sábado, 10 de outubro de 2015

Direita abandona Cunha, o bagaço golpista

Por Altamiro Borges

Em nota conjunta divulgada neste sábado (10), as principais siglas da oposição finalmente decidiram abandonar Eduardo Cunha. O presidente da Câmara Federal virou um estorvo para o plano golpista do impeachment de Dilma. Como bagaço, ele agora foi jogado no lixo. O lobista nem pode reclamar da traição. Afinal, a oposição deu total apoio a Cunha na sua cruzada insana para desgastar o governo federal. Festejou a sua vitória para a presidência da Casa e garantiu respaldo às suas ações e projetos irresponsáveis e direitistas. A descoberta das contas secretas na Suíça, porém, dificultou a blindagem e explica a postura oportunista destes partidos expressa na lacônica nota reproduzida abaixo:

Metrô, mídia e os segredos de Alckmin

Por Altamiro Borges

Questionado na Justiça e bombardeado nas redes sociais, o governador Geraldo Alckmin finalmente decidiu recuar na decisão ditatorial de impor sigilo de 25 anos para todos os documentos referentes ao Metrô de São Paulo. Tornados "ultrassecretos", a sociedade teria ainda maiores dificuldades para descobrir os corruptos do "trensalão" - o esquema de propina envolvendo poderosas multinacionais e vários tucanos de alta plumagem - e as razões dos atrasos nas obras deste setor, que causam tantos prejuízos aos paulistas. A sorte do "picolé de chuchu" é que a mídia chapa-branca já tenta aliviar sua imagem. A revista Época, por exemplo, postou no maior cinismo que "Alckmin revoga sigilo de 25 anos dos documentos do metrô" - como se o governador não tivesse qualquer culpa pelo ato suspeito.

Greve dos bancários e as tarifas abusivas

Por Altamiro Borges

Deflagrada na última terça-feira (6), a greve nacional dos bancários cresce a cada dia que passa. De acordo com os sindicatos da categoria, ela já tem a maior adesão dos últimos dez anos. No caso da capital paulista, a paralisação atingiu 52 mil trabalhadores nesta sexta-feira - com o fechamento de 23 centros administrativos e 667 agências bancárias. "A semana termina com os bancários fazendo uma das greves mais fortes dos últimos anos. A categoria está indignada com a proposta feita pelos bancos, mesmo com lucro liquido de 36 bilhões de reais no semestre. O silêncio dos banqueiros fez a greve crescer”, explica Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Aécio é o pior perdedor da nossa história

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em meio a tantas incertezas, uma coisa é fato: Aécio é o pior perdedor da história do Brasil.

Faz já mais de um ano que ele não se dedica a outra coisa que não tentar derrubar, por meios grotescos, quem o derrotou.

Ele não teve grandeza em nenhum momento. Já começou tentando colocar em dúvida a lisura das urnas eletrônicas.

Alckmin e a transparência à força

Da revista CartaCapital:

Assim caminha o escândalo dos trens e metrôs em São Paulo. Ninguém está preso, não se criou uma força-tarefa para investigar o escândalo e nenhum dos suspeitos foi mantido sob constrangimento atrás das grades para ser forçado a assinar um acordo de delação premiada.

Poderia ser pior: na surdina, o governador Geraldo Alckmin chegou a decretar o sigilo por 25 anos de centenas de documentos do transporte público metropolitano, incluídos arquivos da CPTM e do Metrô.

Por que a esposa de Cunha não é presa?

Por Renato Rovai, em seu blog:


O juiz Sérgio Moro, que costuma ser muito rápido no gatilho ao investigar pessoas ligadas ao PT, tem nas mãos a possibilidade de mostrar que sua celeridade não é seletiva.

Documentos enviados por autoridades da Suíça apontam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e a sua esposa movimentaram contas bancárias no país que foram alimentadas por dinheiro sujo da operação Lava Jato.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Alckmin fecha escolas e bate em jovens

Quem paga mais imposto no Brasil?

