domingo, 20 de setembro de 2015

Dilma entre dois fogos

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Segundo um preceito bíblico, não se pode servir a dois senhores. É uma regra adaptável à situação vivida neste momento pela presidenta Dilma Rousseff. Essa doutrina religiosa descreve o destino de quem adota a ambiguidade: ou vai odiar um e amar outro, ou se dedicar a um e desprezar o outro.

Esse é o dilema ao qual a presidenta está submetida a partir das anunciadas medidas econômicas. Ela terá de resolver as contradições impostas a ela. Há fortes reações ao “pacote”. O PT, os movimentos sociais, os sindicatos de trabalhadores e, naturalmente, a oposição.

A aliança entre a Justiça e a mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Esta foto é um retrato da indecência.

Nela, Gilmar Mendes e Merval Pereira aparecem numa alegre confraternização que é um pesadelo para a sociedade.

Era o lançamento de um livro de Merval. Não um livro original, mas uma compilação de artigos seus sobre o Mensalão.

A direita brasileira mira longe

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

Esse, o claro paradoxo presente no editorial de primeira página da edição do último dia 13 da Folha de S. Paulo, lembrando os terríveis artigos do Correio da Manhã contra Jango, às vésperas do golpe: Dilma deve presidir uma política conservadora, executada por um representante do sistema financeiro para esse fim indicado, e nem por isso terá o apoio das forças de direita, que, apesar de tudo, lhe exigem – mediante medidas concretas de governo – o rompimento com as bases populares que a elegeram e que já escasseiam em seu apoio, inclusive nas hostes de seu partido. Essas forças (populares) condicionam o apoio ao rompimento com a política à qual o editorial, vocalizando os sentimentos dos setores mais atrasados da economia, exige que se curve a presidente.

O monotrilho e a 'eficiência' de Alckmin

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“Dos 38,6 km de linhas prometidos até 2015, apenas 7,5% foram concluídos.”

É o “balanço” feito, hoje, discretamente pelo Estadão sobre as obras do monotrilho paulista. “Após 6 anos, monotrilhos colecionam falhas, atrasos e estão mais caros”, é o título: precisa mais?

Os tais 7,5% correspondem a míseros 2,9 km de um trecho entre Vila Prudente e Oratório, na zona Leste paulistana, numa linha de quase 27 quilômetros, que estava prevista para ser entregue em 2012, até Cidade Tiradentes e agora sem prazo para terminar que já dobrou de preço, em valores reais, mesmo descontando a inflação.

A democracia vai pôr o bloco na rua

Editorial do site Vermelho:

A sanha golpista recrudesceu neste início de setembro. Embalada por fatos como a perda do grau de investimento do Brasil segundo classificação da agência de risco Standard & Poor’s, no último dia 9, as forças de direita apostam no caos para conquistar o que as urnas lhes negam há quatro eleições consecutivas.

Não importa, no caso, que a citada agência tenha sido condenada por fraude em seu próprio país. Ou mesmo que muitos economistas não levem em consideração seus desacreditados prognósticos. Ou ainda que o capitalismo esteja atravessando uma das piores crises de sua história. A única coisa que conta para os golpistas é tentar levar ao paroxismo o ataque à figura da presidenta da República, no que contam com o poderoso apoio de uma mídia facciosa e descompromissada com os interesses nacionais.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Derrotado no STF, Cunha prepara vingança

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A jogada ensaiada com o ministro Gilmar Mendes não deu certo. Eduardo Cunha foi o grande derrotado na goleada por 8 a 3 imposta pelo STF contra o liberou geral da grana de empresas para campanhas eleitorais aprovado pelos deputados fiéis ao presidente da Câmara.

Afinal, oficializar o financiamento empresarial das campanhas, que permitiu a Cunha montar sua própria bancada, era o principal - na verdade, o único - objetivo da sua reforma política.

