quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Globo manipula até no cinema

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Ricardo Calil não entendeu nada. No blog que mantem no UOL, o crítico de cinema estranhou a forma como o jornalismo da TV Globo tratou o filme “Que Horas Ela Volta?”.

O filme, diz Calil, é “uma reflexão crítica sobre as contradições sociais brasileiras centrada nas relações entre uma família de classe alta de São Paulo, sua empregada doméstica e a filha desta (que chega do Recife e fica morando um tempo na casa dos patrões). O filme de Anna Muylaert – que vem fazendo merecido sucesso mundo afora e foi escolhido como candidato brasileiro ao Oscar – revela o quanto ainda há de “Casa Grande e Senzala” nessas relações e o quanto o Brasil se libertou das heranças escravagistas nos últimos anos.”

A defesa da legalidade e a democracia

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

A direita tem sido o principal fator de instabilidade política no Brasil. Em defesa de seus privilégios, nunca hesitou em dar as costas à legalidade e ameaçar a ordem institucional.

Um dos principais atos antidemocráticos promovidos por ela foi, em 1961, a tentativa de vetar a posse, na Presidência da República, do vice João Goulart, após a renúncia do titular, Jânio Quadros, em 25 de agosto daquele ano.

Goulart era considerado herdeiro político de Getúlio Vargas, o presidente odiado pelos conservadores que, em 24 de agosto de 1954, deu a própria vida para barrar o golpe em andamento para afastá-lo do cargo, em meio a uma campanha recheada, como hoje, por questionáveis denúncias de corrupção contra o presidente.

O "clube amável" do golpismo


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Publico, com certa tristeza, a ótima intervenção do deputado paulista Orlando Silva, do PCdoB paulista, na sessão de ontem da Câmara dos Deputados.

Tristeza, porque boa parte da esquerda, ao contrário dele, assumiu a ideia de que o Parlamento é aquilo que o velho Leonel Brizola chamou, um dia, de “clube amável da política, com Vossa Excelência pra cá, Vossa Excelência pra lá…”

Reforma ministerial e jogo do impeachment

Por Renato Rovai, em seu blog:

Nada com um dia após o outro para se fazer análises atualmente. A situação política é tão tensa e tão sensível que quem não quer errar muito tem que aprender a fazer avaliações à frio. Ou no mínimo à morno. No calor da hora é extremamente arriscado.

Ontem escrevi logo após o anúncio das medidas pelos ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa que Dilma havia elegido um novo inimigo, os funcionários públicos e seus sindicatos. Bingo!

Hoje já há lideranças sindicais falando em convocar uma greve geral dos servidores. Foi uma análise à quente, mas muito óbvia também e que por isso difícil de errar. Não é possível imaginar que a presidenta e seus principais ministros e assessores não tenham feito este cálculo na proporção dos riscos que ele pode vir a gerar pra um governo já combalido. Ou seja, eles devem ter uma solução para isso.

Saída à esquerda ou definhamento

Por Francisco Fonseca, no site Carta Maior:

A crise política que estamos vivenciando de forma aguda assume diversas feições, mas fundamentalmente é consequência da imbricação de várias crises, tal como procurei analisar no artigo publicado neste Portal em 14/07/2015, intitulado “As Três Crises do Governo Dilma”. Como o afirmamos naquele artigo, as causas da crise têm proveniências distintas:

a) a reação do rentismo que, embora confortável em seus lucros, viu os mesmos diminuírem em contraste ao aumento da participação dos salários no PIB durante os Governos Lula/Dilma; 

Guerra do impeachment chega ao plenário

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Até aqui, as articulações e pregações da oposição para remover a presidente Dilma do governo ocorriam nos gabinetes, nas entrevistas aos jornalistas no salão verde e nas redes sociais. Ontem, pela primeira vez, a luta política desembarcou no plenário da Câmara, dominou a sessão e adiou votações. A ofensiva da oposição encontrou reação à altura dos governistas e até o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, foi chamado de golpista.