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Estratificação, em Sociologia, é o processo de diferenciação das diversas camadas sociais que compõem uma sociedade, agrupadas a partir de suas relações e dos valores culturais, o que vem a constituir sua separação em classes, estados ou castas. É também a operação que, em uma sondagem estatística, consiste em distribuir previamente por estratos determinado conjunto que se quer estudar.

Tenho achado o conceito de castas mais útil para entender a estratificação social brasileira. Ele é mais abrangente do que classe, segmentando os vários tipos de grupos funcionais, desde os burocratas e sacerdotes até os capitalistas e trabalhadores. Quem fica de fora? O pária – ele é o indiano não pertencente a qualquer casta, considerado impuro e desprezível pela tradição cultural hinduísta. Casta inclui a perspectiva cultural, além dos interesses econômicos.

Porque Washington persegue o Wikileaks

Por Mark Weisbrot, no site Outras Palavras:

Parte das informações históricas mais importantes para a compreensão de eventos atuais vem, não por coincidência, de fontes que previa-se estar ocultas das sociedades. De novembro de 2010 a setembro de 2011, mais de 250 mil comunicações entre diplomatas norte-americanos, que nunca deveriam vir à luz do dia, foram tornadas públicas. Elas estão disponíveis no WikiLeaks, a organização de mídia sem fins lucrativos que aceita informação confidencial de fontes anônimas e as divulga para fontes jornalísticas e para o público. Alguns pesquisadores reuniram um tesouro de informações e análises que pode ser imensamente esclarecedor. (O livro recém-lançado a partir dessa pesquisa, publicado pela editora londrina Verso, é Wikileaks files: The World according to US Empire [Os Arquivos do Wikileaks: o Mundo egundo o Império dos EUA, ainda sem edição em português]).

Estados na luta para democratizar a mídia

Do site do FNDC:

A Semana Nacional pela Democratização da Comunicação tem atividades confirmadas em pelos menos 12 estados de todas as regiões do país. São inúmeras ações previstas, que vão desde panfletagens, debates, audiências públicas, rodas de conversa, minicursos, oficinas, até intervenções culturais, atos políticos e festas temáticas.

Convocada pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, a ‘Semana’ tem por objetivo a atenção sobre a importância da atualização do marco legal para as comunicações, que contemple todos os setores da sociedade, com ênfase no apoio e coleta de assinaturas ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática e cobrar do Poder Público medidas imediatas para avançar na garantia e promoção da liberdade de expressão.

PM de Alckmin reprime estudantes

Da Rede Brasil Atual:

Uma manifestação que reuniu pelo menos mil estudantes e professores na Avenida Paulista, na região central de São Paulo, contra o fechamento de escolas estaduais pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), foi reprimida com violência pela Polícia Militar na manhã de hoje (9).

A Tropa de Choque da PM agrediu manifestantes com spray de pimenta e cassetetes. Três pessoas foram presas sob alegação de que seriam black blocs. Um deles foi identificado por militantes de movimentos sociais como o jornalista freelancer Caio Castor, que fazia a cobertura do evento.

Operação Zelotes vai pegar a RBS/Globo?

Por Altamiro Borges

Os barões da mídia devem estar preocupados. O Portal Imprensa destacou nesta quinta-feira (8) que a "Polícia Federal deflagra nova etapa da Operação Zelotes; RBS é alvo da investigação". Até agora, a imprensa privada fez de tudo para abafar o escândalo das fraudes fiscais, que envolve empresários de peso - como os sócios do Grupo Gerdau e os donos da RBS, afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Mas a operação segue em andamento e começa a dar os primeiros frutos.

Nasce a frente Povo Sem Medo


Por Renato Bazan, no site da CTB:

A noite desta quinta-feira (8) foi marcada pelo encontro de 27 diferentes movimentos sociais e sindicais em São Paulo, que em solenidade lançaram oficialmente a frente Povo Sem Medo. Idealizada pelo coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, a iniciativa se apresentou como uma reação independente à ascensão do conservadorismo e à retirada de direitos que vêm acontecendo desde 2014.