Deputados discutem impeachment de Gilmar

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Alguns dos deputados mais progressistas da Câmara Federal se reunirão na próxima semana para dar seguimento ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. A proposta foi levada ao plenário da Câmara, nesta quinta (17), pelo deputado Wadih Damous (PT-RJ). “Gilmar Mendes é uma ameaça à democracia”, afirmou

De acordo com o deputado, o pedido será embasado na mesma Lei 1.079 em que a oposição sustenta o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Entretanto, não irá se fundamentar apenas em hipóteses retóricas. “Há elementos para se pedir o impeachment do ministro Gilmar Mendes não por uma razão específica, mas pelo conjunto da obra”, avaliou.

A mentira da mídia sobre Hélio Bicudo

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Você deve ter lido milhares de vezes, nos últimos dias, a expressão "Helio Bicudo, fundador do PT,
quer o impeachment de Dilma".

Mentira, pra variar.

Mais uma jogadinha semiótica da mídia para agredir politicamente o PT.

Lista da Odebrecht e os tucanos corruptos


Por Benildes Rodrigues, no site PT na Câmara:

O envolvimento da empreiteira Odebrecht em esquemas de corrupção, envolvendo políticos e manipulação de recursos públicos, remonta às décadas de 1970 e 1980. A grave denúncia foi feita pelo deputado Jorge Solla (PT-BA) à CPI da Petrobras, nesta quinta-feira (17), com base em farta documentação recebida pelo parlamentar de ex-funcionários da empresa. Entre os documentos constam recibos, ordens de pagamentos e registros de movimentações financeiras beneficiando agentes públicos que intermediaram as fraudes em contratos públicos.

Chacinas da PM em SP continuam impunes

Por Dennis de Oliveira, no blog Quilombo:

Passado mais de um mês da chacina que vitimou dezenove jovens em Osasco e Barueri, as investigações continuam em marcha lenta. Todos os indícios, admitidos até mesmo pelos órgãos governamentais, apontam para a participação de policiais militares neste caso de homicídio múltiplo. Um policial está detido, porém a produção de provas ainda é fraca, e mesmo com a visibilidade do caso e até mesmo a cobrança da mídia hegemônica, não se percebe um empenho na elucidação deste caso.

O círculo vicioso do ajuste fiscal

Por Marcio Pochmann, no site da Fundação Perseu Abramo:

O ajuste fiscal ganhou relevância nas eleições presidenciais do ano passado. Na época, a desaceleração da economia brasileira, combinada com a desoneração fiscal, esvaziava a arrecadação do governo, contribuindo para o aumento da relação entre a dívida pública e o PIB (Produto Interno Bruto).

Para estancar a ascensão relativa do endividamento público, setores da oposição defendiam a adoção de um choque fiscal, com elevação do superavit primário para mais de 3% do PIB. Já o governo apontava para medidas graduais, sem alteração das políticas fiscais e monetárias.

O Globo e as mentiras sobre o Equador

Por Amauri Chamorro, de Quito, no site Opera Mundi:

No dia 30 de agosto, O Globo publicou uma reportagem de página inteira com a manchete “Resistência Sufocada. Com reeleição sem limites de Correa em jogo, Equador reforça repressão a manifestantes”. A matéria é, na verdade, uma soma de mentiras, desinformação e demonstra a linha editorial das Organizações Globo, habitualmente preconceituosa e sempre contrária aos governos progressistas na América Latina.

STF reduz o candidato rabo-preso

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Nesse período, os empreiteiros procuraram, com sucesso, consolidar e ampliar seus vínculos como o governo. Passaram, por exemplo, a patrocinar comícios – o famoso comício das reformas (…), por exemplo, teve suas despesas pagas por um grupo de empreiteiros. Às vésperas da votação de alguma lei cuja rejeição ou aprovação interessava aos empreiteiros, pequenas fortunas influenciavam o comportamento de deputados e senadores ligados ao governo.

