A publicação de O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty, não deixou dúvidas sobre a importância fundamental das fontes fiscais para o estudo da desigualdade de renda e de riqueza. Em sua pesquisa histórica sobre o tema, o economista francês utilizou dados e comparativos que abrangem três séculos e cerca de vinte países. A questão da desigualdade mereceu estudo profundo, sistemático e metódico, levado adiante por uma numerosa equipe de pesquisadores de todo o mundo.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Tributos e a redução da desigualdade
A publicação de O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty, não deixou dúvidas sobre a importância fundamental das fontes fiscais para o estudo da desigualdade de renda e de riqueza. Em sua pesquisa histórica sobre o tema, o economista francês utilizou dados e comparativos que abrangem três séculos e cerca de vinte países. A questão da desigualdade mereceu estudo profundo, sistemático e metódico, levado adiante por uma numerosa equipe de pesquisadores de todo o mundo.
Ódio no Brasil? Sim, de classe
Por Mino Carta, na revista CartaCapital:
A crise econômica oferece à casa-grande a oportunidade de impor sua vontade, favorecida pela leniência de quem haveria de resistir. E está claro que, antes de econômica, a questão é politica e social, e diz respeito à estrutura medieval da sociedade nativa. Sofre de miopia quem supõe, do ponto de vista político, que tudo se resuma na disputa de poder entre PT e PSDB, acirrada por níveis de ódio nunca dantes navegados, enquanto PMDB ora assiste de camarote, ora joga lenha na fogueira. Que o diga o vice Temer ao vaticinar impávido que Dilma, de tão impopular, não resiste até o fim do mandato.
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
S&P, Levy e os desafios da economia
Por Lindbergh Farias
Na quarta-feira (9), a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota do Brasil de BBB- para BB+. Para a S&P, o Brasil deixou de ter o grau de investimento, passando a ter uma nota que corresponde ao nível especulativo. Contudo, é óbvio que o governo não deixará de honrar seus compromissos com os credores. A S&P é a agência que avaliou com Triplo A, grau máximo de segurança, os títulos subprime que provocaram a grande crise financeira americana de 2008. Não podemos nos esquecer ainda que essa mesma agência atribuiu classificação máxima ao Lehman Brothers no mesmo mês em que o banco americano quebrou. Pois bem, qual nota essas agências merecem? Paul Krugman, em 2011, ao comentar a decisão da S&P de rebaixar a nota dos EUA, disse: "essa agência é a pior instituição a qual alguém deveria recorrer para receber opiniões sobre as perspectivas do nosso país".
Na quarta-feira (9), a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota do Brasil de BBB- para BB+. Para a S&P, o Brasil deixou de ter o grau de investimento, passando a ter uma nota que corresponde ao nível especulativo. Contudo, é óbvio que o governo não deixará de honrar seus compromissos com os credores. A S&P é a agência que avaliou com Triplo A, grau máximo de segurança, os títulos subprime que provocaram a grande crise financeira americana de 2008. Não podemos nos esquecer ainda que essa mesma agência atribuiu classificação máxima ao Lehman Brothers no mesmo mês em que o banco americano quebrou. Pois bem, qual nota essas agências merecem? Paul Krugman, em 2011, ao comentar a decisão da S&P de rebaixar a nota dos EUA, disse: "essa agência é a pior instituição a qual alguém deveria recorrer para receber opiniões sobre as perspectivas do nosso país".
Globo: "Jogo 10 da Noite, NÃO"!
10 da noite! Enquanto a bola começava a rolar na Arena Itaquera, na Vila Belmiro e no Couto Pereira, as redes sociais assistiam ao lançamento da campanha “Jogo 10 da noite, NÃO!”. Idealizada pelo Coletivo Futebol, Mídia e Democracia, do Centro de Estudos Barão de Itararé, a campanha trazia em seu post de apresentação o seguinte texto:
A instalação do Fórum-21 no DF
Por Najla Passos, no site Carta Maior:
Cerca de 40 intelectuais, militantes políticos e representantes de movimentos sociais e de entidades da sociedade civil participaram, na noite desta terça (8), da criação do capítulo Brasília do Fórum 21, definido pelos seus idealizadores como “um espaço de convergência e de debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil”.
O que une os pregadores do ódio?
Por Antonio Barbosa Filho
Em junho de 2015, Daniel Barbosa, de 42 anos, publicou nas redes sociais um vídeo no qual ofende e provoca um imigrante haitiano, frentista num posto de gasolina em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Ele acusa o imigrante de tomar emprego dos brasileiros, a se declara um lutador contra o “Foro de São Paulo e a infiltração de paramilitares cubanos e venezuelanos no Brasil”.