A urgência da Frente Brasil Popular

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Derrotada nas eleições de 2014 (terceira derrota seguida), a direita intenta depor a presidente Dilma Rousseff mediante o artifício de um impeachment sem base fática, sem arrimo jurídico, apoiado tão simplesmente no ódio vítrio dos derrotados sem consolo. Mas, para além de destituir a presidente, o projeto da direita visa ao retrocesso social.

O eventual impeachment não é o fim, não é o objetivo final, não é a meta, mas o instrumento (e não é pouco) a partir do qual será levado a cabo o projeto de retrocesso social, politico e econômico em curso.

Oposição dá o primeiro tiro do impeachment

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O golpômetro ficou doido.

Aparentemente vai ser assim por tempo indeterminado, pois é exatamente isso o que caracteriza um momento de instabilidade, o sobe e desce enlouquecido dos índices de estabilidade do governo.

Horas depois de cair quatro pontos, volta a subir mais cinco, por causa do avanço das movimentações da oposição para aplicar um golpe parlamentar.



Chico Buarque em amistoso com o MST

terça-feira, 15 de setembro de 2015

O melancólico papel de Hélio Bicudo



Por Altamiro Borges

O advogado Hélio Bicudo se projetou no cenário nacional no período sombrio do regime militar. De forma corajosa, ele denunciou os "esquadrões de morte" acobertados pela ditadura e tornou-se uma referência na luta pelos direitos humanos. Sem nunca abdicar da sua visão liberal da democracia, ele ajudou a fundar o PT, fez parte do governo de Luiza Erundina, elegeu-se deputado federal em 1990 e foi vice-prefeito de Marta Suplicy. Alegando "problemas pessoais", nunca explicitados, ele rompeu com o PT em 2005. Na eleição presidencial de 2010, Hélio Bicudo já garantiu os holofotes da mídia ao apoiar Marina Silva (PV), no primeiro turno, e o tucano José Serra, no segundo. Agora, porém, ele chega ao fundo do poço ao se aliar aos fascistas mirins que exigem o impeachment de Dilma.

Alckmin justifica "caviar" de João Doria

Por Altamiro Borges

Pegou mal nas redes sociais a denúncia de que o governador tucano Geraldo Alckmin bancou R$ 1,5 milhão dos cofres públicos em publicidade nas 'revistas' do empresário-golpista João Doria Jr. - entre elas, na desconhecida "Caviar Lifestyle", ou estilo de vida caviar. A própria Folha, que revelou o fato escandaloso sem maior alarde, já prepara a operação-abafa. Em matéria nesta segunda-feira (14), ela quase pede desculpas pelo incômodo causado ao generoso amigo do PSDB. "A Folha não registrou a posição do governo em reportagem publicada neste domingo por um problema técnico", lamenta.

Ultimato aos golpistas: respeitem as urnas

Por Altamiro Borges

Como costuma afirmar o "filósofo" José Simão, quem fica parado é poste! Diante do "ultimato" da mídia golpista e da decisão da oposição de promover "dias de caos" para acelerar o impeachment de Dilma, as forças de sustentação do governo democraticamente eleito decidiram reagir. Nesta terça-feira (15), líderes do PT, PCdoB, PMDB, PDT, PSD e PROS entregaram à presidenta um documento em que reafirmam a disposição de lutar "em defesa da democracia e do mandato popular" conferido pela maioria do povo brasileiro. O texto serve de ultimato aos golpistas: respeitem as urnas!

A moralidade caolha e a trama golpista

A última chance da decadente "Folha"

Por Altamiro Borges

A famiglia Frias, que edita o decadente jornal Folha de S.Paulo, ainda acha que está com a bola toda. No passado, ela apoiou o golpe de 1964, aliou-se ao setor linha dura dos generais e ganhou muita grana - em negócios obscuros até hoje inexplicados. Nos estertores da ditadura, ela deu uma guinada, por razões oportunistas e mercadológicas, e jogou papel na luta pela redemocratização. Ela nunca fez autocrítica do seu apoio à "ditabranda", como batizou o regime militar que matou e torturou centenas de brasileiros, mas passou a ser vista como um jornal plural e neutro. Sua tiragem cresceu, atingindo mais de um milhão de exemplares. Sua linha editorial falsamente eclética iludiu muita gente.