"Sigam o dinheiro" das contas de Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A revelação, publicada por Jaílton de Carvalho em O Globo, de que Eduardo Cunha fechou – um mês após a prisão de Paulo Roberto Costa – duas das quatro contas que mantinha no Banco Julius Baer, na Suíça, torna óbvio que as investigações sobre o dinheiro que estava ali têm dois caminhos evidentes e necessários.

De onde veio e para onde foi.

Golpistas vão ter que suar muito a camisa…

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Vai chegando ao fim uma semana tensa na política por conta de decisões do Tribunal Superior Eleitoral e do Tribunal de Contas da União desfavoráveis a Dilma Rousseff. Além disso, após alguns sucessos, a nova base aliada, oriunda da recente reforma ministerial, não conseguiu pôr em votação as pautas-bomba que criam despesas para o governo.

Seria ridículo dizer que as coisas melhoraram para o governo, mas entendo que não aconteceu nada que já não estivesse previsto.

TCU e o rabo abanando o cachorro

Por Roberto Requião, no blog Viomundo:

Normalmente não perco meu tempo com assuntos sem importância, como formalidades contábeis. Mas dessa vez terei que abrir uma exceção por razões óbvias. É um absurdo a forma como estão levando essa história do julgamento no Tribunal de Contas sobre contabilidade das transferências sociais feitas pelo governo através dos bancos públicos. É muito barulho por pouco e não posso me calar em relação a isso.

O ajuste fiscal e os sacrifícios

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Logo em seguida ao anúncio dos resultados eleitorais de outubro do ano passado, a realidade das contas públicas em nosso país foi se tornando cada vez mais transparente. As dificuldades no equacionamento do desequilíbrio entre as receitas e as despesas no âmbito do governo federal vieram à tona e tornou-se imperioso um debate amplo a respeito dos vários caminhos existentes para enfrentar a questão. Ao contrário do que tenta nos impor a corrente da ortodoxia por meio dos meios de comunicação, sempre existem alternativas distintas para superar esse tipo de problema na economia.

Oposição tem muitas pedras no caminho

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

É certo que duas luzes se acenderam nas últimas horas, não no final do túnel que assombra Dilma, mas no caminho da oposição que há 10 meses tenta derrubá-la. A rejeição das contas de 2014 pelo TCU foi adubo para a tese do impeachment e a abertura de uma AIME (ação de impugnação de mandato eletivo) pelo TSE ergueu sobre as cabeças de Dilma e Temer a espada da cassação. O ramalhete de derrotas incluiu também a sabotagem da base à votação dos vetos no Congresso. Nem por isso, a oposição deve soltar fogos. Muitas e rombudas são também as pedras jurídicas e políticas em seu caminho para derrubar Dilma.

A hora e a vez da política

Por Virgínia Barros, no site Vermelho:

Uma grande referência comunista pernambucana de nosso tempo sempre afirma com sincera sensibilidade que política se faz com povo, proposta e poesia. Poucas sínteses são tão verdadeiras. Quem persegue à risca este princípio costuma colher bons frutos mais adiante.

Tomando-se esta compreensão como ponto de partida, some-se a ela a constatação feita com o coração aberto, mas com os pés fincados no chão, de que as decisões políticas se baseiam na análise concreta da realidade. No sistema de presidencialismo de coalizão vigente no Brasil, portanto, estes, mas também outros elementos se inserem no debate sobre governança e projeto estratégico de nação.

Governo volta às cordas; oposição ataca

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Ah, mas outro dia você escreveu o contrário, poderá lembrar algum leitor mais atento. É verdade. No último sábado, dia 3, após a reforma ministerial, o título que dei à coluna foi "Governo sai das cordas e oposição fica nos braços de Cunha". O que posso fazer? Em menos de uma semana, mudou tudo de novo. Política é como nuvem, já diziam os mais antigos: você olha, o céu está de um jeito; olha de novo, está de outro.