Em junho de 2015, Daniel Barbosa, de 42 anos, publicou nas redes sociais um vídeo no qual ofende e provoca um imigrante haitiano, frentista num posto de gasolina em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Ele acusa o imigrante de tomar emprego dos brasileiros, a se declara um lutador contra o “Foro de São Paulo e a infiltração de paramilitares cubanos e venezuelanos no Brasil”.
Unidade popular para derrotar a direita
Editorial do site Vermelho:
Numa entrevista publicada no último domingo (6), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou que é preciso restabelecer a harmonia política entre o governo, a Câmara dos Deputados e os partidos para superar a crise política.
A preocupação de Lula é correta. A crise é profunda; ela tem raízes na conturbada situação que o capitalismo enfrenta, sobretudo na Europa e nos EUA, e que afeta agora também os países emergentes. A China, que tem sido a locomotiva do desenvolvimento mundial nestes anos, dá sinais visíveis de contágio e procura soluções para equilibrar sua economia, que continua a crescer a taxas monumentais mesmo tendo apresentado recuos que se espalham por outras nações – o Brasil entre elas.
Numa entrevista publicada no último domingo (6), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou que é preciso restabelecer a harmonia política entre o governo, a Câmara dos Deputados e os partidos para superar a crise política.
A preocupação de Lula é correta. A crise é profunda; ela tem raízes na conturbada situação que o capitalismo enfrenta, sobretudo na Europa e nos EUA, e que afeta agora também os países emergentes. A China, que tem sido a locomotiva do desenvolvimento mundial nestes anos, dá sinais visíveis de contágio e procura soluções para equilibrar sua economia, que continua a crescer a taxas monumentais mesmo tendo apresentado recuos que se espalham por outras nações – o Brasil entre elas.
Downgrade reabre agenda do impeachment
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
O dia será de estresse no mercado e de fervura política no Congresso. O rebaixamento da nota de risco do Brasil pela agência Standard & Poors, afora derrubar ações na bolsa e assoprar o câmbio, levará água para o moinho do impeachment, tese que havia perdido força com a virada de agosto. A oposição lançará na Câmara a primeira iniciativa formal, uma frente orgânica suprapartidária pró-impeachment. O tempo ficou mais curto para Dilma e seu governo. Se antes do rebaixamento falava-se no envio de um pacote fiscal para equilibrar o orçamento até o final do mês, agora será preciso acelerar estas providências, com demonstrações rápidas e convincentes de contenção do gasto e algum inevitável aumento de imposto.
O dia será de estresse no mercado e de fervura política no Congresso. O rebaixamento da nota de risco do Brasil pela agência Standard & Poors, afora derrubar ações na bolsa e assoprar o câmbio, levará água para o moinho do impeachment, tese que havia perdido força com a virada de agosto. A oposição lançará na Câmara a primeira iniciativa formal, uma frente orgânica suprapartidária pró-impeachment. O tempo ficou mais curto para Dilma e seu governo. Se antes do rebaixamento falava-se no envio de um pacote fiscal para equilibrar o orçamento até o final do mês, agora será preciso acelerar estas providências, com demonstrações rápidas e convincentes de contenção do gasto e algum inevitável aumento de imposto.
Os barões e a crise da mídia
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
Imprensa e democracia têm tudo em comum. Uma não existe sem a outra. É preciso liberdade para levar informações relevantes a todos os cidadãos. Por outro lado, sem informação de qualidade não se garante um ambiente efetivamente democrático.
É preciso cuidar dos dois lados. Um olho na democracia, outro no jornalismo. A onda de demissões nos grandes jornais brasileiros é, por isso mesmo, motivo de preocupação. Pode ser que, de uma só vez, se esteja atentando contra os dois lados. Abrindo o flanco para uma sociedade de pessoas desinformadas e com menos autonomia na tomada de decisões e vitaminando um jornalismo marcado por interesses particulares.
Imprensa e democracia têm tudo em comum. Uma não existe sem a outra. É preciso liberdade para levar informações relevantes a todos os cidadãos. Por outro lado, sem informação de qualidade não se garante um ambiente efetivamente democrático.
É preciso cuidar dos dois lados. Um olho na democracia, outro no jornalismo. A onda de demissões nos grandes jornais brasileiros é, por isso mesmo, motivo de preocupação. Pode ser que, de uma só vez, se esteja atentando contra os dois lados. Abrindo o flanco para uma sociedade de pessoas desinformadas e com menos autonomia na tomada de decisões e vitaminando um jornalismo marcado por interesses particulares.
Cobrar impostos de quem tem mais
O desequilíbrio fiscal pode afundar a economia. Trocando em miúdos, se o país continuar a gastar mais do que arrecada em breve o investidor começará a tirar dinheiro daqui e aplicar em outros países que não corram risco de, em algum lugar no futuro, quebrar, pois quem gasta mais do que ganha pode até pagar as contas enquanto tiver reservas, mas, em algum momento, essa pessoa, empresa ou país deixará de cumprir seus compromissos.