Alckmin financia "estilo de vida caviar"

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O empresário João Doria Jr, presidente do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), filiado ao PSDB a convite do governador Geraldo Alckmin, e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, apareceu mais uma vez na imprensa por motivos nada nobres.

O ex-líder do movimento golpista "Cansei" e ex-presidente da Embratur na gestão Sarney, que chegou a convocar artistas para pedir impeachment de Lula durante a CPI do mensalão e agora está à frente de movimentos pró-impeachment por, segundo declarações dele, ser contra a corrupção, foi assunto no fim de semana, por ter recebido R$ 1,5 milhão do governo Alckmin, de 2014 para cá, por anúncios em revistas da Doria Editora, de sua propriedade.

Brasil, um país sequestrado

Por Guilherme Mello, no site Brasil Debate:

Na triste realidade violenta das grandes cidades brasileiras, é conhecido o enredo de um sequestro: Um cidadão em situação de fragilidade momentânea é feito refém e coagido a se desfazer de suas posses (ou das posses da família) se quiser permanecer vivo. Sua liberdade inexiste, sua voz é suprimida sob graves ameaças e a possibilidade de recuperá-la só existe caso aceite pagar o preço do resgate.

Refugiados e a solidariedade seletiva

Kalvellido/Rebelión
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

“Sou sírio.'' Essa frase tem sido usada em Istambul, na Turquia, por pessoas que pedem algumas liras de esmola. Vim para a cidade para participar de um evento e acabei sendo abordado várias vezes por homens e mulheres, com filhos ou não, utilizando o mesmo argumento. Que diante da comoção internacional envolvendo a fuga de centenas de milhares de sírios em direção à Europa, deixando mortos no meio do caminho, possui um rosário de significados em si mesmo e não precisa de muito mais para chamar a atenção.

Zelotes e a ramificação da fraude fiscal

Por Marco Weissheimer, no site Sul-21:

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou nesta segunda-feira (14), durante audiência pública na Assembleia Legislativa gaúcha, que as investigações da Operação Zelotes trazem um conjunto consistente de indícios sobre a ramificação, no Rio Grande do Sul, do esquema de sonegação e fraudes tributárias praticadas junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscal (Carf). Relator da subcomissão que acompanha o andamento da Operação Zelotes, na Câmara Federal, Pimenta fez um resumo das investigações realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, na audiência pública convocada pela Frente Parlamentar de Defesa dos Serviços Públicos. Segundo o parlamentar, o MP Federal deve apresentar, ainda neste mês de setembro, a primeira etapa da denúncia, que deve trazer a responsabilização de seis grandes empresas, sendo uma delas do Rio Grande do Sul.

Alckmin banca "Caviar" de João Doria

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Caviar Lifestyle.

Conhece?

Oficialmente, é uma revista lançada em agosto. Fala de “gastronomia e luxo elevados à máxima potência”. Nada?

Pois deveria. O governo paulista colocou mais de 500 mil reais em anúncios na Caviar Lifestyle, da editora de João Doria Jr. A publicação, como todas as do grupo de Doria, não é auditada. A circulação alegada, nesse caso, é de 40 mil exemplares.

'Narcos' mente sobre ditador Pinochet

Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:

Todo mundo confundindo a série “Narcos”, do Netflix, produzida e dirigida por José Padilha, com documentário, certo? Pois o próprio José Padilha alimenta essa ideia ao mesclar cenas filmadas agora com outras, extraídas do noticiário da época em que o meganarcotraficante Pablo Escobar reinava, aterrorizando a Colômbia. Em entrevista à “Deutsche Welle”, Padilha defendeu a historicidade de sua série: “Na Colômbia, quando você fala em realismo mágico, os colombianos dizem: ‘Olha, realismo mágico para os outros. Para nós, é documental.’ Por isso que eu usei material de arquivo na série: se eu não contasse a história por material de arquivo, as pessoas não iriam acreditar.”