na noite de quinta-feira (13), que terminou com 18 mortos e 6 feridos. Os crimes seguiram um padrão: homens encapuzados chegavam em um carro e uma moto, perguntavam quem tinha ficha criminal e atiravam.

Governo tem dois desafios no Congresso

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Os ecos de domingo ainda estão no ar, o PSDB sobe o tom, mas o governo se concentra é na consolidação da melhora do ambiente político conseguida na semana passada. Para isso, terá que vencer, no jogo com o Congresso que recomeça hoje, dois obstáculos que estão em pauta: aprovar no Senado o último projeto do ajuste fiscal, o da reoneração das empresas, e evitar que a Câmara aprove, tal como está proposto, o projeto que aumenta a correção dos recursos do FGTS. Além de seu enorme custo fiscal, o projeto teria impacto sobre as prestações dos mutuários do Minha Casa Minha Vida e afetaria o setor de construção civil, grande gerador de empregos.

A ofensiva conservadora e as crises

Por Samuel Pinheiro Guimarães, no jornal Brasil de Fato:

1. A sociedade brasileira está diante de uma ofensiva conservadora que se aproveita de entrelaçadas crises na economia, na política, nas instituições do Estado, na imprensa e nos meios sociais para fazer avançar seus objetivos;

2. A suposta crise econômica ofereceu pretexto para implantar um programa neoliberal de acordo com o Consenso de Washington: privatização, abertura comercial e financeira, ajuste orçamentário, flexibilização do mercado de trabalho, redução do Estado, tudo com a aprovação do sistema financeiro nacional, por um Governo eleito pela esquerda;

Sede do PT é invadida. Cadê o Cardozo?

Por Altamiro Borges

Na madrugada de segunda-feira (17), a sede do diretório municipal do PT de São Paulo foi invadida. Não houve furto, mas os gatunos vasculharam gavetas e armários - o que aumenta a suspeita de que a ação foi política, uma típica iniciativa de intimidação. Esta já é a quarta ação contra uma organização de esquerda nos últimos meses, o que pode indicar que alguns grupelhos direitistas - que organizam as marchas pelo impeachment de Dilma Rousseff e até pelo retorno dos militares ao poder - já podem ter descambado para as ações terroristas. Diante deste grave risco, uma pergunta não quer calar: cadê o ministro da Justiça, o sempre tão "republicano" José Eduardo Cardozo? Ele tem a dimensão do alcance da escalada fascista no Brasil, que coloca em risco a própria democracia?

Boneco do Lula e a ressaca do domingo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Quem é de praia sabe que ressaca não é só um fenômeno que acontece no dia seguinte de um grande porre. O termo, aliás, era originalmente utilizado para denominar a chegada de ondas violentas à costa, ou se preferirem à praia. Em geral, elas começam impulsionadas por rajadas de vento que mexem com as correntes marítimas e fazem a água se dirigir de forma mais veloz até encontrar o litoral.

Vencemos a primeira batalha contra o golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Vencemos a primeira grande batalha contra o golpe.

Mas é claro que o golpismo não vai evaporar de uma hora para outra.

As lideranças do PSDB não querem perder o capital político das manifestações.

Não querem ser chamados de "traíras" ou "cagões".

Mesmo sabendo que não haverá impeachment, vários caciques tucanos voltaram a pregar o golpe, de olho no eleitorado coxinha que foi às ruas no último domingo.

Facebook e as mortes de Lula e Dilma

Por Mauro Santayana, em seu blog:



O Instituto Lula pediu ao Facebook que retire da rede a página em que centenas de usuários de direita e extrema direita pedem a morte do ex-presidente da República, na qual aparece também, em um comentário, a mórbida, macabra, montagem acima, mas nenhuma atitude foi tomada pela empresa até agora.

Quem foi para a Paulista no dia 16?

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Nasci em São Paulo. Sou filho da classe média paulistana. Desde 84 ou 85, reconheço os conservadores paulistanos na primeira frase.

Eles já foram janistas (contra o FHC “ateu” em 85, lembram?), depois malufistas (nos embates contra a Erundina “sapatão” e a Marta “vagabunda” – que agora acha que será aceita de volta). Nos últimos tempos, se disfarçam de tucanos. Mas podem virar bolsonarianos, caiadistas… Qualquer coisa serve, desde que signifique a defesa de um estilo de vida individualista, dominado por falso moralismo e por clara devoção aos EUA.

A cavalgada de FHC contra a democracia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

FHC não cansa de dizer, e com alguma razão, que trouxe a estabilidade econômica ao Brasil.

Isso, em si, seria uma razão para a posteridade dar a ele o valor de um grande presidente.

Mas ele, nos últimos tempos, está anulando sua, como os ingleses gostam de dizer, finest hour, o seu melhor momento.

Movimentos sociais: "saída pela esquerda"

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

Movimentos sociais e centrais sindicais esperam levar milhares de pessoas às ruas em todo o país nesta quinta-feira (20) com a proposta de construção de uma agenda popular em contraposição à Agenda Brasil e ao ajuste fiscal. As organizações defendem que os trabalhadores não podem pagar pela crise e cobram reformas estruturais. As informações foram dadas em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje (17), em São Paulo.

FHC ainda está solto? A culpa é do PT!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O PiG se lambe com o inconsequente pedido do Príncipe da Privataria: Dilma, renuncie ou reconheça sua subalternidade intelectual.

Ele não tem autoridade moral para recriminar um batedor de carteira.

Comprou a reeleição, saiu do governo para uma fazenda em Minas, tem outra fazenda dentro da metrópole de Osasco e vendeu a telefonia a Daniel Dantas e assemelhados numa Privataria que é a maior roubalheira da história do Brasil.

Marcha fascista foi mais do mesmo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Chega a ser tedioso analisar as manifestações fascistas que, desidratadas, voltaram a dar o seu showzinho de estupidez e bizarrice no último domingo (16/8). Que novidade trouxeram? Acompanharam o aumento da rejeição ao governo ou perderam força apesar de a popularidade de Dilma ter despencado desde a manifestação dessa gente em 15 de março?

O gráfico abaixo mostra, com dados do Datafolha, o que aconteceu na mais dinâmica manifestação fascista do país, a de São Paulo, pois as outras, em termos de público, perderam ainda mais força – e o que aconteceu foi que, apesar do aumento da rejeição a Dilma, o número de manifestantes despencou. Confira:

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Os protestos e a estratégia da Globo

Por Gustavo Gindre, na revista CartaCapital:

Muita gente estranhou o recente comportamento da Globo, depois de uma conversa de dirigentes da empresa com senadores petistas. O grupo passou a moderar sua cobertura do governo Dilma e, em editorial do jornal impresso O Globo, chegou a pedir que as forças políticas atuem em prol da governabilidade. Da surpresa surgiram diversas explicações estapafúrdias. De um lado, petistas achando que a Globo teria se rendido à força dos governos do PT. De outro lado, nas passeatas deste domingo 16, houve quem dissesse que a Globo era comunista.