Ou é Lula ou é Levy
Por Renato Rovai, em seu blog:
Num momento em que está sob ataque intenso de agentes internos e externos, o governo Dilma acumulou uma série histórica de trapalhadas que permitiu que uma agência de risco que foi condenada em fevereiro último a pagar multa de US$ 1,37 bilhão às autoridades americanas por haver enganado investidores sobre a qualidade dos créditos imobiliários “subprimes”, anunciasse ontem que o Brasil está na roça financeira sem que o governo tivesse qualquer capacidade de reação.
O que é, afinal, a Frente Brasil Popular?
Por Breno Altman, em seu blog:
No último dia 5 de setembro, em Belo Horizonte, 2,5 mil delegados vindos de 21 estados e do Distrito Federal lançaram uma nova coalizão, agrupando movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e personalidades.
Estavam presentes entidades tradicionais, como a CUT, o MST e a UNE, ao lado de PT e PCdoB, entre outras legendas.
No último dia 5 de setembro, em Belo Horizonte, 2,5 mil delegados vindos de 21 estados e do Distrito Federal lançaram uma nova coalizão, agrupando movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e personalidades.
Estavam presentes entidades tradicionais, como a CUT, o MST e a UNE, ao lado de PT e PCdoB, entre outras legendas.
Os jornais e os bonecos de Lula e Dilma
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Isto é Folha.
E a Folha, em editorial, faz uma declaração de amor aos bonecos produzidos pela ultradireita.
Eles simbolizam, segundo a Folha, a “crescente ojeriza” dos brasileiros pelo PT.
Quer dizer: Dilma teve há seis meses 54 milhões de votos e se reelegeu para mais um mandato, o quarto consecutivo do PT.
Isto é Folha.
E a Folha, em editorial, faz uma declaração de amor aos bonecos produzidos pela ultradireita.
Eles simbolizam, segundo a Folha, a “crescente ojeriza” dos brasileiros pelo PT.
Quer dizer: Dilma teve há seis meses 54 milhões de votos e se reelegeu para mais um mandato, o quarto consecutivo do PT.
Nota de rebaixamento do Brasil é 'cascata'
Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:
O título deste post pode ter dois sentidos. Exploremos ambos.
Primeiro, simplesmente, cascata, no sentido de conversa fiada, sem consistência e vinda de quem não inspira credibilidade. Desde a crise de 2007/2008, que levou o mundo à recessão inacabada que começou em 2008/2009, três agências que pretendem determinar a governança dos investimentos financeiros internacionais, a Standard & Poor's (que deu a nota de rebaixamento para o Brasil), a Moody's e a Fitch Ratings, estão sob suspeita, e tentando recuperar sua credibilidade.
Primeiro, simplesmente, cascata, no sentido de conversa fiada, sem consistência e vinda de quem não inspira credibilidade. Desde a crise de 2007/2008, que levou o mundo à recessão inacabada que começou em 2008/2009, três agências que pretendem determinar a governança dos investimentos financeiros internacionais, a Standard & Poor's (que deu a nota de rebaixamento para o Brasil), a Moody's e a Fitch Ratings, estão sob suspeita, e tentando recuperar sua credibilidade.
As ameaças de golpe via TCU
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Ando recebendo muitas mensagens de internautas que continuam preocupados com as ameaças de golpe de Estado, no caso um golpe tipo hondurenho, via tribunais altamente politizados, mancomunados, como sempre, à mídia.
Os meios de comunicação acham que podem enganar as pessoas, e talvez possam mesmo, mas não todas e não por muito tempo.
O Globo publicou, há dias, entrevista com um secretário do Tribunal de Contas da União (TCU), Leonardo Rodrigues Albernaz, no qual ele faz uma série de acusações intempestivas ao governo.
Os meios de comunicação acham que podem enganar as pessoas, e talvez possam mesmo, mas não todas e não por muito tempo.
O Globo publicou, há dias, entrevista com um secretário do Tribunal de Contas da União (TCU), Leonardo Rodrigues Albernaz, no qual ele faz uma série de acusações intempestivas ao governo.
Standard & Poors e o preço da indecisão
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O governo Dilma acaba de colher outro fruto amargo de sua indecisão.
O rebaixamento da nota de risco do Brasil pela Standard & Poors não tem, em si, nenhum significado econômico.
O Brasil é e continua sendo, no horizonte visível, “bom pagador” e ponha bom pagador nisso, porque paga muito além do que precisaria pagar a quem compra os títulos da dívida pública.
O governo Dilma acaba de colher outro fruto amargo de sua indecisão.
O rebaixamento da nota de risco do Brasil pela Standard & Poors não tem, em si, nenhum significado econômico.
O Brasil é e continua sendo, no horizonte visível, “bom pagador” e ponha bom pagador nisso, porque paga muito além do que precisaria pagar a quem compra os títulos da dívida pública.
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