O texto acima poderia ter sido publicado em qualquer jornal da última semana, recheada por escândalos de corrupção que envolveram parlamentares e empreiteiras.

De onde vêm tantos refugiados?

Ilustração: Marteen Wolterink/http://www.cartoonmovement.com/
Por Patrick Cockburn, no site Outras Palavras:

São tempos de violência no Oriente Médio e Norte da África, com nove guerras civis acontecendo em países islâmicos, situados entre o Paquistão e a Nigéria. É por isso que há tantos refugiados tentando escapar para salvar suas vidas. Metade da população de 23 milhões da Siria foi expulsa de suas casas; quatro milhões transformaram-se em refugiados em outros países.

"Jogo 10 da noite, não!" chega ao estádio

Por Thiago Cassis, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A campanha #Jogo10daNoiteNão, organizada pelo coletivo Futebol, Mídia e Democracia, do Barão de Itararé, esteve presente em todos os jogos desta quarta-feira (16) realizados no horário da “quase madrugada” imposto pela Rede Globo.

Belo Horizonte

Na capital mineira, integrantes do coletivo tiraram fotos, panfletaram e conversaram com os torcedores na porta do estádio do Mineirão. A partida foi entre Cruzeiro e Vasco e os torcedores, e torcedoras, demonstraram total apoio aderindo à campanha.

Torcedoras do Cruzeiro exibem cartazes em frente ao Mineirão

Frias Filho e o último trem de horror

Por A.Sérgio Barroso, no site da Fundação Maurício Grabois:

Enfim, infindáveis meses de conspirata antipovo, a aliança do consórcio oposicionista (mídia golpista+ sistema financeiro internacional+ FHC e PSDB et caterva) aninhou-se no editorial de domingo (13/9) da Folha de S. Paulo.

Porta-voz credenciada de uma renitente facção bastarda e apátrida da burguesia, a declaração foi sancionada e autorizada por Otavio Frias Filho, diretor de redação do jornal. Sim, o mesmo que buscou humilhar o presidente Lula inquirindo-lhe como ele faria sendo um presidente da República que não sabia falar inglês. Diz-se que Lula levantou-se ato contínuo da fracassada reunião.

"Contra Dilma, não há nada"

Marcelo Lavenère
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Autor da denúncia que levou ao impeachment de Fernando Collor, em 1992, o advogado Marcelo Lavenère deveria ser uma referência obrigatória na reflexão sobre o pedido de afastamento de Dilma Rousseff, em 2015. Mas Lavenère tem sido esquecido sistematicamente pelos meios de comunicação que apoiam o impeachment, e também pelos políticos envolvidos na ação contra a presidente. Em entrevista ao 247, o próprio Lavenère explica a razão:

O negócio global da droga

Por Helder Lima, na Revista do Brasil:

O debate sobre enfrentamento aos problemas das drogas ilícitas raramente vai além da necessidade da guerra ao consumo e aos traficantes e da internação de usuários. Qualquer coisa fora disso é difícil debater, seja nos veículos de comunicação, nos meios ditos especializados, nos parlamentos ou nos sistemas de segurança pública. A postura acaba até por reforçar o preconceito de quem ainda acha que o próprio usuário deve ser punido. Não por acaso, o preconceito move as ações policiais do dia a dia. Os usuários muitas vezes acabam presos e, por serem pobres, negros e periféricos, enquadrados como traficantes.

A estratégia de desconstrução de Dilma

Por Cássio Moreira, no site Brasil Debate:

O trabalhismo, enquanto ideologia política, está fortemente ameaçado pela onda conservadora propagada pelos meios de comunicação, que nesse primeiro momento centram forças contra Lula, Dilma e o PT. Mas caso o PDT e Ciro Gomes atinjam um protagonismo nacional, as baterias serão centradas contra eles. Pois o inimigo real das forças neoliberais é o pensamento trabalhista. Portanto, a questão a ser debatida é a manutenção, e o aprofundamento, desse projeto no longo prazo.